Viking

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Os vikings (por vezes usa-se a forma aportuguesada viquingues) eram guerreiros-marinheiros da Escandinávia que entre o final do século VIII e o século XI pilharam, invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas. Embora sejam conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição, eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente.

A Era Viking é o nome da última parte do início da Idade do Ferro na Escandinávia. Hoje, de um modo um tanto controverso, a palavra viking também é usada como um adjetivo genérico que se refere aos escandinavos da Era Viking. A população escandinava medieval em geral é referida de um modo mais apropriado como nórdicos.

Etimologia

A etimologia da palavra "viking" é um tanto incerta. A raiz da palavra germânica vik ou wik está relacionada a mercados, é o sufixo normalmente utilizado para referir-se a "cidade mercadora", da mesma forma que burg significa "lugar fortificado." Sandwich e Harwich em inglês ainda mostram essa terminação, e a recentemente escavada cidade portuária franca Quentovic mostra a mesma etimologia. A actividade mercantil dos vikings está bem documentada em vários locais arqueológicos como Hedeby.

Registros históricos

A terra natal dos Vikings era a Noruega, Islândia, Suécia e Dinamarca. Eles e seus descendentes controlaram, pelo menos temporariamente, a maior parte da costa do mar Báltico, grande parte da Rússia continental, a Normandia na França, Inglaterra, Sicília, Itália meridional e partes da Palestina a quem diga até que eles estiveram até no Brasil como o autor do livro Vikings no Brasil editado em 1976.(MAHIEU, JACQUES DE).

As diversas nações viking estabeleceram-se em várias zonas da Europa:

Os Vikings começaram a incursar e colonizar ao longo da parte nordestina de mar Báltico nos séculos VI e VII. No final do século VIII, eles faziam longas incursões descendo os rios da moderna Rússia e estabeleceram fortes ao longo do caminho para a defesa. No século IX eles controlavam Kiev e em 907 uma força de dois mil navios e oitenta mil homens atacou Constantinopla. Eles sairam de lá com um favorável acordo comercial do imperador de Bizâncio.

Os vikings fizeram a primeira investida no Oeste no final do século VIII. Os primeiros relatos de invasões viking datam de 793, quando Dinamarqueses ("marinheiros estrangeiros") atacaram e saquearam o famoso monastério insular de Lindisfarne, na costa Leste da Inglaterra. Os vikings saquearam o monastério, mataram os monges que resistiram, carregaram seus navios e retornaram à Escandinávia. Nos 200 anos seguintes, a história Europeia encontra-se repleta de contos sobre os vikings e suas pilhagens. O tamanho e a frequência das incursões contra a Inglaterra, França e Alemanha aumentaram ao ponto de se tornarem invasões. Eles saquearam cidades importantes como Hamburgo, Utrecht e Rouen. Colônias foram estabelecidas como bases para futuras incursões. As colônias no Noroeste da França ficaram conhecidas como Normandia (de "homens do Norte"), e seus residentes eram chamados de normandos.

Em 865, um grande exército dinamarquês invadiu a Inglaterra. Eles controlaram a Inglaterra pelos dois séculos seguintes. Um dos últimos reis de toda a Inglaterra até 1066 foi Canuto, que governava a Dinamarca e a Noruega simultaneamente. Em 871, uma outra grande esquadra navegou pelo rio Sena para atacar Paris. Eles cercaram a cidade por dois anos, até abandonarem o local com um grande pagamento em dinheiro e permissão para pilhar, desimpedidos, a parte Oeste da França.

Em 911, o rei da França elevou o chefe da Normandia a Duque em troca da conversão ao cristianismo e da interrupção das incursões. Do Ducado da Normandia veio uma série de notáveis guerreiros como Guilherme I, que conquistou a Inglaterra em 1066; Robert Guiscard e família, que tomaram a Sicília dos árabes entre 1060 e 1091 e Balduíno I, rei cruzado de Jerusalém.

Os vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grandes partes da Inglaterra, viajaram pelos rios da França e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio e há indícios que estiveram na costa do novo continente, onde hoje se localiza o Canadá.

Rota Comercial dos Vikings

Foram três as rotas básicas escandinavas durante a era viking:

Rota oriental - Seguida principalmente pelos suecos, que penetraram no coração dos territórios eslavos, até Novgorod e Kiew, fundando o primeiro Estado russo.

Rota ocidental (linha interna) - Seguida principalmente pelos dinamarqueses, que os conduzia às costas da Escócia, da Northumbria e da Neustria.

Rota ocidental (linha externa) - seguida principalmente pelos noruegueses, no qual fundaram a Islândia, Groelândia e a visita da América do Norte.

A sociedade Viking

Os povos Vikings, assim como tinham uma mesma organização política, também compartilhavam uma mesma composição sociocultural.

