Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães no Brasil

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Membro do Partido com as crianças da Juventude Hitlerista, em Presidente Bernardes - São Paulo, fazendo a saudação “Heil Hitler!” (1935).

O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães no Brasil foi um partido político filiado ao NSDAP da Alemanha para promover o Nacional-Socialismo no Brasil. Foi fundado em 1928 Timbó, Santa Catarina.

O partido no Brasil

Na década de 1939, viviam no Brasil cerca de 100 mil alemães natos e cerca de um milhão de descendentes. A maior parte vivia em comunidades isoladas no sul do Brasil que preservavam a língua e a cultura alemã. Com a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha, os teuto-brasileiros passaram a ser seduzidos pela propaganda e política que o Nacional-Socialismo fazia para atrair seguidores no exterior. Calcula-se que cerca de 5% dos imigrantes alemães então residentes no Brasil foram, em alguma época, filiados ao Partido Nacional-Socialista Alemão (NSDAP). Eles residiam em 17 estados brasileiros, a maior parte nos estados de São Paulo e Santa Catarina. O partido Nacional-Socialista no Brasil foi o maior fora da Alemanha em número de filiados, teve cerca de 3000 filiados em 17 estados Brasileiros e vários e vários simpatizantes por todo o País, quem comandava o Partido Nacional-Socialista no Brasil era Hans Henning von Cossel, chefe do Partido no Brasil (Lembrando que o partido foi estruturado de acordo com regras e diretrizes do modelo organizacional do Terceiro Reich). O partido nazista no Brasil (1928-1938) estava inserido em uma rede de filiais deste partido instaladas em 83 países do mundo e comandadas pela Organização do Partido Nacional-Socialista no Exterior, cuja sede era em Berlim. A realidade brasileira interveio nesse processo causando o que chamamos de “tropicalização” do Nacional-Socialismo, uma das características da “tropicalização” foram os conflitos da comunidade Germânica com os Brasileiros não brancos e Judeus imigrados. O Partido Nacional-Socialista teve subdivisões em 17 estados Brasileiros, devido ao grande número de Alemães nesses mesmos, ou da importância que esses imigrantes tinham nos estados.

Festas realizadas pela comunidade Germânica e pelo Partido Nazista entre os anos de 1930 a 1943:

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“Os Alemães no exterior que não querem ser Nacional-Socialistas, considerando-se, contudo Alemães, só tem um nome: Traidores da Pátria”. Wilhelm Von Bohle, chefe da Organização do Partido Nacional Socialista no Exterior (A.O.)

“Eles preservaram fora do país a raça pura e evitaram se miscigenar com a população local”-Der Auslandsdeutsche, Janeiro 1937, Sobre a preservação racial dos Alemães no Espírito Santo.

“Gatinho que nasce no forno não é biscoito” - Carl Walter Heimann, em referência aos alemães e descendentes que manteriam suas características étnicas mesmo morando ou tendo nascido no Brasil.

“O pensamento Nacional Socialista se irradia não somente na Alemanha, ele também alcançou todos os alemães e seus descendentes no exterior. Também em nossa pequena colónia em Pernambuco, ele estabeleceu raízes profundas e a colónia se reúne hoje de maneira unânime em volta ao Führer e o chanceler do povo: Adolf Hitler, e em volta do trabalho por ele desenvolvido” - Artigo do Jornal Deutscher Klub Pernambuco, sobre o Nacional Socialismo e os Alemães no estado de Pernambuco.

A organização política do partido

Foto do comerciante alemão Hans Henning von Cossel, chefe do Partido Nazista no Brasil.

O partido possuía um chefe nacional, que era subordinado da Alemanha Nacional Socialista, e vários chefes regionais que eram subordinados do chefe nacional: Hans Henning Von Cossel, que se tornou o führer Brasileiro entre os anos de 1932 e 1942, dentro da análise histórica, a personificação do Nacional-Socialismo que foi possível no Brasil - um comerciante que nadava nas prais de Ipanema e “adorava viajar”, visitando as colônias rurais mais longínquas para fazer discursos Pró-Eixo, o homem de confiança da Alemanha no Brasil, que viajou inúmeras vezes a este país se encontrando até mesmo com o próprio Hitler (além de Hitler ele era amigo de Getulio Vargas também). Figura extraordinária que, segundo depoimentos de sua filha, não queria voltar para a Alemanha, pois tinha grande estima pelo Brasil, só voltou quando o Brasil se tornou inimigo da Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

A divisão estrutural do partido no Brasil estava na ordem seguinte:

Wilhem Von Bhole-Chefe da A.O.( Organização do Partido Nacional Socialista no Exterior)

Emil Ehrlich-Chefe do serviço do Grau da A.O (Organização do Partido Nacional Socialista no Exterior), Autor de livro sobre os fundamentos da organização do Partido Nacional Socialista no Exterior.

