Julius Streicher

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Julius Streicher

Julius Streicher (* 12 de fevereiro de 1885 em Fleinhausen (Augsburg) na Alemanha; † 16 de outubro de 1946 em Nuremberga) foi o fundador, proprietário e editor do jornal "Der Stürmer".

Biografia

Julius Streicher foi o nono filho de um professor de escola. Após oito anos da escola fundamental (Volksschule) recebeu formação para professor, profissão na qual trabalhou de 1904 até 1923. A Primeira Guerra Mundial eclodiu em 1914 e Streicher alistou-se na infantaria. Participou de pesadas batalhas no front na França. Cumpriu missões perigosas e foi mensageiro de crucial comunicação através de fogo inimigo, impedindo um cerco. Com isto tornou-se o primeiro homem de sua companhia a receber a Cruz de Ferro. Mais tarde foi aceito como candidato a oficial, o que era surpreendente, já que até então apenas familias da nobreza tinham este direito. Como primeiro tenente lutou bravamente na frente da Romênia e Itália. Em novembro de 1918, na época do armistício, Streicher estava servindo novamente no front da França, sendo condecorado com a Cruz de Ferro Iª Classe.

Em 1918 tornou-se membro do Deutschvölkischen Schutz- und Truzbundes (União Popular Alemã de Proteção e Defesa). Em 1919 Streicher foi um dos co-fundadores do partido "Deutschsozialistische Partei" (Partido Socialista Alemão), que acabou fundindo com o NSDAP, ao qual se filiou.

Em 1923 participou do levante Marsch auf die Feldherrnhalle. Até então estava protegido pela burocracia escolar, tanto em suas atividades políticas como anti-judaicas, mas com a República de Weimar ficou insustentável e foi suspenso do serviço. Foi formalmente demitido sòmente em 1928. A partir de 1923 dedicou-se exclusivamente à política. Streicher era membro do conselho municipal de Nürnberg, de 1924 a 1932 foi deputado da assembléia do estado da Baviera. Após a vitória nas urnas do NSDAP foi membro do Reichstag de 1933 a 1945. No partido foi Gauleiter (governador) da Francônia (Franken) de 1925 até 1940 e na SA tinha a patente de Obergruppenführer(general). Streicher propagava forte adversão ao judaismo. Sua plataforma era o jornal Der Stürmer, fundado e editado por ele. Em 1938 o jornal atingiu uma edição de meio milhão de exemplares.

Em 1945, com o avanço das tropas aliadas, Streicher fugiu com sua secretária de longa data, Adele, com quem se casara havia poucas semanas. Sua primeira mulher havia falecido em 1943. Em 23 de maio de 1945 foi reconhecido e capturado.

Tortura

Streicher afirmou ter sido brutalmente torturado como prisioneiro dos aliados. Ele e sua mulher foram despidos por soldados americanos e obrigados a desfilar nus. Cuspiram neles e sofreram queimaduras de cigarros. O oficial de "acompanhamento" John E.Dolibois confirmou parcialmente estas acusações, declarando em entrevista que no verão de 1945 circulou uma foto no exército americano, mostrando Streicher nu, com um capote sobre os ombros, com os testículos inchados por pancadas, uma coroa de arame farpado na cabeça e uma placa com os dizeres "Julius Streicher, rei dos judeus" (Julius Streicher, König der Juden). Embora Streicher se pronunciasse sobre os tratamentos sofridos durante o Processo de Nuremberga, nunca houve investigação.

Palavras finais

Julius Streicher diante do Tribunal de Nuremberga, 115º dia. Excertos da palavra final:

(...) É certo que, por ocasião do Dia Anti-boicote de 1933, organizado por mim, e da demonstração em 1938, em minha condição de Gauleiter, não determinei nem pedi e nem participei de quaisquer atos de violência contra judeus. Também é certo que em vários artigos de meu semanário "Der Stürmer" sustentei que a reivindicação sionista da criação de um estado judeu seria a solução natural do problema judeu. Estes fatos são a prova de que não queria uma solução violenta para a questão judaica. Se em alguns artigos de meu semanário "Der Sürmer" se falou da liquidação ou exterminio do judaismo, eram incisivas respostas a provocações de escritores judeus em que se exigia o exterminio do povo alemão (...).

„(...) Es steht fest, daß ich anläßlich des von mir im Auftrag geleiteten Anti-Boykott-Tages im Jahre 1933 und anläßlich der Demonstration im Jahre 1938 in meiner Eigenschaft als Gauleiter irgendwelche Gewalttätigkeiten gegen die Juden weder angeordnet noch verlangt oder mich an solchen beteiligt habe. Es steht weiter fest, daß ich in mehreren Artikeln in meinem Wochenblatt »Der Stürmer« die zionistische Forderung zur Schaffung eines Judenstaates als natürliche Lösung des Judenproblems vertreten habe. Diese Tatsachen sind ein Beweis dafür, daß ich die Judenfrage nicht auf gewaltsame Weise gelöst haben wollte. Wenn in einigen Artikeln meines Wochenblattes »Der Stürmer« von mir oder anderen Verfassern von einer Vernichtung oder Ausrottung des Judentums gesprochen wurde, so waren dies scharfe Gegenäußerungen gegen provozierende Auslassungen jüdischer Schriftsteller, in denen die Ausrottung des deutschen Volkes verlangt worden war! (...)

Em 1º de outubro de 1946 Streicher foi condenado a morte por enforcamento. Foi executado em 16 de outubro, sofrendo uma longa agonia de 14 minutos. Suas últimas palavras foram:

"Heil Hitler! Festa de Purim 1946!".

Fontes

Veja também