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Hans-Ulrich Rudel
Hans-Ulrich Rudel(* 2 de julho de 1916 em Konradswaldau (Schönau) na Silésia (Alemanha); † 18 de dezembro de 1982 em Rosenheim na Baviera (ibidem)) foi um aviador e oficial da Luftwaffe e piloto do Junkers Ju 87 Stuka. Rudel foi a única pessoa a ser condecorada com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro com Folhas de Carvalho em ouro, Espadas e Diamantes. Destacou-se pela eficiência nos combates e pela quantidade de unidades bélicas inimigas destruidas.
Após a Segunda Guerra Mundial estabeleceu-se em diversos países e desenvolveu atividades de proteção e assistência a antigos combatentes alemães perseguidos no pós-guerra.
Índice
Formação
Hans-Ulrich Rudel foi filho de um pastor luterano. De 1927 a 1936 frequentou o Humanistisches Gymnasium em Lauban (Silésia na Alemanha - atualmente Luban, sob domínio polones), onde obteve o Abitur (Conclusão do ensino secundário). Em 1933, no inicio do período Nacional-Socialista na Alemanha Hans-Ulrich Rudel ingressou na Juventude Hitlerista, onde atuou como Jungscharführer (Lider de grupo). Apos sua formação escolar, ingressou em 04 de dezembro de 1936 como Fahnenjunker (Cadete) na Luftwaffe (Força Aérea).
Em Junho de 1938 foi promovido a Oberfähnrich (Aspirante a oficial) e enviado ao Sturzkampfgeschwader 168 (Ala de combates com võos de mergulho 168) em Graz-Thalerhof. Em Dezembro de 1938 foi transferido a treinamento para vôos de reconhecimento em Hildesheim (Saxônia).
Em janeiro de 1939 foi promovido a Leutnant (Tenente) e em junho do mesmo ano transferido ao Fernaufklärungsgruppe 121 (Grupo de reconhecimento de longo alcance 121) para missões de reconhecimento.
Segunda Guerra Mundial
Hans-Ulrich Rudel inicialmente participou da Campanha da Polónia em missões de reconhecimento. Em setembro de 1940 foi transferido ao Stuka-Geschwader 2 "Immelmann" (ala dos bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87 Stuka 2 - Immelmann), tendo sido mobilizado no Front leste ao início da campanha da Rússia.
Em novembro de 1939 foi condecorado com o Eisernes Kreuz II Klasse (Cruz de Ferro II Classe).
Em maio e junho de 1940 participou da Campanha da França, e em setembro foi promovido a Oberleutnant (Primeiro-Tenente).
Em 23 de setembro de 1941, com um Junkers Ju 87 Hans-Ulrich Rudel destruiu o encouraçado soviético Marat , de 25.400 toneladas no porto de Kronstadt, no Golfo da Finlândia.
Em 01 de abril de 1943 foi promovido a Hauptmann (Capitão).
Em 1943 tornou-se comandante do III Grupo do Schlachtgeschwader 2 - III/St.G.2 (Grupo III da segunda ala dos bombardeiros de mergulho).
Em 01 de março de 1944 foi promovido a Major.
Foi mencionado no Wehrmachtbericht ( Relato das Forças Armadas) em 27 e 28 de março de 1944 por ter destruido 26 Panzer (carros de combate) e outros veículos militares em 2 dias. Foi novamente mencionado no Wehrmachtbericht em 06 de agosto de 1944 por ter alvejado 11 Panzer, e assim alcançado o total de 300 Panzer destruidos.
Em 01 de setembro de 1944 foi promovido a Oberstleutnant, e em outubro assumiu o comando do Schlachtgeschwader 2 (SG-2) -Immelmann (Ala de combate 2 - Immelmann)
Em 29 de dezembro de 1944, após 2400 vôos em missões, e 463 Panzer destruidos, Hans-Ulrich Rudel recebeu o Goldenes Eichenlaub mit Schwertern und Brillantes zum Ritterkreuz des Eisernen Kreuzes (Folhas de carvalho em ouro, com espadas e brilhantes à Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro). Foi o único militar condecorado com o Ritterkreuz des Eisernen Kreuzes mit goldenen Eichenlaub, Schwertern und Brillanten.