A língua falada pelos Vikings era a mesma, seu alfabeto também era o mesmo: o Alfabeto Rúnico.

As sociedades estavam divididas, de um modo geral, da seguinte maneira: O Rei estava no topo da Pirâmide; abaixo dele estavam os karls, homens ricos e grandes proprietários de terras (os karls não eram nobres, pois nas sociedades Vikings não havia nobres); abaixo dos karls havia os jarls, ou seja, o povo, livres, mas sem posses ou com poucas propriedades, geralmente pequenos comerciantes ou lavradores. Os jarls compunham o grosso dos exércitos Vikings e tinham participação nas Althings; abaixo dos jarls, havia os thralls, escravos. Eles geralmente eram prisioneiros de batalhas, mas podiam ser (dependendo da decisão da Althing da região) escravos por dívidas ou por crimes, seus proprietários tinham direito de vida e morte sobre eles.

A maior parte dos povoados Vikings eram fazendas pequenas, com entre cinqüenta e quinhentos habitantes. Nessas fazendas, a vida era comunitária, ou seja, todos deviam se ajudar mutuamente. O trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um. Uns eram ferreiros, outros pescadores (os povoados sempre se desenvolviam nas proximidades de rios, lagos ou na borda de um fiorde), outros cuidavam dos rebanhos, uns eram artesãos, outros eram soldados profissionais, mas a maioria era agricultora.

As semeaduras ocorriam tão logo a primavera começava, pois os grãos precisavam ser colhidos no final do verão para que pudessem ser armazenados para o outono e inverno. Durante o inverno, as principais fontes de alimentos eram a carne de gado e das caças que eles obtinham. No verão o gado era transportado para as montanhas para pastar longe das plantações.

Nas fazendas, as pessoas moravam geralmente em grandes casarões comunitários. Geralmente esses casarões eram habitados pelas famílias. Por exemplo: três irmãos, com suas respectivas esposas, filhos e netos. Predefinição:Carece de fontes

Navios viking e navios longos viking

Além de permitir que os vikings navegassem longas distâncias, seus navios dragão (drakar) traziam vantagens tácticas em batalhas. Eles podiam realizar eficientes manobras de ataque e fuga, nas quais atacavam rápida e inesperadamente, desaparecendo antes que uma contra-ofensiva pudesse ser lançada. Os navios dragão podiam também navegar em águas rasas, permitindo que os vikings entrassem em terra através de rios.

Museus viquingues

Existe um famoso museu viquingue, que fica em Oslo, na Noruega, denominado Vikingskipshuset. Outro museu, dedicado aos barcos viquingues, é o Vikingeskibsmuseet, na Dinamarca.

A Era Viking

A principal razão que se crê estar por trás das invasões foi a superpopulação causada pelo avanço tecnológico trazido pelo uso do ferro. Para o povo que vivia na costa, foi natural a procura por novas terras pelo oceano. Outra razão foi que, nesse período, vários países europeus encontravam-se envolvidos em conflitos internos, sendo portanto presas fáceis para a organização viking. O amor à aventura e o sucesso militar, característico de uma cultura que valorizava os feitos heróicos das sagas, deve ter sido outro fator.

Declínio

Após décadas de pilhagem, a resistência aos vikings tornou-se mais eficiente e, depois da introdução do Cristianismo na Escandinávia, tornou a cultura viking mais moderada. As incursões vikings cessaram no fim do século XI. A consolidação dos três reinos escandinavos (Noruega, Dinamarca e Suécia) em substituição das nações Viking em meados do século XI deve ter influenciado também o fim dos ataques, visto que com eles os vikings passaram também a sofrer das intrigas políticas de que tanto se beneficiaram e muito da energia do rei estava dedicada a governar suas terras. A difusão do cristianismo fragilizou os valores guerreiros pagãos antigos, que acabaram sumindo. Os nórdicos foram absorvidos pelas culturas com as quais eles tinham se envolvido. Os ocupantes e conquistadores da Inglaterra viraram ingleses, os normandos viraram franceses e os Rus tornaram-se russos.

Na Rússia, os vikings eram conhecidos como Varegos ou varegues (Väringar), e os guarda-costas escandinavos dos imperadores do bizantinos eram conhecidos como Guarda Varegue. Outros nomes incluem nórdicos e normandos.

Mitos sobre os vikings

Elmos com chifres

Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles - que na realidade era uma crença Celta e não nórdica - eles jamais utilizaram tais elmos. Essas características não passam de uma invenção artística das óperas do século XIX, que reforçavam as nacionalidades, no Romantismo, e que visavam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis (o que nunca foram), pois sua aparência era incerta. Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cônicos e sem chifres (como se pode ver na foto do "timoneiro viking"). Não existe qualquer tipo de evidência científica (paleográfica, histórica, arqueológica, epigráfica) de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos.

Vikings famosos

Veja também

Ligações externas