Hans Henning Von Cossel- Chefe do Partido Nacional Socialista no Brasil.

Arthur Schmidt-Elskop- Primeiramente “enviado da delegação Alemã” e, em 1936, tornou-se embaixador e partidário. Karl Ritter- Embaixador de 16 de junho de 1937 até 6 de Agosto de 1938, Partidário. Curt Prüfer- Embaixador de 27 de setembro de 1939 até 28 de janeiro de 1942.

Walther Molly- Attaché e depois cônsul geral em São Paulo, Partidário.

Lista dos principais Jornais, Informativos e Periódicos Nacional-Socialistas que circulavam pelo Brasil:

Capa do Jornal Aurora Alemã.
  • Für Dritte Reich (Pelo Terceiro Reich) - Rio Grande do Sul.
  • Der Deutschösterreicher (O alemão austríaco) - São Paulo.
  • Der Nationalsozialist (O Nacional-Socialista) - Rio Grande do Sul.
  • Deutschtum in Ausland (Germanismo no Além Mar) - Circulação Nacional.
  • Der Stürmer (O Tempestuoso) - Circulação Nacional.
  • Völkischer Beobachter - Circulação Nacional.
  • Blumenau Zeitung (Blumenau e rendodeza) - Santa Catarina.
  • Deutscher Verein (Associação Alemã) - Bahia.
  • Deutscher Klub (Clube Alemão) - Pernambuco.
  • Deutscher Morgen (Aurora Alemã) - Circulação Nacional.
  • Deutschtum Wollen (Vontade Alemã) - Circulação Nacional.
  • Jornal: “Velhos Camaradas” - São Paulo.

Integralismo e Nacional-Socialismo:

O Integralismo é uma doutrina de cunho fascista e nacionalista, onde defende o esforço por manter a pátria, Brasil, salva dos seus principais inimigos: comunismo, sionismo, capitalismo, maçonaria e estrangeiros. Assim com a fundação do Partido Nacional-Socialista no Brasil, ouve vários atritos do partido Nacional-Socialista com a AIB (Ação Integralista Brasileira), pois o Integralismo defendia a idéia de nação Brasileira, onde o fator Lusitano se opunha ao Germanismo e também onde a miscigenação racial, presente em muitos brasileiros, se opunha ao ideal de preservação racial do Nacional-Socialismo.

O Integralismo foi contra o Nacional-Socialismo em muitas ocasiões, mesmo tendo os Partidários Nazistas tentado negociar um acordo de cooperação mutua com a AIB, pois o Nacional-Socialismo era a favor da criação de um novo estado germânico e puro, totalmente diferente do estado brasileiro que tinha matriz lusitana e mestiça, porém o anticomunismo, antisionismo e o anticapitalismo eram idéias muitíssimas fortes nas duas ideologias, sendo assim que os Integralistas tentaram fazer os Alemães nascidos no Brasil, se unirem a AIB no intuito de agir com as ações anticomunistas e assimilarem à cultura Brasileira principalmente.

“A propósito, o líder Integralista Plínio Salgado deveria encontrar-se em um bárbaro equivoco se ele acreditar, que com o Integralismo no Brasil, pode fazer o mesmo trabalho de reforma que Adolf Hitler” - Partidário Dittmar, Florianópolis, Santa Catarina. 20 de Novembro de 1935.

