Guerra dos Trinta Anos (1914-1945)

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Convencionou-se chamar de Segunda Guerra dos Trinta Anos, ou Guerra dos Trinta Anos (1914-1945) o período que abrange os fatos históricos da Primeira Guerra Mundial, (1914-1919), do Período de Entre-Guerras (1919-1939) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Também é denominada de Guerra Civil Européia. Ambas aludem à Guerra dos Trinta Anos ocorrida na Europa há cerca de 300 anos, (1618-1648) e na qual a Alemanha ja tinha sido mormente devastada.

A Segunda Guerra dos Trinta Anos provocou, ao seu final e especialmente na Europa, expulsões e massacres sistemáticos e em grande escala de seres humanos, principalmente alemães, como por exemplo os bombardeios praticados pelos aliados, de cidades alemãs visando a eliminação dolosa e programada milhões de civis. Ou então o aprisionamento de civis em campos de concentração montados pelos aliados em território alemão, como nos Rheinwiesenlager, onde os reclusos eram abandonados ou assasinados e destinados a perecer das formas mais desumanas possíveis. A atual divulgação histórica e os meios de comunicação “politicamente corretos” negam ou camuflam estes fatos, ou os desconsideram como “teorias de conspiração”.

Winston Churchill escreveu em 27 de fevereiro de 1944 para Josef Stalin:

"Eu considero a Segunda Guerra Mundial como Guerra dos Trinta Anos contra os alemães. Ataque inciado em 1914" [1]

Em consonância com a realidade histórica, o então Primeiro-Ministro do Reino Unido John Major constatou em seu discurso de 08 de maio de 1995 em Berlin, por ocasião do cinqüentenário do fim da Segunda Guerra Mundial:

"Cinqüenta anos atrás, a Europa presenciou o fim da Guerra dos Trinta Anos, de 1914 a 1945. A carnificina nas trincheiras, a destruição das cidades e a opressão dos cidadãos: Tudo isto resultou em uma Europa em ruínas, tal qual o fez a outra Guerra dos Trinta Anos, três séculos atrás". [2]

Na tradução oficial alemã porém, publicada no Boletim do Instituto Informativo da Imprensa da República Federal da Alemanha (Bulletin des Presse-und Informationsamtes der Bundesregierung), esta frase foi alterada para constar de forma “politicamente correta” a seguinte informação:

"Cinqüenta anos atrás a Europa presenciou o fim dos trinta anos em que ocorreram não uma, mas duas Guerras Mundiais".

Período Entre-Guerras (1919-1939)

Embora denominado como “entre-guerras”, este período não foi pacífico ou “isento de guerras”. Tanto na Alemanha como no restante da Europa continuaram ocorrendo vários conflitos militares.

Quando ao final da Primeira Guerra Mundial, soldados alemães, sob a liderança de Max Hoffman iniciaram em 1918 sua retirada da Europa Central e Oriental em direção ao Ocidente, Vladimir Lenin ordenou o avanço das Forças Soviéticas ao oeste com os seguintes objetivos principais:

  • Instalação de governos soviéticos nos países então tornados independentes.
  • Apoiar revoluções comunistas na Alemanha e no Império Austro-Húngaro.

Conflitos na Europa Oriental e Central

As mudanças e os reordenamentos territoriais impostas pelo Tratado de Versalhes provocaram disputas militares em torno de divisas territoriais de diferentes nações e povos, principalmente na Europa Central e Oriental.

