Metapedia Fundraiser 2018: The Internet is the foremost field in the metapolitical battle of our time. Help us hold down the front. | |||
| |||
Holodomor
O termo Holodomor (em ucraniano Голодомор ou morte por fome) designa o genocídio praticado pela União Soviética nos anos 1932 e 1933 na Ucrânia após a coletivização forçada. Sete milhões de pessoas[1], das quais três milhões de crianças[2], foram eliminadas sistematicamente através da supressão dos gêneros alimentícios produzidos pela Ucrânia, e o seu desvio para outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, num processo que ficou conhecido como "Dumping Soviético".
A fome atingiu também as regiões ao sul da Rússia, médio e baixo Volga, sul do Ural, norte do Cazaquistão e oeste da Sibéria porém o termo Holodomor refere-se apenas aos mortos de etnia ucraniana. Foram prejudicadas principalmente as áreas de cultura agrícola que tinham condições de produzir excedentes para a alimentação populacional. No auge do genocídio, 25.000 pessoas morriam de fome todos os dias na Ucrânia[1][2]. No Cazaquistão, a fome matou 1,5 milhão de pessoas, reduzindo a proporção de cazaques de 60% para 38% do total da população do país. O genocídio foi idealizado e planejado pelo membro do Partido Comunista da União Soviética Lasar Kaganowitsch, nascido em Kiew (Ucrânia) de pais judeus e colocado em prática por Josef Stalin. A fome, já usada antes na Fome russa de 1921, era o meio usado pela URSS para eliminar qualquer resistência ou oposição da população ucraniana, na época composta por 80% de camponeses[1], ao regime comunista[1].
Índice
Histórico
Stanislaw Redens, cunhado de Josef Stalin e dirigente da polícia secreta soviética na Ucrânia, recebeu a incumbência de liquidar os proprietários de fazendas que empregavam trabalhadores assalariados (denominados de Kulak), e os contrarevolucionários que se opunham à política de coletivização da União Soviética. Houve a prisão de milhares de dirigentes de Kolchoses (fazendas coletivas), e por não ter sido alcançada a meta de produção de cereais em 1933, Stanislaw Redens foi destituído de suas funções. Em 1933, a catástrofe foi levado ao conhecimento público mundial pelos jornalistas Gareth Jones e Malcom Muggeride. A reação pró-soviética surgiu com o jornalista Walter Duranty, que desdenhou a gravidade do drama.
O termo Holodomor compõe-se das palavras ucranianas Holod e Mor. Holod significa "fome" e Mor significa "morte", Assim Holodomor significa literalmente "morte por fome".
Os responsáveis
Em julho de 2009, o Ministério Público ucraniano publicou uma lista de funcionários graduados do regime soviético, do partido comunista e do NKVD (serviço secreto soviético da época), envolvidos com o Holodomor. Destes, reconheceu principalmente lituanos e judeus como responsáveis pelo planejamento e a execução do crime. Em conseqüência, o "Conselho Central dos Judeus" solicitou ao Ministério Público “rever” a lista, eis que a mesma poderia incentivar o ódio racial na Ucrânia. [notas 1]
As controvérsias
Sobre as causas do Holodomor há diversas concepções. Principalmente historiadores ucranianos enfatizam que se trata de um crime consciente, organizado e executado pelo regime soviético de Josef Stalin. O historiador judeu Miklós Kun, neto de Béla Kun, informa: " Foi um assassinato de milhões de seres humanos, executado de forma consciente e sistemática. (...) Enquanto em povoados ucranianos as pessoas desesperadas e alucinadas pela forme comiam folhas e brotos das árvores, gêneros alimentícios ucranianos eram revendidos em outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, no que se passou a chamar de "Dumping Soviético"..."
Em contrapartida, historiadores russos argumentam que a fome decorreu de colheitas fracassadas, situação ainda agravada pela coletivização da agricultura e a decorrente oposição dos agricultores ucranianos. Tal fato porém não impediu a União Soviética de exportar cereais. O escritor, jornalista e sociólogo Gunnar Heinsohn, constata que na Ucrânia, no Cazaquistão e em algumas áreas do Cáucaso houve fortes resistências às desapropriações decorrentes das coletivizações agrícolas forçadas. A apreensão de víveres para agravar a fome, foi um meio utilizado para quebrar a oposição às desapropriações e para enfraquecer os movimentos separatistas destes povos. Evitou-se também o atendimento aos esfomeados e impediu-se as pessoas de se retirar das localidades atingidas pela fome.
