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Rudolf Berthold
Rudolf Berthold (* 24 de março de 1891 em Ditterswind, Alemanha; † 15 de março de 1920 em Harburg an der Elbe) foi um aviador, piloto de caça na Primeira Guerra Mundial e líder de um Freikorps. Após a capitulação de seu Freikorps no decorrer do levante conservador, denominado Kapp-Aufstand (Wolfgang Kapp), Rudolf Berthold foi traiçoeiramente assassinado.
Índice
Primeira Guerra Mundial
Rudolf Berthold, já tenente-aviador, participou do inicio da Primeira Guerra Mundial na Fliegerabteilung 23 e destacou-se na batalha do Marne. Recebeu o Eisernes Kreuz I Klasse (Cruz de Ferro I Classe). Antes de sua primeira vitória em combate aéreo, foi abatido pelo inimigo durante um vôo de observação, mas não sofreu ferimentos. Em 02 de abril de 1916, foi pela primeira vez mencionado honrosamente num comunicado do exército. Até maio de 1916 obteve 5 vitórias quando sofreu seu primeiro revés, e seu avião atingido pelo inimigo foi ao solo. O piloto sobreviveu à queda, porém teve múltiplos ferimentos, fratura do crânio, comoção cerebral, fratura da pelvis, do nariz e do fêmur.
Não obstante a gravidade dos ferimentos opôs-se a longo internamento, com uma declaração:
" Mesmo que só consiga entrar carregado em meu avião - eu quero voltar a voar "
A partir de então as laterais de seu avião ostentavam o desenho de uma espada branca flamejante. Até 09 de outubro de 1916, ele obteve o total de 8 vitórias, pelo que recebeu o Orden pour le Mérite. No ano seguinte este total subiu a 28 vitórias, quando foi sériamente ferido no braço direito, no qual a partir de então perdeu os movimentos. Inutilizado o braço direito, Rudolf Berthold, que foi destro, aprendeu a escrever com a mão esquerda e afirmou:
" Se aprendi a escrever com a esquerda, com ela também saberei manejar o manche do meu avião "
Como sequela do ferimento, além da paralisia, o braço apresentava dores permanentes. Mesmo assim Rudolf Berthold combatia e vencia. Obteve sua 44. vitória num ferrenho combate, no qual aniquilou seu oponente. Mas também seu avião, sériamente atingido, despencou rumo ao solo de uma altura de 4.500 metros, caindo sobre uma casa abandonada. Novamente com múltiplos ferimentos e fraturas, inclusive no braço direito, Rudolf Berthold foi resgatado vivo dos escombros. Quando se sentiu razoavelmente recuperado, quis voltar aos combates... porém a guerra contra a Alemanha tinha chegado ao fim.
O Pós-Guerra
No pós-guerra as turbulências sociais na Alemanha deram espaço a ativistas de esquerda a tentarem tomar o poder numa sociedade fragilizada e ferida. Na defesa dos valores tradicionais, organizaram-se contra-ofensivas nacionalistas. Rudolf Berthold empenhou-se em formar Freischaren (grupos de combatentes), e com a denominada Eiserne Schar (algo como "falange de ferro") formada por 1.200 homens, se lançou a lutas no Báltico. Na volta à Pátria foi atacado e rendido após renhida luta no seu acampamento na Harburger Schule por integrantes do Spartakus-Aufstand, o levante promvido pela esquerda bolchevista. Rudolf Berthold foi barbaramente assassinado pela turba. Seu corpo jazia mutilado e coberto de sangue na sarjeta. Sua cabeça, seus membros foram decepados e a plebe dançava em torno do cadáver profanado.
O dia tornou-se conhecido como "O domingo sanguinário de Harburg".
Em sua lápide foram inscritas as palavras: " Honrado pelo inimigo - massacrado por seus irmãos pátrios ". A placa de bronze com a inscrição foi subtraída após 1945, restando hoje apenas a sua base de pedra.
Ernst von Salomon, integrante do grupo de Rudolf Berhold, e que presenciou o crime, relatou os acontecimentos em seu livro Die Geächteten (Os proscritos).
Referências
Literatura
- Ludwig F. Gengler : „Kampfflieger Rudolf Berthold, Sieger in 44 Luftschlachten, Erschlagen im Bruderkampfe für Deutschlands Freiheit, Biografie seines Lebens 1914-1918“
- Alfred Becker : „Fliegerhauptmann Rudolf Berthold“ (Mager-Verlag 1934)
Internet
Veja também
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