Simpatia de personalidades brasileiras ao Partido Nacional-Socialista no Brasil:

Muitos governantes e homens influentes da sociedade brasileira daquela época eram grandes admiradores do Nacional-Socialismo e simpático ao Partido Nacional-Socialista no Brasil. Um facto curioso foi que a policia brasileira recebeu treinamentos da GESTAPO (Policia secreta Alemã). Um deles foi o Integralista Gustavo Barroso, autor de vários livros anti-sionistas e anti-comunistas, onde sempre enfatizava a sua ascendência alemã, ele foi o mais germanofílo e pró-nazismo dos Integralistas, sobretudo em função do seu ferrenho anti-sionismo, e tentou também aproximar o instituto Ibero-Americano do Nacional-Socialismo. Além de Gustavo Barroso, Getulio Vargas foi um grande admirador de Hitler e chegou a ter várias relações diplomáticas com a Alemanha Nacional-Socialista, porém em 1942 o Brasil entra em guerra com a Alemanha e essas alianças são totalmente rompidas. Outro importante governante brasileiro que era simpático ao Nacional-Socialismo, era Filinto Müller, foi quem deportou a Comunista Judia Olga Benário (Mulher de Prestes, antigo secretário geral do partido comunista no Brasil e ex-colaborador da URSS), ele também visitou Heinrich Himmler, chefe da Gestapo, em 1937,a quem admirava. Filinto Müller combate comunistas e integralistas no Brasil, foi muitas vezes Senador e deputado,foi presidente do extinto partido ARENA, e faleceu em julho de 1973 num acidente aéreo em Paris.

O fim do Partido Nacional Socialista no Brasil, os combatentes refugiados de guerra no Brasil e o Nazismo Contemporâneo no Brasil.

Em 1942 o Nacional-Socialismo foi proibido no Brasil, devido ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com a Alemanha e com a declaração de que o Brasil estava em guerra contra o Eixo. O partido ficou agindo ocultamente até 1944, onde teve seu fim na prisão dos membros. O Brasil também teve uma campanha de nacionalização, onde se combatia todo foco de cultura estrangeira, inclusive a Alemã, que foi idealizada por Getulio Vargas com base em nas idéias nacionalistas do Integralismo (Lembrando que Getulio já fez parte da AIB). A maior resistência à preservação do Nacional-Socialismo e da cultura Alemã ocorreu nas colônias rurais, onde elas eram mais isoladas tanto demograficamente quanto ideologicamente, enquanto nas cidades era quase impossível resistir lutando pelo Nacional-Socialismo. Há outra versão que era contada pelos Nacional-Socialistas da época, principalmente nos Jornais, de que Vargas traiu os Nacional-Socialistas através de um complô sionístico junto com os Estados Unidos, pois ele era Maçom do 33º grau. Acabada a Segunda Guerra Mundial, muitos refugiados alemães e muitos ex-combatentes Nacional-Socialistas se refugiaram no Brasil, devido ao grande número de Colônias Alemãs no Brasil e ao passado de relações do Brasil Getulista com a Alemanha Nacional-Socialista, que também tinha ligação com o Peronismo Argentino, política que foi totalmente simpática ao Nacional-Socialismo. Um dos casos mais famosos de Nacional-Socialista refugiado no Brasil pós-guerra foi o caso de Josef Mengele, o famoso “Anjo da Morte” que se refugiou primeiramente na Argentina, depois no Paraguai e posteriormente no Brasil, onde viveu no Rio Grande do Sul e em São Paulo (Local de óbito). Devido ao cenário anticomunista no Brasil, o passado de relações do Brasil com a Alemanha Nacional-Socialista e às grandes levas de imigrantes europeus (não só de Alemães, mas também de Italianos, Eslavos, Espanhóis e Portugueses) no Centro-Sul do Brasil ,fez dessa região do Brasil um cenário ideal ao surgimento de grupos com idéias raciais, e a formação de novos grupos Nacional- Socialistas, que pregam o Nacional-Socialismo (Nazismo) como única forma de viver e se governar uma nação, eles também dizem que foi no Nacional-Socialismo onde eles encontraram um modo de preservar sua etnia em um pais tão multicultural que engole culturas (Brasil) e também eles pregam que o Nacional-Socialismo defende uma economia nacional, social e justa de produção ao invés do monopólio internacionalista e da especulação capitalista (Focam isso nos EUA e Israel), em maioria esses adeptos estão concentrados nos Estado do Sul do Brasil e em São Paulo.

Imagens do Partido Nacional Socialista no Brasil:

Referências

  • http://www.teses.usp.br/ - “O Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil”. Ana Maria Dietrich, São Paulo, Janeiro de 2007. Biblioteca digital da USP.
  • http://www.dw-world.de/ - “Os Soldados Brasileiros de Hitler”. Dennison de Oliveira, Curitiba- Paraná.
  • “Punhal Nazista no coração do Brasil”. Florianópolis, Antonio Carlos Mourão Ratton, Imprensa oficial, 1943.