Gunnar Heinsohn caracteriza esta realidade como uma mistura de genocídio com "politicídio".
A denúncia da verdade dos fatos muitas vezes é desdenhada por motivos políticos como “anticomunismo malévolo” [notas 2]
Os defensores do conceito de crime de fome, consideram o Holodomor como fenômeno específico ucraniano e o denominam como "Ato de genocídio contra o povo ucraniano", provocado conscientemente pelo regime stalinista. [notas 3]
O reconhecimento do Holodomor como genocídio
Os seguintes países reconheceram oficialmente a conceituação do Holodomor como genocídio:
- Argentina
- Austrália
- Azerbaijão
- Bélgica
- Brasil
- Canadá
- Equador
- Espanha
- Estados Unidos da América
- Estado do Vaticano
- Estónia
- Geórgia
- Hungria
- Itália
- Letônia
- Lituânia
- Moldávia
- Paraguai
- Peru
- Polônia
- Ucrânia
A comissão jurídica da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa negou em 2010 à Ucrânia a definição oficial do Holodomor como genocídio. A recusa se deve à interferência da Rússia, tornando as proposições ucranianas inaceitáveis para a comissão.
O vice-dirigente da delegação russa, Leonid Sluzki declarou: "Todas alterações, entre elas a disposição sobre um genocídio contra a Ucrânia estão rejeitadas".
Motivo da rejeição foi a menção "em memória das vítimas da fome na ex-União Soviética", feita no relatório pelo presidente da assembléia, Mevlüt Cavusoglu. Este relatório já era uma versão desagravada, não obtendo mesmo assim a aprovação russa. Embora a assembléia reconhecesse que o regime stalinista era responsável por ação consciente, pela morte de milhões de seres humanos no Holodomor, não assumiram caracteriza-lo, em consideração à Rússia, como genocídio. Como justificativa apresentou-se o argumento de que durante a fome de 1932-1933 não houve apenas vitimas de um determinado povo. O assunto Holodomor teria sido malversado para atender aos interesses de "determinadas facções políticas" na Ucrânia.
Midia
Fotos
- Fotos do Arquivo Estatal Ucraniano (Ukraniano: Центральний державний кінофотофоноархів України)
- Ukranianos na Hungria: Fotos do Holodomor
- Holodomor. / Documetário
Filmes
- 1983, Canada, Neznanyj holod (A fome desconhecida) (Незнаний Голод) [1], [2]
- 1984, Canada, Zhnyva rozpatschu (Colheita do desespero) (Жнива розпачу)
- 1989, Ucrania, '33, svidtschennya otschewydtsiw ('33, Testemunhas oculares) (33-й, свідчення очевидців)
- 1990, Ucrania, Pid znakom bidy (Sob o signo da desventura) (Під знаком біди)
- 1991, Ucrania, Holod - 33 (Fome - 33) (Голод — 33) [3]
- 1993, Ucrania, Velykyj slam (A grande reviravolta) (Великий злам)
- 1994, Ucrania, Pieta (Пієта)
- 2002, Ucrania, Ukrajins'ka nitsch 33-ho (Noite ucraniana de 1933) (Українська ніч 33-го)
- 2003, Ucrania, Tschas temrjavy (O tempo das trevas) (Час темряви)
- 2004, Hungria, Holodomor 1932-1933 r.r. (Голодомор 1932-1933 р.р.)
- 2005, Ucraina, Velykyj Holod (A grande fome) (Великий Голод) [4]
- 2005, Russia, Tajna propavshej perepisi (O segredo do censo perdido) (Тайна пропавшей переписи)
- 2005, Ucrania, Holodomor. Tehchnologiji genozydu (Holodomor. Tecnologias do genocídio) (Голодомор. Технології геноциду)
- 2005, Ucrania, Holodomor. Ukrajina (Holodomor. Ucrania) (Голодомор. Україна)
- Holodomor. Ukrajina 20-ho stolittja (Holodomor. Ucrania no séc 20) (Голодомор. Україна ХХ століття)
- Zhyty zaboroneno (É proibido viver) (Жити заборонено)
Literatura
- Davies, Robert W.; Wheatcroft, Stephen G., The Years of Hunger. Soviet Agriculture 1931-1933, Houndmills 2004 ISBN 3-412-10105-2
- Osteuropa 12/2004 (Themenheft: "Vernichtung durch Hunger. Der Holodomor in der Ukraine und der UdSSR") ISBN 3-8305-0883-2
- Falk, Barbara, Sowjetische Städte in der Hungersnot 1932/33. Staatliche Ernährungspolitik und städtisches Alltagsleben (= Beiträge zur Geschichte Osteuropas 38), Köln: Böhlau Verlag 2005 ISBN 3-412-10105-2
- Rudolf A. Mark, Gerhard Simon, Manfred Sapper, Volker Weichsel, Agathe Gebert (Hrsg.): Vernichtung durch Hunger. Der Holodomor in der Ukraine und der UdSSR, Berlin 2004, ISBN 3830508832
- Wheatcroft, Stephen G., Towards Explaining the Soviet Famine of 1931-1933: Political and Natural Factors in Perspective, in: Food and Foodways Vol. 12 (2004), Nr. 2-3, S. 104-136.
