Burguesia

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Burguesia é um termo utilizado principalmente na economia política, e também extensivamente em sociologia e história. A palavra de origem francesa descrevia originalmente aos habitantes urbanos (caracteristicamente comerciantes e artesãos na Idade Média tardia).

A burguesia é uma classe social como entende a economia política. Quer dizer, um grupo social que pode identificar-se por seu papel em um modo de produção, caracterizado por uma posição nas estruturas de produção e por estabelecer relações de produção específicas com outras classes. No caso da burguesia se caracteriza por possuir meios de produção e, graças a esta, estabelecer uma relação de exploração com o proletariado, que ao não possuir estes meios deve vender sua força de trabalho a burguesia. A relação de exploração entre burguesia e proletariado permite a acumulação de capital por parte da burguesia que caracteriza o capitalismo.

Origem do termo

O termo burguesia se começou a utilizar no renascimento na Europa para nomear o conjunto de comerciantes que acumulavam riquezas provenientes de seus negócios. Se tratava de pessoas que não gozavam de privilégios nobiliários mas tampouco se encontravam atados a servidão, desenvolvendo um ofício ou vivendo do intercâmbio mercantil e prestamismo. Todavia no século XVIII se encontravam múltiplos traços deste significado.

Com o desenvolvimento das redes de intercâmbio e as técnicas produtivas o poder econômico destes comerciantes foi crescendo, enquanto o da aristocracia feudal decaía frente as monarquias centralizadas. Neste contexto e em aliança com a aristocracia real a burguesia foi obtendo um poder político cada vez maior, que lhe permitiu ir destruindo os privilégios nobiliários e estabelecer um modo produtivo afim as suas necessidades; expansão das redes de intercâmbio, liberação da servidão para contar com maior mão de obra, etc. Embora se trata de um processo paulatino de transformação social, neste mesmo são notórias as revoluções inglesas do século XVII e a francesa (1789-1799), assim como outras revoluções europeias.

História da burguesia

A burguesia é uma classe social caracterizada porque quem pertence a ela não prática um trabalho manual e mantem um status econômico acomodado. É a classe dominante da sociedade capitalista, proprietária dos meios de produção.

A burguesia apareceu no século XI ao agrupar-se os artesãos nas cidades, que eram domínios dos senhores feudais, o grupo social integrado por comerciantes e artesãos livres. Ao permanecer separados da nobreza e da população rural precisaram conseguir um estatuto jurídico próprio que lhes facilitara os intercâmbios comerciais e o acesso a configuração do novo regime municipal nas vilas e cidades onde habitavam.

Assim, o burgo medieval estabeleceu bases jurídicas para um desenvolvimento amplo do comércio e da atividade sindical, e bases administrativas para conquistar o regime municipal que a partir do século XII esteve dominado pelo denominado patriciado urbano, verdadeira oligarquia monopolizadora do governo dos burgos. O patriciado e a burguesia excluída do poder municipal se enfrentam pela conquista do poder, protagonizando a burguesia revoltas por estratos mais baixos da sociedade, como a Ciompi em Florença e a dos bairros populares de Paris e Londres. O resultado destes conflitos sociais foi a ampliação dos conselhos municipais.

Capitalismo

Desde a chegada do Renascimento, o comércio colonial, de uma parte, e a Reforma, de outra, favoreceram o desenvolvimento da burguesia comerciante e a chegada do capitalismo. Até finais do século XVIII a burguesia se encontrou travada pela rigidez da sociedade estratificada, a política nacional absolutista e as limitações de acesso ao poder.

Com a Revolução Francesa (1789) a sociedad estratificada é substituída pela sociedade de classes, na que jurídicamente todos os cidadãos são iguais. A burguesia, então, assume um papel dirigente quando ocupa o poder político, implanta pouco a pouco a democracia parlamentar (Revolução inglesa em 1688, com a contribuição teórica do filósofo político John Locke) e inicia com êxito as revoluções agrária, industrial e comercial. A mudança para as posições-chave da sociedade burguesa de classes não se baseia em privilégios de carácter nobiliário, mas na propriedade dos meios produtivos, e o acesso a qualificação da força de trabalho.

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