Drieu La Rochelle

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Pierre Drieu La Rochelle (* 3 Janeiro 1893 em Paris; † em 15 Março 1945) foi um polémico escritor francês. Romancista, ensaísta e jornalista, marcou sem dúvida a Cultura francesa da primeira metade do século XX.

Vida

Nascido numa família normanda, pequeno-burguesa e nacionalista de Paris, com apenas catorze anos, em 1907, lê avidamente “Assim falou Zaratustra” de Nietzsche, influência maior que o acompanhará até ao crepúsculo. Quando se desencadeia a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Drieu parte para a frente de combate, onde serve na infantaria e é ferido três vezes; essa experiência irá marcá-lo para sempre, (tal como a outros notáveis da sua geração, como Ernst Jünger ou Céline), determinando a sua obra posterior. Terminada a guerra torna-se amigo de Aldous Huxley, autor da profética novela “Admirável Mundo Novo”. A partir de 1917 publica numerosos ensaios e colabora com diversos jornais e publicações. As suas reflexões decadentistas e as suas descrições pessimistas do mundo literário e político fazem dele o melhor memorialista do seu tempo. Assume-se como «socialista europeu», espelhando desse modo a sua crença indefectível numa Europa unida. A concepção de Europa de Drieu é idealista devido à influência das suas leituras de autores românticos alemães, mas era de igual forma produto da constatação que a Europa arriscava ser obliterada pela fraqueza das pátrias que a rasgavam, como gostava de dizer, para ser engolida ora pelo imperialismo soviético, ora pelo imperialismo norte-americano. Como tal, era imperioso que a Europa se unisse, e La Rochelle viu no nacional-socialismo a possibilidade de realizar esse objectivo. Essa colaboração irá marcar decisivamente o seu destino. Após a Segunda Guerra Mundial, perseguido e vivendo na clandestinidade, suicida-se a 15 de Março de 1945, com a idade de 52 anos, depois de ter finalizado o seu “Récit secret”, onde aponta: «Agi em plena consciência, durante a minha vida, de acordo com a ideia que tenho dos deveres de um intelectual».