- Davies, Robert W.; Wheatcroft, Stephen G., Stalin and the Soviet Famine of 1932-33 - A Reply to Ellman, in: Europe-Asia Studies Vol. 58 (2006), 4, S. 625-633.
- Stephan Merl, War die Hungersnot von 1932-1933 eine Folge der Zwangskollektivierung der Landwirtschaft oder wurde sie bewußt im Rahmen der Nationalitätenpolitik herbeigeführt?, in: G. Hausmann, A. Kappeler (Hrsg.), Ukraine: Gegenwart und Geschichte eines neuen Staates, Baden-Baden 1993, S. 145-166.
- Penner, D’ann R., Stalin and the "Ital’ianka" of 1932-1933 in the Don Region, in: Cahiers du Monde Russe 39 (1998), S. 27-67.
- Dmytro Zlepko (Hrsg.): Der ukrainische Hunger-Holocaust. Stalins verschwiegener Völkermord 1932/33 an 7 Millionen ukrainischer Bauern im Spiegel geheimgehaltener Akten des deutschen Auswärtigen Amtes. Eine Dokumentation, Wild, Sonnenbühl 1988, ISBN 3925848037
- Robert Conquest: Ernte des Todes. Stalins Holocaust in der Ukraine 1929 - 1933, München, 1997
- Robert Conquest, La grande terreur, précédé des "Sanglantes moissons : Les purges staliniennes des années 30", (1995) ISBN 2221069544
- Robert Kusnierz, Ukraina w latach kolektywizacji i Wielkiego Głodu (1929-1933), Torń 2005
- Georges Sokoloff, 1933, L'année noire - Témoignages sur la famine en Ukraine, ISBN 2226116907
- Myron Dolot, Les affames / l'holocauste masque, ukraine 1929-1933 (1986), ISBN 2859565140
- Eugene Lyons: Assignment in Utopia. Harcourt, Brace & Co, New York 1937. (Auszug)
- Douglas Tottle: Fraud, Famine and Fascism. The Ukrainian Genocide Myth from Hitler to Harvard (Weltnetz-Version) (stellt den Holodomor als „Lüge“ dar)
- De Rosa G., Lomastro F. (Hrsg.): La morte della terra. La grande «carestia» in Ucraina nel 1932-33. Atti del Convegno (Vicenza, 16-18 ottobre 2003), Viella, Roma 2005, ISBN 888334135X, ISBN-13: 9788883341359
Referências
- Themenheft der Zeitschrift Osteuropa zum Holodomor (Inhalt und Abstracts)
- Als Stalin die Menschen zu Kannibalen machte (Spiegel.de)
- Schon mal was von Holodomor gehört? kreuz.net 21.11. 2008
- http://de.rian.ru/analysis/20081121/118460027.html
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 www.faminegenocide.com - Famine Genocide Commemorative Committee Ukrainian Canadian Congress, Toronto Branch.
- ↑ 2,0 2,1 www.ukrainiangenocide.com - Ukrainian Genocide Famine Foundation USA.
Notas de rodapé
- ↑ http://globalfire.tv/nj/09de/juden/holodomor.htm
- ↑ Gunnar Heinsohn : Lexikon der Völkermorde. Rowohlt rororo 1998.
- ↑ War die Hungersnot in der Ukraine ein Völkermord ? (http://www.anonym.to/?http://de.rian.ru/analysis/20081121/118460027.html)
Variações | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Crimes vermelhos | ||||||
Ideólogos | ||||||
Demagogos e criminosos | ||||||
Portal:Marxismo |