Eduard Wirths

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Eduard Wirths

O Dr. Eduard Wirths (* 4 de Setembro, 1909; † 20 de Setembro, 1945) foi o médico SS principal do campo de concentração de Auschwitz entre Setembro de 1942 e Janeiro de 1945. Wirths era formalmente responsável pelos actos dos 20 médicos das SS (entre os quais Josef Mengele, Horst Schumman e Carl Clauberg) que trabalhavam nas secções médicas existentes no campo no decorrer desse período.

Os primeiros anos

Eduard Wirths nasceu em Geroldshausen, nos arredores de Würzburg, na Baviera, no seio duma família católica com inclinações socialistas. O seu pai efectuou serviço militar como cabo socorrista na Primeira Guerra Mundial, no decorrer se transformou numa pessoa depressiva com tendências pacifistas.

Wirths era tido em conta como sendo obediente, meticuloso e extremamente consciencioso e fiável – características que reteve na sua vida adulta. Nunca fumou ou ingeriu bebidas alcoólicas e era descrito como “mole” e atencioso nas suas relações com terceiros.

Eduard tornou-se num Nacional-Socialista convicto enquanto estudante de medicina na Universidade de Würzburg (de 1930 a 1935). Filiou-se no NSDAP e nas SA em Junho de 1933 e requereu o seu ingresso nas SS em 1934. Foi para as Waffen-SS em 1939 e combateu na Noruega e na temida Frente russa, foi classificado como fisicamente incapaz para combater na Primavera de 1942, após sofrer um ataque cardíaco.

Wirths optou por se submeter a um treino especial para chefes de departamento no campo de concentração de Dachau e trabalhou como médico chefe das SS no campo de concentração de Neuengamme durante Julho de 1942.

Os anos em Auschwitz

O Dr. Wirths foi promovido a capitão das SS (Hauptsturmführer) e nomeado médico chefe de Auschwitz em Setembro de 1942. Foi nomeado devido à sua reputação como médico competente e Nacional-Socialista convicto, certos de que seria capaz de travar as epidemias de tifo que vinham a afectar o pessoal das SS e os presos de Auschwitz, tarefa na qual obteve sucesso.

Em Auschwitz era reputado pelo modo protector com que tratava os prisioneiros que eram médicos na vida civil bem como os prisioneiros que efectuavam trabalhos nas secções de medicina, melhorou também as condições dos blocos médicos e é recordado muito favoravelmente pela esmagadora maioria dos prisioneiros que mantiveram contacto com ele no campo.

Foi Wirths que recomendou uma promoção para o Dr. Josef Mengele em Agosto de 1944, e realçou o carácter “Sincero, honesto, firme e extremamente fiável” do mesmo bem como os seus talentos intelectuais e físicos, “A discrição perseverança e energia que tem demonstrado em todas as tarefas que lhe são atribuídas”, a sua “valiosa contribuição para a ciência da antropologia” e a sua “absoluta firmeza ideológica” bem como a sua “conduta irrepreensível como oficial das SS” e qualidades pessoais como “o seu discurso vivido, livre, liberto e persuasivo” que o tornaram “particularmente querido pelos seus camaradas.”

Muitos prisioneiros depois da libertação insistiram em descrever o médico como sendo “gentil” e “decente”. Eduard foi promovido a major das SS (Sturmbannführer) em Setembro de 1944.

Sob custódia inglesa, Wirths cometeu suicídio, enforcando-se depois de não conseguir lidar com as acusações (falsas) de que seria responsável pela morte de quatro milhões de pessoas.

Além de um Nacional-Socialista convicto Eduard era também um humanista convicto, o seu compromisso para com essas duas causas equiparava-se.