Campos de concentração poloneses

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Campos de concentração poloneses são campos de concentração erigidos pelo Estado da Polónia, e se localizavam na sua maioria em regiões conquistadas e ocupadas pelos poloneses, tal como os campos montados após 1945 em territórios do Terceiro Reich, a leste dos rios Oder e Neiße.

Os primeiros campos de concentração na Europa foram erigidos pelos poloneses após a constituição do Estado polones, em territórios alemães em Posen, e destinavam-se ao aprisionamento de alemães. Tal fato atualmente costuma ser ocultado.

História

Após a Primeira Guerra Mundial foi utilizado pela Polónia o Campo de concentração Szczypiorno localizado em território que até 1918 pertencia à Alemanha. Foram aprisionados neste campo os alemães que não haviam abandonado as suas moradias, permanecendo na região após a Primeira Guerra Mundial.

Em Szczypiorno houve em torno de 1500 civis presos, com idades entre 13 e 70 anos.

Após 1926 foram erigidos os campos de Bereza-Kartuska e Brest-Litowsk que não se destinavam apenas ao aprisionamento de alemães, mas também de ucranianos e outras minorias ou oposicionistas na Polónia. Cifras sobre a quantidade de presos e de assassinados não foram oficializadas.

Entre janeiro e setembro de 1939 foram construídos vários campos para internamento de alemães. Neste período houve um incremento nos aprisionamentos em massa e ações violentas (Pogron) contra a população alemã, que levou à fuga de dezenas de milhares de civis. Houve raptos e sequestros em massa em mais de 1100 povoados nas regiões de Posen e Pommerellen.

Após a Segunda Guerra Mundial intensificou-se a expulsão da população civil dos territórios alemães anexados pela Polónia. Ao mesmo tempo foram construídos milhares de campos de concentração para aprisionamento dos alemães. O índice de mortandade nos campos situava-se na média de 20 a 50 por cento dos presos, como pôde ser documentado em Tost (Toszek), Lamsdorf, Potulice e Schwientochlowitz. Há de se observar que entre os citados, o campo de Tost encontrava-se sob comando da NKVD soviética. Como regra ocorriam em todos campos diversos delitos, como maus tratos, torturas e assassinatos programados. Especialmente conhecidos pelos delitos, tornaram-se os comandantes Lola Potok, Czeslaw Geborski e Salomon Morel. Salomon Morel retirou-se para Israel, e os pedidos de extradição encaminhados pela Polónia foram negados, uma vez que Israel não extradita cidadãos israelenses, mesmo que estes tenham cometidos crimes contra a humanidade.

As vítimas

Aproximadamente 60.000 a 80.000 pessoas faleceram após o fim da Segunda Guerra Mundial em campos de concentração poloneses. Tratava-se de ucranianos, poloneses oposicionistas e principalmente de civis alemães que não conseguiram fugir após 1945. O motivo para o aprisionamento era a nacionalidade alemã das vítimas. Não se levava em conta qualquer motivo individual. Povoados inteiros, do lactante ao idoso, eram encarcerados e assassinados ou premeditadamente expostos à morte por inanição.

Os campos

Além dos campos erigidos com o fim específico, adaptava-se locais com finalidade diversa, para o encarceramento das vítimas. Prisões comuns e quaisquer construção aproveitável era utilizada, inclusive igrejas [notas 1] Havia campos de concentração, entre outras, nas seguintes localidades:

  • Gronowo
  • Grottkau
  • Güstrow
  • Hohensalza
  • Jaworzno
  • Kaltwasser
  • Kruschwitz
  • Kulm
  • Lamsdorf
  • Landsberg/Warthe
  • Langenau
  • Leobschütz
  • Lissa
  • Petrikau
  • Potulice
  • Schwetz
  • Zgoda

Seleção de campos poloneses

Após 1918

  • Szczypiorno, na região de Posen, construído em 1918
  • Campo de Stralkowo, na região de Posen, construído em 1919

Após a invasão polonesa na União Soviética em 1920

  • Campo de Bereza Kartuska, na Galícia, construído em 1926
  • Campo de Bres Litowsk, construído em 1926

Mantidos após 1939 até a libertação pelo exercito alemão

  • Campo de Chodzen
  • Campo de Potulice
  • Campo de Laband ( Labedzka)
  • Campo de Myslowitz
  • Campo de Bereza Kartuska
  • Campo de Zgoda em Schwientochlowitz

Após 1945

  • Campo de Potulice, em Bromberg, Prússia ocidental. Foi desativado em 1949/50.
  • Campo de Lamsdorf , em Falkenbergin, Silesia Alta. Neste campo foram assassinados, nos anos de 1945/46, em torno de 6000 alemães.
  • Campo de Tost, em Gleiwitz, Silésia Alta.
  • Campo de Myslowitz, Silésia Alta.
  • Campo de Granowo, em Lissa.
  • Campó de Sikawa, em Lodz.
  • Campo de Jaworzno, em Tschenstochau
  • Campo de Quellengrund, Silésia Alta
  • Campo de Kreuzburg, Silésia Alta.
  • Campo de Zgoda em Schwientochlowitz

Os Judeus e os campos de concentração poloneses

Marceli Reich, que posteriormente passou a se chamar Marcel Reich-Ranicki atuou como capitão no serviço secreto polonês, o UB. Como encarregado do setor operacional de Kattowitz respondia pela instalação de presídios e campos destinados a alemães. Dezenas de milhares civis pereceram nestes campos, 99,2 por cento dos quais mulheres, crianças e idosos.

