Herta Oberheuser

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Herta Oberheuser

Herta Oberheuser (*15 de maio de 1911 em Köln am Rhein, Alemanha; † 24 de janeiro de 1978 em Linz am Rhein, Alemanha) , foi médica, trabalhou no campo de concentração de Ravensbrück , e foi a única mulher acusada e condenada pelo Tribunal Médico de Nürnberg.

Formação

Herta Oberheuser foi filha de um Capitão. Cursou medicina a partir de 1931 em Bonn, e posteriormente em Düsseldorf. Atuou como médica não remunerada na Liga das Jovens Alemãs (Bund Deutscher Mädchen).

Em 1937 fez seu doutoramento em medicina e tornou-se membro da NSDAP e da Associação Nacional-Socialista dos Médicos Alemães (Nationalsozialistischen Deutschen Ärztebund).

Entre 1938 e 1940 prosseguiu seus estudos na Clínica Médica de Düsseldorf (Düsseldorfer Medizinischer Klinik), especializando-se em Dermatologia. Após conclusão de seus estudos candidatou-se a um posto de médica no campo de concentração de Ravensbrück.

Segunda Guerra Mundial

No campo de concentração de Ravensbrück conheceu o Dr. Karl Gebhardt, diretor do sanatório Hohenlychen, distante 12 quilometros de Ravensbrück.

Auxiliou Dr Karl Gebhardt em testes médicos, ao lado de Fritz Fischer, Gerhard Schiedlausky e Dr. Rolf Rosenthal.

Em meados de 1943, então condecorada com a Kriegsmedaille (medalha da guerra), Herta Oberheuser transferiu-se a Hohenlychen, para dirigir nesta clínica, como assistente cirúrgica do Dr. Karl Gebhardt, o setor de atendimento a crianças.

O Processo de Nürnberg

O “Processo de Nürnberg” , também chamado de "Tribunal de Nürnberg", foi realizado entre 20 de novembro de 1945 e 14 de abril de 1949 por um tribunal militar norte-americano, auto intitulado “Tribunal militar internacional”. Teve como alvo autoridades do regime nacional-socialista alemão. Os processos inseriram-se nas políticas de “reeducação” da mentalidade alemã, levadas a cabo após a rendição incondicional das Forças Armadas alemãs (Wehrmacht).

O Processo médico de Nürnberg

O Processo médico de Nürnberg constituiu-se em um dos 12 sub-processos no Tribunal de Nürnberg. Foi realizado entre 9 de dezembro de 1946 e 20 de agosto de 1947, nos qual foram julgados 20 médicos e 3 profissionais administrativos.

A condenação

Herta Oberheuser, foi alvo especial para o Tribunal, sendo o processo conduzido no intuito de impactar a opinião pública do pós-guerra, propagando haver a "malignidade nacional-socialista" também na mulheres alemãs. Foi condenada por “crimes contra a humanidade” a 20 anos de prisão.

A redução da pena

O início do conflito de interesses, denominado de “Guerra Fria”, entre a União Soviética e os Estados Unidos da América pela hegemonia mundial no pós-guerra, mostrou aos EUA a necessidade de estabelecer um elemento capitalista a bloquear os interesses expansionistas soviéticos na Europa, o que foi concretizado com o restabelecimento da economia alemã sob tutela americana. No âmbito desta guinada dos interesses americanos em relação à Alemanha, reduziu-se as penas dos condenados à prisão em Nürnberg.

O recomeço

Herta Oberheuser teve inicialmente sua pena reduzida para 10 anos de detenção, para em seguida ser libertada em 4 de abril de 1952, mas diferente de outras altas autoridades alemãs, não serviu aos interesses norte-americanos no âmbito da Operation Paperclip.

Estabeleceu-se com um consultório médico em Stocksee em Nenmünster, e em 1956 foi reconhecida e acusada por uma ex-detenta do campo de Ravensbrück. Novamente foi submetido a um processo instruído pela fobia antinacionalista na República Federal da Alemanha, e sob o argumento de ter trabalhado no campo de concentração de Ravensbrück sofreu nova pena, desta vez com a retirada de sua licença para exercer a profissão, pena esta que lhe destruiu seus meios de sobrevivência.

Atualidade

No âmbito do cultivo do antinacionalismo na mídia moderna e do processo de autodestruição da identidade alemã , formadores de opinião espraiam relatos de horrores atribuídos ao nacional-socialismo. A Biografia de Herta Oberheuser é um dos alvos preferidos.