Ideal Identitário

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Definição de Ideal Identitário

O Ideal Identitário representam uma corrente do nacionalismo europeísta que surgiu no final do século XX sob a influência de pensadores e ideólogos como Robert Steuckers, Guillaume Faye, Pierre Vial, entre outros, diferenciando-se em termos ideológicos e da doutrina política dos movimentos nacionalistas tradicionais, aproximando-se porém, em termos comparativos, à corrente völkisch alemã do início do século XX. O Ideal Identitário é abertamente etnocentrista, rejeitando todavia o racismo primário. No seu lugar os identitários promovem o etno-diferencialismo, um conceito que que recusa o universalismo homogeneizador e que visa a preservação dos povos e das suas respectivas culturas, com vista a um desenvolvimento assente no Direito à diferença e no direito dos povos a disporem de si mesmos. Para os identitários a existência das diferenças entre os povos é um facto inquestionável, seja desde a perspectiva da antropologia, da história, da cultura, das tradições, dos modos ou das mentalidades, sendo que qualquer tentativa de convívio sobre um mesmo território torna-se inevitavelmente gerador de racismo e, consequentemente, de conflitos.

O termo identitário foi pela primeira vez empregue políticamente por Pierre Vial para definir uma concepção do mundo etnocêntrica que visava ultrapassar o conceito de nacionalismo, por Vial considerado insuficiente para responder aos novos desafios impostos à Europa no dealbar do sécuo XXI.

Conhecendo uma resposta positiva por parte de inúmeros sectores do movimento nacionalista francês, de imediato se criaram estruturas organizativas que se assumiram como identitárias, conduzindo a uma perceptível distinção entre o movimento nacionalista tradicional e o movimento identitário. Guillaume Luyt, dirigente do Bloc Identitaire escreveu: «Ao nacionalismo, ideologia da nação, nós preferimos o patriotismo, o enraizamento carnal à nossa terra. Um patriotismo que nós ousamos afirmar triplo : regional (pátria carnal), francês (pátria histórica), europeu (pátria civilizacional).» Os identitários portugueses da Causa Identitária, por seu turno, acrescentam que o Ideal Identitário expressa-se num europeísmo consequente «além de meras declarações de intenção sobre a amizade entre os povos europeus», assente numa Confederação Eurosiberiana, assim como através de uma autonomia histórica em nítida ruptura com os movimentos nacionalistas do passado e ainda por via de uma nova postura na praxis política, liberta do «falso radicalismo dos gestos e formas excessivas».

Partidos e movimentos identitários

Seguindo o exemplo dos identitários na França, existem actualmente diversos grupos identitários em inúmeros países europeus. Em Portugal existe a Causa Identitária, na Bélgica o partido Nation e em certa medida os flamengos do Vlaams Belang, em Espanha a associação metapolítica Tierra y Pueblo e o colectivo Asamblea Identitaria, na Itália existem várias associações, entre elas o Blocco Identitario, ou ainda na Suiça Les Identitaires de Romandie.

Contudo, tem sido na França onde os identitários têm demonstrado maior actividade, particularmente o Bloc Identitaire ou o partido regionalista Alsace d'Abord, orgnizações que por diversas vezes concorreram em algumas circunscrições nas eleições francesas. O Bloc Identitaire reagrupa no seu seio diversos colectivos como são Les Identitaires e Jeunesses Identitaires e outras associações conexas, como são Nissa Rebela, Comité d’entraide aux prisonniers européens, Solidarité-Kosovo, Solidarité des Français ou ainda uma editora musical de nome Alternative-s. Acresce ainda referir que uma agência informativa na internet Novopress também foi criada pelos activistas do Bloc Identitaire, uma rede informativa que tem cerca de 22 secções regionais e nacionais e que estes são igualmente os responsáveis pela revista ID Magazine.

No campo cultural e metapolítico os identitários são representados em França pela associação Terre et Peuple dirigida por Pierre Vial, a Fundação Polémia dirigida por Jean-Yves Le Gallou, ou ainda a publicação Réfléchir et Agir, bem como inúmeros blogues na internet.

Em resposta à criação dos «Conseil représentatif des institutions juives de France (CRIF)» e do «Conseil représentatif des associations noires (CRAN)», a Terre et Peuple e Les Identitaires criaram o Conseil représentatif des associations blanches (CRAB), que «prentende lutar contra as tensõess raciais, desde uma óptica republicana, agindo através da forma clássica de um grupo de pressão».

Por seu lado a Terre et Peuple, na pessoa de Pierre Vial, participou na Conferência Internacional “O Futuro do Mundo Branco”, que teve lugar em 2006, em Moscovo, por iniciativa de Guillaume Faye, e da qual resultou uma declaração conjunta de diversos dirigentes de organizações identitárias e nacionalistas.

A 21 de junho de 2007 os os dirigentes do Bloc Identitaire, Alsace d’Abord e Peuples Identités et Cultures (Ocitânia), criaram a Fédération Identitaire, uma federação que tem por objectivo «reunir e apoiar, em toda a França, todos aqueles para quem a promoção e a defesa das identidades - quer elas sejam regionais, francesa ou europeia - é uma prioridade». Esta federação «deseja agregar os movimentos, associações, revistas, individuos, que os valores, a seriedade, a eficácia sejam compatíveis com os seguintes objectivos:

- Regresso à política e ao militantismo enraizado - Recusa da imigração não-europeia e dos seus desgastes colaterais - Rejeição dos centralismos parisiense e de Bruxelas - Luta contra um ultraliberalismo mundialista gerador de injustiças sociais»

Por toda a Europa múltiplas organizações nacionalistas estão a adoptar a designação e a estratégia identitária, mesmo que por vezes iso não signifique que defendam um ideal Identitário tal como foi preconizado por Pierre Vial ou pelo Bloc Identitaire. Em França o grupo de estudo GRECE, animado por Alain de Benoist e Charles Champetier, apresenta-se como sendo identitário, ainda que que a sua concepção de identidade difira da de Guillaume Faye e de Pierre Vial, antigos colaboradores do GRECE.

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