Em 08 de fevereiro de 1945, Hans-Ulrich Rudel foi sériamente ferido por Flakfeuer (artilharia anti-aérea), sendo forçado a fazer pouso de emergência. Em consequência dos ferimentos sofridos, teve que lhe ser amputada a perna direita abaixo do joelho. Não obstante a amputação, fez questao de continuar a combater.
Em 10 de fevereiro de 1945 foi novamente mencionado no Wehrmachtbericht.
Hans-Ulrich Rudel foi um expoente dos militares que se destacaram pela bravura e pelo sucesso obtido no cumprimento do dever. Entre os combatentes do Ostfront (Frente de combate leste), era chamado de Tapferste der Tapferen (O mais corajoso dos intrépidos), e sua aeronave era o Kanonenvogel (literalmente "pássaro-canhão").
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Hans-Ulrich Rudel entregou-se às Forças Americanas em Kitzingen na Baviera.
Os números de Hans-Ulrich Rudel
Hans-Ulrich Rudel cumpriu 2.530 missões de combate. Nestas missões destruiu:
- 519 Panzer
- 1 Encouraçado
- 1 Destroier
- 70 Embarcações anfíbias
- 800 Veículos militares diversos
- 150 Peças de artilharia
- 7 aviões-caças
- 2 aviões bombardeiros
- Numerosas pontes, linhas de suprimentos e Bunker (Casamatas)
Condecorações
- Eisernes Kreuz II Klasse - 10 de novembro de 1939 - ( Cruz de Ferro II Classe )
- Verwundetenabzeichen in Gold - 1939 - (Distintivo de ferido, em ouro)
- Eisernes Kreuz I Klasse - 18 de julho de 1941 - ( Cruz de Ferro I Classe )
- Ehrenpokal für besondere Leistung im Luftkrieg - 20 de outubro de 1941 - (Taça de honra por feitos excepcionais na guerra aérea)
- Deutsche Kreuz in Gold - 08 de dezembro de 1941 - ( Cruz germânica, em ouro )
- Ritterkreuz des Eisernen Kreuzes - 06 de janeiro de 1942 - ( Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro )
- Eichenlaub zum Ritterkreuz - 14 de abril de 1943 - ( Folhas de Carvalho à Cruz de Cavaleiro - 229. condecorado )
- Schwerter zum Ritterkreuz - 25 de novembro de 1943 - ( Espadas à Cruz de Cavaleiro - 42. condecorado )
- Brillanten zum Ritterkreuz - 29 de março de 1944 - ( Diamantes à Cruz de Cavaleiro - 10. condecorado )
- Frontflugspange für Schlachtflieger mit Anhänger in Gold mit Brillanten - 03 de junho de 1944 - ( Broche de voo em frente de combate, em ouro e brilhantes )
- Goldenes Eichenlaub zum Ritterkreuz - 01 de janeiro de 1945 - (Folhas de Carvalho em ouro à Cruz de Cavaleiro - 1. condecorado )
- Ungarische Goldene Tapferkeitsmedaille - 14 de janeiro de 1945 - ( Medalha em ouro por bravura - Único estrangeiro condecorado com esta medalha pela Hungria, num total de 7 condecorados )
Promoções
- Fahnenjunker - Dezembro de 1936 - ( cadete )
- Oberfähnrich - Junho de 1938 - ( aspirante a oficial )
- Leutnant - Janeiro de 1939 - ( Tenente )
- Oberleutnant - Setembro de 1940 - ( Primeiro-Tenente )
- Hauptmann - Abril de 1943 - ( Capitão )
- Major - Março de 1944 - ( Major )
- Oberstleutnant - Setembro de 1944 - ( Tenente-Coronel )
- Oberst- Janeiro de 1945 - ( Coronel )
Pós-Guerra
Hans-Ulrich Rudel permaneceu aprisionado pelos americanos até 1946.