Outros colaboradores do serviço secreto polonês em Kattowitz foram:

  • Adam “Krawecki”
  • Barek Eisenstein
  • Hauptmann Stilberg
  • Hela Wilder
  • Heniek Kowalski
  • Hermann Klausner
  • Jacobowitz
  • Josef Kluger
  • Laudon
  • Leo Zolkewicz
  • Leon Kaliski
  • Leutnant Malkowski
  • Major Frydman
  • Mordechai Kac
  • Mosche Kalmewicki
  • Mosche Szajnwald
  • Nahum “Salowicz”
  • Schmuel Kleinhaut
  • Vogel
  • Yurik Cholomsky

Barek Eisenstein estimou que 90 por cento dos judeus colaboradores do serviço secreto polones adotaram nomes poloneses.

Josef Musial, ministro da justiça substituto polonês em 1990 afirmou: "não gosto de me manifestar sobre isto" ..., mas na Polônia a maioria dos oficiais do serviços secreto teria sido judeus. Entre os comandantes judeus dos campos de concentração na Silésia, encontravam-se:

  • Major Frydman , no campo Beuthen
  • Jacobowitz, em um campo não identificado
  • Schmuel Kleinhaut, em Myslowitz
  • Efraim Lewin, em Neisse
  • Schlomo Morel , em Schwientochlowitz, Oppeln e Kattowitz
  • Lola Potok Ackerfeld, em Gleiwitz

Czeslaw Geborski, o comandante do campo de Lamsdorf, provavelmente era católico, e assim o único comandante não-judeu[notas 2][notas 3]


Memorial pelas vítimas alemãs

Citação da Deutschlandradio Kultur :[notas 4]

"Contra este monumento houve muita resistência. Na cidade Aleksandrow Kujawski, a oeste da Polónia uma cruz metálica de 5 metros de altura traz à memória as vitimas alemãs da opressão polonesa após a invasão do exercito vermelho em 1945. Ele teria imposto o memorial contra todas reservas de políticos poloneses, disse o prefeito Andrzej Ciesla – Em janeiro de 1945 foram aprisionados em torno de 1000 alemães na cidade. Conforme informações de Ciesla em torno de 70 deles foram assassinados"

("Gegen dieses Denkmal gab es viel Widerstand. In der westpolnischen Stadt Aleksandrow Kujawski erinnert ein fünf Meter hohes Metallkreuz an die deutschen Opfer polnischer Unterdrückung nach dem Einmarsch der Roten Armee 1945. Er habe das Mahnmal gegen alle Bedenken von polnischen Politikern durchgesetzt, sagte Bürgermeister Andrzej Ciesla. - In der Stadt waren im Januar 1945 rund 1000 Deutsche inhaftiert worden. Nach Angaben von Ciesla wurden rund 70 von ihnen ermordet")

Citação

"Os Checos sofreram mil vezes menos e os poloneses cem vezes menos em comparação ao sofrimento que eles causaram nas duas ultimas gerações aos alemães". (Professor David L. Hoggan, historiador norte-americano).

Ver também

Literatura

(em alemão)

  • Heinz Esser: Die Hölle von Lamsdorf, Dokumentation über ein polnisches Vernichtungslager, Editora: Laumann Druck GmbH + Co., ISBN-13: 978-3899600001
  • Sepp Jendryschik - Zgoda. Eine Station auf dem schlesischen Leidensweg, Verlag für ganzheitliche Forschung, ISBN 3-927933-67-8
  • Witold Stankowski: Lager für Deutsche in Polen, am Beispiel Pommerellen/ Westpreußen (1945 - 1950)
  • Zivilverschollenenliste des Suchdienstes des Deutschen Roten Kreuzes, Band III, 1962/1963 Deutsches Bundesarchiv, Koblenz: Dokumentation der Vertreibungsverbrechen;
  • Bundesministerium für Vertriebene: Dokumentation der Vertreibung der Deutschen aus Ost-Mitteleuropa, Bonn 1953-1962; Zentralstelle des Kirchlichen Suchdienstes: Gesamterhebung zur Klärung des Schicksals der deutschen Bevölkerung in den Vertreibungsgebieten, München 1965
  • Eugen Georg Schwarz Vertreibungsverbrechen in: Franz W. Seidler/ Alfred M. de Zayas (Hrsg.), Kriegsverbrechen in Europa und im Nahen Osten im 20. Jahrhundert, Mittler Verlag, Hamburg Berlin Bonn, 2002, ISBN 3813207021
  • Brigitte Kasper: „Tage der Vergangenheit. Eine Mutter mit ihren sechs Kindern in polnischen Konzentrationslagern 1945-1949“, Scribeo-Verlag, Kassel 2010
  • Helga Hirsch - Die Rache der „Opfer“. Deutsche in polnischen KZs 1944 - 1950, Rowohlt rororo, 1998
  • Wolfgang Benz / Barbara Distel (Hrsg.): Der Ort des Terrors. München 2007, ISBN 3-406-52965-8, S. 215
  • Thomas Urban Der Verlust. Die Vertreibung der Deutschen und Polen im 20. Jahrhundert, Verlag C. H. Beck, München 2004, ISBN 3406541569

Referências

Notas de Rodapé

  1. Verbrecher-Album der Sieger, pág 53
  2. deutscherosten.de – Heinz Esser: Die Hölle von Lamsdorf, Dokumentation über ein polnisches Vernichtungslager – Dülmen, 2000, 13. edição, pág. 13 - 29
  3. dullophob.com: MRR, Eichmann von Kattowitz
  4. Deutschlandradio Kultur - Denkmal für deutsche Opfer enthüllt 25.8.2008