Albrecht von Wallenstein

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Wallenstein. Grisalha de A.van Dyck como modelo para a água-forte de Pieter de Jode, o Jovem

Albrecht von Wallenstein, na verdade Albrecht Wenzel Eusebius von Waldstein (* 24 de setembro de 1583 em Hermanitz an der Elbe, Boêmia; † 25 de fevereiro de 1634, assassinado, em Eger, ibidem) foi Duque de Friedland, Príncipe de Sagan, de 1628 a 1631 Duque de Mecklenburg e entre 1625 e 1634 foi por duas vezes comandante supremo das forças armadas imperiais na Guerra dos Trinta Anos.

Vida

Wallenstein, cujo pai pertencia à linhagem Arnau da antiga nobreza boêmia dos Wald(en)stein, tornou-se órfão aos 13 anos e cresceu sob influência protestante. Após breve estudo em Altdorf, em 1599, empreendeu até 1602 viagens que lhe causaram impressões decisivas, principalmente na Itália. Desde 1604 a serviço dos Habsburgos (lutou na Hungria e em 1617 em Veneza) assegurou sua ascensão com sua conversão ao catolicismo em 1606. Em 1609 casou-se com a viuva Lucretia von Vickov († 1614), da qual herdou grandes propriedades na Morávia. Em 1618 Wallenstein tomou partido imediato do Imperador, obtendo a sua mercê com a formação de tropas com seus próprios recursos. Após a derrocada dos protestantes, adquiriu em 1622, como "Gubernator" do Reino da Boêmia 58 propriedades dos insurrectos expulsos, usando riquezas provenientes da deterioração da moeda. O Imperador Ferdinando II elevou-as em 1624 à condição de Principado de Friedland.

Prospectivo, Wallenstein criou em suas propriedades a base de suprimentos para seus futuros exércitos. Desde 1623 ele estava estreitamente vinculado com a política imperial, devido a seu casamento com Isabella Katharina von Harrach. Foi nomeado Generaloberst-Feldhauptmann de um exército de 40 000 homens que criara com a ajuda do financista Hanns de Witte e seu novo sistema de crédito. Um rigoroso esquema de contribuições assegurava soldos e mantença do exército. Em 25 de abril de 1626 derrotou Ernst II von Mansfeld em Dessau e em 1627 expulsou Cristiano IV da Dinamarca do continente. Em 1629 o Imperador concedeu-lhe o Ducado de Mecklenburg cujos príncipes tinham sido banidos, e o Principado de Sagan, para saldar as dívidas imperiais. Nomeou-o também General des ozeanischen und Baltischen Meeres (General dos Mares Oceânico e Báltico). Entretanto, o Imperador rejeitou os planos transcendentes de Wallenstein para a constituição da monarquia absoluta no Reich, com a manutenção da tolerância religiosa e expulsão de todas as potências estrangeiras. Estes planos indispuzeram-no com a Espanha aliada, com os jesuitas e com Maximiliano da Baviera, que afinal forçaram sua destituição no Reichstag (Assembléia nacional do Império) em Regensburg.

Devido aos sucessos de Gustavo Adolfo sobre o General Tilly ( Johann Tserclaes, Conde de Tilly) nas batalhas de Breitenfeld (1632) e às margens do Lech, onde Tilly foi morto, seu avanço sobre Munique, o Imperador foi forçado a chamar novamente Wallenstein. Profundamente ressentido e convicto da necessidade urgente de paz, negociara desde 1630 com Gustavo Adolfo II. mas aceitou, sem desistir de suas idéias de vingança, em 1631 o comando ilimitado das tropas imperiais que teria que recrutar. Em 1632 manobrou através de sua Stellungstaktik (tática de posições) Gustavo Adolfo II para fora do sul da Alemanha e derrotou-o na Batalha de Lützen em 16 de novembro do mesmo ano. Nesta batalha Gustavo Adolfo II foi morto. Com estratagema de guerra hesitante e outras negociações com a Suécia, acalentando o plano de relegar o Imperador para a Itália, sua ambição à coroa da Boêmia, mas principalmente as negociações com Brandenburgo e Saxônia para a formação de um terceiro partido na guerra, despertaram afinal suspeitas na corte em Viena. A recusa de Wallenstein de defender em 1633 a Baviera e a divisa do Danúbio em Regensburg, de negar ajuda à Espanha (Wallenstein temia com razão que a França entrasse na guerra) finalmente levaram à sua destituição, sigilosa de início. Em seu lugar foram chamados Ottavio Piccolomini, Mathias von Gallas e Johann von Aldringen.

Morte

Quando Wallenstein pretendeu então unir-se finalmente aos suecos e franceses encontrou desconfiança. Isolado, tentou assegurar-se de seu exército, através da Pilsener Reverse, o comprometimento pessoal de seus comandantes. Entretanto, uma patente imperial de 22 de fevereiro de 1634 acusava-o de alta-traição e ordenava sua captura, vivo ou morto. Em consequência, o exército desertou. Com poucos homens de confiança Wallenstein tentou fugir esperando encontrar os suecos sob o Conde Bernhard von Weimar. Após sua chegada a Eger, alguns oficiais irlandeses e escoceses de seu exército decidiram assassiná-lo. Com a ajuda de um regimento de dragões sob o comando de um oficial irlandês, Butler e os oficiais escoceses Walter Leslie e John Gordon assassinaram os oficiais de confiança de Wallenstein, Adam Terzka, Vilém Kinsky e Christian Ilov. Poucas horas depois, o capitão irlandês Walter Devereux, junto com alguns homens, invadiu a casa do burgomestre onde Wallenstein estava hospedado, arrombou a porta do quarto e trespassou com a alabarda o desarmado.

Literatura

  • Leopold von Ranke: Geschichte Wallensteins (1870)

Fonte

Der Grosse Brockhaus. F.A.Brockhaus (Wiesbaden, 1957)