Durante o conflito destacava-se por uma característica marcante da sua personalidade: a sua dedicação honesta e sua fidelidade absoluta à causa Nacional-Socialista. Tal fidelidade manteve também no pós-guerra, continuando sua luta a favor da causa e dos combatentes injustiçados e perseguidos pelo "Sistema" implantado pelos vencedores do conflito.
Ao ser libertado, defendeu combatente alemães sobreviventes acusados nos "julgamentos" levados a cabo pelos aliados. As forças de ocupação na Alemanha procediam à lavagem cerebral e assediavam moralmente a população. Mostravam desprezo pelo nacionalismo alemão e pelo sacrifício dos militares na guerra. O ambiente era intolerável, e Hans-Ulrich Rudel, como herói de guerra era especialmente visado. Quando surgiu a possibilidade de trabalhar no setor da aeronáutica na Argentina, decidiu mudar para ares mais saudáveis. Porém as forças de ocupação não respeitavam o direito de liberdade da população, e muito menos dos antigos soldados. Para emigrar teve que fazê-lo às escondidas, através dos Alpes e da Itália. Conseguiu embarcar num vôo em Roma, desta vêz como passageiro, e via Madrid - Lisboa - Casablanca - Oceano Atlantico - Natal - Rio de Janeiro chegou à Buenos Aires em 08 de junho de 1948.[1]
Na Argentina fundou o Kameradenwerk, um instituição de apoio aos antigos combatentes nacional-socialistas em dificuldades, ou perseguidos pelo movimento sionista. Participaram da instituição, entre outros, Ludwig Lienhardt, Kurt Christmann e o austríaco Fridolin Guth. Mantiveram contato e auxiliaram entre outros Rudolf Heß e Karl Dönitz com mantimentos enviados da Argentina e com a assunção de despesas decorrentes dos "processos" a que os nacional-socialistas foram submetidos. Juntamente com Willem Sassen mantiveram resguardada a identidade de Josef Mengele e zelaram pela sua segurança.
Hans-Ulrich Rudel editava regularmente artigos para o magazine Der Weg ( lit. O caminho), destinado a nacional-socialistas perseguidos e que era mantido pelo especialista em serviços secretos militares Reinhard Kopps.
Além de diversas atividades, Hans-Ulrich Rudel prestava consultoria junto ao governo de Juán Domingues Peron para a formação e desenvolvimento da Força Aérea Argentina.
Mesmo usando prótese devido à amputaçao da perna direita, continuou a praticar esportes como tênis e esqui. Escalou os montes Aconcágua (Pico mais alto da Cordilheira dos Andes, na Argentina, de 6.962 metros), e Llullaillaco (Pico com 6.739 metros de altitude, na Cordilheira dos Andes, na divisa entre a Argentina e o Chile).
Após o fim do governo de Juan Domingues Peron, Hans-Ulrich Rudel transferiu-se para o Paraguai.
Na Alemanha participava de de organizações de direita. Em 1953 foi candidato da Deutschen Reichspartei - DRP (Partido do Império Alemão).
Desenvolveu atividades em prol da ideologia e da História Nacional-Socialista proferindo palestras, organizando reuniões e incentivando a propagação das idéias atualmente combatidas e perseguidas pelo neo-liberalismo global de esquerda. Apesar de símbolo nacional, sofreu difamações e perseguições políticas, principalmente da atual Bundesrepublik Deutschland (República Federal da Alemanha).
