Josef Mengele

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Josef Mengele (* 16 de março de 1911 em Günzburg, próximo a Ulm, Alemanha; † 7 de fevereiro de 1979 em Bertioga, São Paulo, Brasil) foi um oficial da SS e médico alemão, que com o fim da Segunda Guerra Mundial passou a viver na América do Sul.

Biografia

Era o filho mais velho de Karl Mengele, engenheiro e industrial. Em 1930 iniciou o estudo de medicina e posteriormente também de antropologia em Munique, Viena e Bonn. Em 1935 Josef Mengele obteve o Ph.D. em antropologia médica da Universidade de Munique. Em janeiro de 1937 tornou-se assistente do Dr. Otmar von Verschuer, conhecido amplamente pelas suas pesquisas com gêmeos, no Instituto de Biologia Hereditária e Higiene Racial. Tornou-se membro do NSDAP no mesmo ano. No ano seguinte quando recebeu seu diploma de médico, integrou-se a SS.

Segunda Guerra Mundial

Em junho de 1940 foi incorporado ao exército e em seguida apresentou-se como voluntário ao serviço médico da Waffen-SS. Ferido em combate, Mengele voltou à Alemanha em janeiro de 1943 e começou a trabalhar no Kaiser-Wilhelm-Institut (KWI) em antropologia, genética humana e eugenia, dirigido pelo seu antigo mentor, von Verschuer. Em abril de 1943 foi promovido a capitão da SS e em 30 de maio do mesmo ano transferido como "Standortarzt" (médico de guarnição) para Auschwitz. Cerca de trinta médicos serviram em Auschwitz durante o período em que Josef Mengele lá trabalhou.

Poucos homens têm sido tão difamados como a personificação do "mal nazista" como Josef Mengele. Em incontáveis jornais e revistas Mengele tem sido rotineiramente acusado de ter enviado para câmaras de gás 400 mil pessoas, enquanto era médico-chefe em Auschwitz-Birkenau em 1943 e 1944. Supostamente conduziu experimentos horrorosos em vítimas judaicas selecionadas, e se deliciava com atrocidades sádicas. As acusações mais pavorosas contra Mengele, como a história de que ele jogava bebês vivos dentro de fornos, são fábulas doentias e absurdas que contradizem o que se sabe sobre o caráter do médico. Por exemplo, como a revista Times publicou em 24 de junho de 1985, Mengele era dado a ocasionais floreios de galanteria: depois de transferir uma médica judia grávida para Cracóvia, para realizar pesquisas para ele, enviou-lhe flores pelo nascimento de seu filho.

Quando jovem, Mengele era popular, inteligente e sério. Durante seus tres anos de serviço militar, a maior parte do tempo na frente leste, ele provou ser um soldado valente e diligente e recebeu cinco condecorações, incluindo a Cruz de Ferro 1ª Classe e 2ª Classe. Como médico-chefe em Auschwitz-Birkenau estava na liderança de uma grande equipe de médicos internos, a maioria judeus, que cuidavam dos internados.

Muitos judeus sobreviveram à guerra graças aos cuidados médicos na enfermaria do campo, que estava sob supervisão geral do Dr. Mengele. Uma dessas pessoas foi Otto Frank, pai da famosa Anne Frank. Depois de ficar doente, Otto foi transferido para o hospital do campo onde ficou até a chegada das tropas soviéticas em janeiro de 1945.

Um registro contemporâneo valioso do caráter e do trabalho durante sua estada em Auschwitz é a "Avaliação do Hauptsturmführer SS Dr. Josef Mengele" datada de 19 de agosto de 1944, elaborada pelo escritório médico SS. O original está arquivado no Centro de Documentação de Berlim. O relato é muito elogioso: "Dr.Mengele tem um caráter aberto, honesto e sólido. Ele é absolutamente confiável, franco e determinado. Não manifesta nenhuma fraqueza de caráter, tendências más, ou covardia. Sua conformação emocional e física é excepcional. Durante seu período de serviço no Campo de Concentração de Auschwitz ele aplicou seus conhecimentos práticos e teóricos no combate a sérias epidemias. Com prudência e energia persistente e muitas vezes sob as mais difíceis condições ele cumpriu cada tarefa assumida para a completa satisfação de seus superiores. Mostrou-se capaz de cuidar de qualquer situação. Além disso, usou seu escasso tempo livre para prosseguir em seus estudos de antropologia. Seu comportamento discreto e modesto é de um bom soldado. Devido ao seu comportamento é especialmente bem-quisto pelos seus companheiros. Ele trata subordinados com absoluta lealdade mas também com a severidade necessária, ainda assim é muito admirado e querido. Em seu comportamento, trabalho e atitude Dr.Mengele demonstra uma visão absolutamente sólida e madura da vida. Ele é católico. Sua maneira de falar é espontânea, desinibida, convincente e vívida." A avaliação pessoal segue notando que Mengele tinha contraido tifo enquanto conscienciosamente cuidava de suas obrigações como médico em Auschwitz. Enuncia as condecorações que recebeu por bravura e trabalho excepcional e conclui que ele era digno de promoção.

Pós-guerra

Após a guerra, Mengele viveu por dez anos na Argentina e Paraguai com seu nome verdadeiro. Não existe evidência de que alguma vez se sentisse envergonhado ou culpado pelo que tenha feito em Auschwitz. Numa carta ao seu filho Rolf ele escreveu: "Eu não tenho o mínimo motivo para justificar ou desculpar-me por qualquer de minhas decisões ou ações.".[1] Entre seus papéis pessoais encontrados pela polícia brasileira em junho de 1985 havia um ensaio semi-autobiográfico intitulado em latim "Fiat Lux", aparentemente escrito por Mengele enquanto ainda estava vivendo numa fazenda na Baviera, logo após o fim da guerra. Até hoje o conteúdo deste ensaio não foi publicado.[2].

Notas

  1. Time, 1º de julho de 1985
  2. The New York Times, 23 de junho de 1985

Ligações externas