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Sicília
A Sicília é a maior ilha do Mar Mediterrâneo (com 25.426 km²) e da Itália. É banhada pelo Mar Tirreno ao Norte, pelo Mar Jónico ao leste e pelo Mar Mediterrâneo ao sul, separada do continente europeu pelo Estreito de Messina. A ilha tem mais de 5 milhões de habitantes e a cidade de Palermo como capital. Outras cidades importantes são Catânia, Messina e Siracusa.
A região autônoma da Sicília (uma das 20 divisões administrativas) é a maior e mais meridional região da Itália, e compreende também algumas outras ilhas vizinhas (18 das quais habitadas) que adicionam mais 285 km² e 33.000 habitantes à região autônoma. A sociedade siciliana é culturalmente a mais preservada (ou atrasada na opinião dos modernistas e liberais) e tradicionalista de toda a Europa, fortemente marcada por um catolicismo e patriarcado, com baixa difusão de feminismo e homossexualidade em respeito ao resto do mundo ocidental.
História
Os vestígios humanos mais antigos encontrados na ilha são datados de 12.000 a.C. aproximadamente. Por volta de 750 a.C., a Sicília tornou-se uma colônia grega e nos 600 anos seguintes foi o principal campo de batalha das guerras greco-púnicas e romano-púnicas, que terminou com a destruição de Cartago por Roma. Após a queda do Império Romano do Ocidente no século V, a Sicília foi uma terra de conquista, e durante a Idade Média foi invadida pelos vândalos, ostrogodos, bizantinos, árabes e normandos, estes últimos criaram o Reino da Sicília, que durou de 1130 a 1816, subordinado à Coroa de Aragão, ao Sacro Império Romano, e por fim, à Casa de Bourbon (mais tarde Reino das Duas Sicílias). Este se juntou ao resto da Itália em 1860 (Expedição dos Mil) durante a unificação.
Pós-unificação
As condições econômicas pioraram após a unificação, e iniciou-se um êxodo rural e uma imigração ao continente americano. Estatísticas apontam que quase um milhão de sicilianos emigraram entre 1871 e 1921. Neste período, o Brigantaggio, um banditismo armado similar ao cangaço do Nordeste do Brasil, atraía ex-militares do exército do Reino das Duas Sicílias. A fraca presença da lei na Sicília deu oportunidade para o nascimento do crime organizado, chamado de Cosa Nostra ou mafia siciliana, a qual foi duramente perseguida durante o Fascismo, quando diversos criminosos emigraram aos Estados Unidos da América.
No início da Segunda Guerra Mundial, o exército italiano se encontrava despraparado e tecnologicamente obsoleto ante a eclosão do conflito, ocasionando campanhas desastrosas na Grécia e Norte da África que precisaram de auxílio militar do Terceiro Reich. Com isso os Aliados invadiram a Sicília em 09 de julho de 1943 recebendo ajuda dos mafiosos locais, os quais desejavam mais liberdade em um sistema político democrata. Mesmo antes do nascimento da República Italiana em 1946, país controlado pelo ZOG, à Sicília foi concedido o estatuto especial da região autônoma que tem o seu próprio parlamento.