Morte
Hans-Ulrich Rudel faleceu com 66 anos, aos 18 de dezembro de 1982, em Rosenheim (Alemanha). Pelas autoridades alemãs foi proibida a presença de representantes militares no sepultamento. Houve porém, a presença de milhares de pessoas - alemães e estrangeiras - a prestar-lhe a última homenagem, ao som do Deutschlandlied. Estandartes margearam o derradeiro caminho de Hans-Ulrich Rudel. A despeito da ordem superior, jatos sobrevoaram o cortejo.
Suas condecoraçoes foram doadas pela viúva a um museu alemão.
O Pós-Guerra e a "Nova Ordem Social"
Com a vitória aliada e a derrota da Alemanha, intensificou-se a ação denegridora dos valores nacional-socialistas e seus defensores. Valores outrora cultuados passaram a ser desprezados. Para impedir o seu ressurgimento das cinzas foi dogmatizada a sua "malignidade". Para evitar questionamentos incômodos foram confiscados, destruidos e falsificados documentos, bens e obras relacionadas ao conflito. Modificou-se a História. Proibiu-se o estudo dos fatos passados. Estabeleceu-se uma nova ordem social, alinhada ao socialismo de esquerda. Na Bundesrepublik Deutschland (República Federal da Alemanha) principalmente, qualquer manifestação de dúvida sobre a veracidade da versão oficial anti-nacionalsocialista é criminalizada.
Neste contexto, também Hans-Ulrich Rudel é difamado e perseguido pelas autoridades. Negando-lhe todos méritos, tenta-se rotulá-lo de criminoso e desmerecer seus feitos exemplares.
Georg Leber (nasc em 7/10/1920), ministro alemão da defesa nos anos 1972 a 1978 e membro da SPD-Sozialdemokratische Partei Deutschlands (Partido Social-Democrata da Alemanha), demitiu dois generais da Força Aérea por terem se manifestado de forma positiva sobre as atividades militares de Hans-Ulrich Rudel.
Em 1978, o Zentralrat der Juden ( Conselho Central Judaico ) incitou a opinião pública visando escandalizar a visita de Hans-Ulrich Rudel à seleção alemã de futebol na Argentina durante a copa de 1978, obtendo a demissão de Helmut Schön, técnico da seleção alemã de futebol.
Durante o sepultamento de Hans-Ulrich Rudel em 1982, o fato de pilotos da Força Aérea Alemã terem sobrevoado o seu túmulo levou a mídia a difamar os pilotos e a homenagem prestada.
Citações
- „Es ist nicht wichtig, daß wir heute Erfolg haben, wichtig ist, daß wir unsere Pflicht tun “ ("Não é tão importante que sejamos bem sucedidos hoje, o importante é que cumpramos nosso dever")
- „Das einzige was mich an meiner Verwundung eigentlich erheblich stört ist die Tatsache, daß ich im Augenblick in dieser kritischen Situation selbst nicht fliegen kann und meine Kameraden, mein Geschwader eben allein fliegen lassen muss“ ("O que pròpriamente me incomoda sobremaneira no meu ferimento, é o fato de estar impossibilitado de voar justo nesta situação crítica, tendo assim que deixar meus companheiros e meu Geschwader voarem sòzinhos" - Durante internação hospitalar em função da amputação de sua perna ).
Publicações de Hans-Ulrich Rudel
- Hans-Ulrich Rudel: Mein Kriegstagebuch, Aufzeichnungen eines Stukafliegers
- Hans-Ulrich Rudel: Mein Leben in Krieg und Frieden
- Hans-Ulrich Rudel: Von den Stukas zu den Anden, Am höchsten Vulkan de Erde (Verlag K.W.Schütz KG, 4994 Preußisch Oldendorf - ISBN 3-87725-091-2)
Referências
Notas de rodape
<references>
- Literatura
- Adolf von Thadden: Hans-Ulrich Rudel, Lebensbild eines Helden des Zweiten Weltkrieges
- Dieter Vollmer: Stuka-As Hans-Ulrich Rudel, Biographie in Bildern
Veja também
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- ↑ Von den Stukas zu den Anden, pág 24-28