Winston Churchill comentou com sarcasmo: A guerra dos gigantes se findou; a discória entre os pigmeus se iniciou (The war of the giants has ended; the quarrels of the pygmies have begun).[3]

Diversos conflitos se desenvolveram:

  • Entre a Romênia e a Hungria por Siebenbürgen.
  • Entre a Jugoslávia e Itália por Rijeka.
  • Entre Polônia e Checoslováquia por Teschen (Cesky Tesin).
  • Entre Polônia e Alemanha por Posen.
  • Entre Polônia e Ucrânia pela Galicia.
  • Os ucranianos, bielo-russos, lituanos, estonianos e letões combatiam entre si e contra a Rússia.
  • A Estônia lutou de 1918 a 1920 pela sua independência.
  • Entre a Finlândia e a União Soviética, de 1918 a 1920
  • Entre a Grécia e a Turquia, de 1919 a 1923
  • Entre a Irlanda e a Inglaterra de 1919 a 1921 (luta do Exército Republicano Irlandês pela independência e libertação do domínio inglês).
  • Em 1920 houve a guerra civil na região do Ruhr, que em 1923 foi ocupada pelos franceses.
  • De 1922 a 1923 houve a guerra civil irlandesa.
  • Em 1923 ocorreu em Hamburgo um levante militar promovido pelos comunistas. Conflitos armados eram comuns e ocorriam diáriamente na Alemanha durante a República de Weimar.
  • As organizações paramilitares alemãs (Freikorps) lutavam em 1919 no Báltico com apoio esporádico da Inglaterra contra tropas russas. Em 1920, na Alta Silésia lutavam igualmente contra insurgentes poloneses, apoiados por tropas regulares. Principalmente a Polônia e a União Soviética, os dois interessados em expandir-se territorialmente, encontravam-se constantemente envolvidos em escaramuças militares.
  • Na guerra entre Polônia e Ucrânia de 1918 e 1919, as Forças Militares da Segunda República Polonesa lutavam, após a dissolução da Áustria-Hungria, contra a República Popular da Ucrânia Ocidental pela posse da Galicia Oriental.
  • A Polônia e a União Soviética guerreavam-se desde 1919, e entre 1918 e 1920 desenvolvia-se um conflito militar entre Kärnten (Áustria) e a Iugoslávia.

Os Bastidores do início da Segunda Guerra

Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, dezenas de milhares de indefesos cidadãos civis alemães foram vitimados por ações criminosas, perseguições e assassinatos praticados pelos poloneses. Com as agressões, a Polônia visava solidificar anexações territoriais. Foi apoiada em seu comportamento agressivo anti-alemão com acordos firmados com a Inglaterra e França, já na intenção de obrigar a Alemanha a reagir. A reação legítima em defesa de seus cidadãos não se fez esperar. A Alemanha iniciou a campanha da Polônia, fato provocado, premeditado e utilizado pela Inglaterra, para “justificar “ a declaração de guerra à Alemanha, desencadeando assim a Segunda Guerra Mundial.

O Contexto das duas Guerras

A Segunda Guerra Mundial só será entendida se analisada no contexto com a Primeira Guerra Mundial. O segundo conflito foi quase uma conseqüência direta do primeiro. Vistos em seus contextos globais, os dois conflitos estenderam-se de 1914 a 1945, formando a “Segunda Guerra dos Trinta Anos”.

Em 2006, Gerd Schultze-Rhonhoff demonstra em sua obra,[4] a relação e a necessidade de uma anÁlise conjunta dos dois conflitos, para possibiltar a correta interpretação da realidade histórica.

Audio

(Em alemão)

  • Gerd Schultze-Rhonhof, Der zweite Dreißigjährige Krieg, 2 Audio-CDs, falados por Eva Garg u. Matthias Ponnier, Oberhausen (Polarfilm & Medien) 2006.

Referências

(Em alemão)

Dokumentação sobre "A segunda guerra dos trinta anos" ( „Der Zweite Dreißigjährige Krieg“) em diversos formatos para carregar e assistir.

Notas de rodapé

<references>

  1. citado em: Historische Tatsachen Nr. 96 (2005), pág. 3 (PDF)
  2. Prof. Dr.phil.h.c. Emil Schlee: Wessen Krieg?
  3. citado por Norman Davies: White Eagle Red Star. Pimlico, London 2003, Pág. 21. Davies é um historiador britâncio popular na Polonia, e se dedica principalmente à História polonesa. Foi acusado por diversos autores de apresentar tendências pró-polonesas
  4. Áudio da polarfilm.de