Wilhelm Gustloff (navio)

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Wilhelm Gustloff em 1938.

O Wilhelm Gustloff foi um navio transatlântico alemão afundado pelos soviéticos em 30 de janeiro de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, quando estava com mais de 10.500 pessoas a bordo[1]. Tal afundamento é considerado o maior naufrágio civil do mundo apesar de ser quase totalmente desconhecido devido à baixa repercussão midiática. O navio estava lotado de refugiados que tentavam escapar da Prússia Oriental, neste período a Alemanha tinha colocado em prática a Operação Aníbal, cujo objetivo era retirar a população civil desta área pois corriam perigo devido ao avanço das tropas soviéticas. O nome do navio é em homenagem ao líder suiço do NSDAP, assassinado por um judeu.

Foi atingido por três torpedos do submarino soviético S-13, vindo a afundar no Mar Báltico quando tinha a bordo cerca de nove mil e seiscentos passageiros civis, a maioria mulheres que fugiam do avanço do Exército Vermelho que ficou famoso pelo massacre da aldeia de Nemmersdorf, em outubro de 1944. Este fato explica a superlotação. Crianças, idosos e muitos militares feridos também constavam dentre os seus passageiros. Contava ainda com cerca de mil tripulantes. Segundo pesquisas mais recentes, havia no navio 10.582 pessoas[1]. Quase todos os que estavam a bordo pereceram afogados ou devido a hipotermia provocada pela baixíssima temperatura do mar, sendo resgatadas apenas 964 pessoas. Sabe-se que, das vítimas, cerca de 4.000 eram crianças e adolescentes, além de muitos soldados feridos e refugiados de guerra.

História

Foi construído nos estaleiros Blohm & Voss, de Hamburgo, para a Kraft durch Freude (KdF) (Força pela Alegria), uma organização civil que promovia atividades culturais e recreativas, incluindo concertos e outras festividades para os trabalhadores alemães de todas as classes.

Os trabalhos iniciaram-se em 01 de Maio de 1936 e o lançamento ao mar ocorreu em 05 de Maio de 1937[2], seguindo-se as operações de apetrechamento e finalmente a entrega à KdF, o que aconteceu em 15 de Março de 1938, sendo Carl Lubbe o seu primeiro comandante. Conforme o projeto original, o navio deslocava 25.484 toneladas à velocidade de 15 nós e tinha capacidade para 1.463 passageiros e 417 tripulantes, ou seja, havia capacidade para 1.880 passageiros no total.

Em 4 de Abril de 1938, em uma de suas primeiras viagens, efetuou, sob péssimas condições de mar, o salvamento da tripulação de um cargueiro inglês - o SS Pegaway - com grande repercussão na imprensa inglesa[3]. Em 20 de Abril de 1938, partiu, junto com outros navios da frota KdF para a viagem inaugural como navio de cruzeiro rumo ao Arquipélago da Madeira, com escala em Lisboa. O tamanho do navio, o luxo sóbrio e o fato de permitir viagens em classe única para todos, impressionou à época. Os fiordes noruegueses, tal como Lisboa e o Funchal, na Madeira, tornaram-se destinos de eleição. O navio efetuou cerca de cinqüenta viagens em tempo de paz, transportando cerca de 70.000 passageiros, sempre com grande sucesso.

Em 26 de Maio de 1939, colaborou, junto com outras unidades da KdF, no repatriamento da Legião Condor após o fim da Guerra Civil Espanhola[2].

Com o início da Segunda Guerra Mundial foi transformado em navio-hospital, recebendo os primeiros feridos da Campanha da Polónia em Setembro de 1939, e mais tarde os feridos das campanhas da Dinamarca e da Noruega. A 17 de Novembro de 1940 foi transferido para Gotenhafen (hoje, Gdynia) e colocado fora de serviço como navio-hospital, passando a navio-alojamento em 20 de Novembro de 1940. Ficou por mais de quatro anos ancorado neste porto até o início da Operação Aníbal em Janeiro de 1945[2].

Referências

  1. 1,0 1,1 www.feldgrau.com - Jason Pipes: A History of the Wilhelm Gustloff (em inglês)
  2. 2,0 2,1 2,2 www.feldgrau.com - Lazarettschiff D (Navio-hospital D).
  3. Wilhelm Gustloff Museum - Resgate do S.S. Pegaway (em inglês).

Ligações externas