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Roy Campbell
Roy Campbell (* 02 de outubro de 1901 em Durban, África do Sul; † 23 de abril de 1957 em Setúbal, Portugal) foi um poeta sul-africano. Deve a sua reputação sulfurosa à sua atracção pelo fascismo e pela sua vontade deliberada de chocar as críticas literárias mais influentes.
Índice
Primeiros anos de vida
Filho de um médico de Durban, passou a sua juventude entre o amor à literatura e a vida selvagem. Cavaleiro e pescador exímio, aprendeu também língua Zulu. Deixou a sua terra natal em 1918 a fim de tentar entrar na universidade de Oxford. Apesar de este malogro, a sua vida intelectual começou nesta altura. Escreveu primeiro poemas que imitam T.S. Eliot e Paul Verlaine. Começou também a beber sem moderação, coisa que fará durante toda a sua vida. Em 1924, publica o seu primeiro livro "The Flaming Terrapin", tendo apenas 23 anos de idade. Na mesma ano casou com Mary Margaret Garman, oriunda dos meios literários de vanguarda com quem compartilhará a sua vida as suas excentricidades e a sua fé e com quem ele terá duas crianças.
A família Campbell fez uma curta estada na África do Sul de 1925 para 1927, durante o qual lançou uma revista literária "Voorslag". De regresso a Londres, Campbell foi muito bem acolhido pelo meio literário mas depressa embrenhou-se numa guerra de críticas. Atacou o "Bloomsbury group", um grupo literário, com modos muito ligeiros, snob e anti-cristão. Em tom jocoso faz uma sátira pública intitulada "The Georgiad". O casal muda-se então para o Sul de França. É durante este período na França que ter-se-iam convertido ao catolicismo. Encontram-se indícios disso na obra de 1936 intitulada "Mithraic Emblems".
Fascismo, Guerra Civil Espanhola, Segunda Guerra Mundial
Em 1935, Campbell e a sua família partiram para a Espanha e instalaram-se na região de Valência. Campbell, condenando frontalmente o comunismo, afirmou-se abertamente fascista. Quando a Guerra Civil Espanhola estoirou, alistou-se no exército nacionalista enquanto que a maior parte dos intelectuais escolheu o campo republicano. Campbell foi recebido rapidamente por Franco. No ano de 1936 escreve "Flowering Rifle: A Poem from the Battlefield of Spain". A poesia de Campbell é uma apologia da força viril do exército. A sua carreira sofreu imenso com esta escolha política, mas Roy Campbell declarou incessantemente não lamentar ter privilegiado as suas ideias antes da sua carreira. A sua autobiografia "Broken Record" foi atacada pela crítica como sendo uma ode fascista cheia de fanfarronices. No entanto, fora de qualquer opinião política, numerosos autores admiravam o estilo de Campbell.
Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, Campbell alistou-se no exército inglês, embora excedesse a idade limite de recrutamento. Foi integrado com o posto de sargento, tendo participado de combates. A sua reputação permaneceu sulfurosa apesar de tudo. Ferido em 1944, trabalhou seguidamente para a BBC. Campbell conservou uma reputação de extremista e de excêntrico. Foi visto a comer um ramo de flores com o poeta galês Dylan Thomas, em honra do Santo Patrono do País de Gales, S. David. Um dia pôs em K.O. o poeta socialista Stephen Spender, quando este último estava em cena declamando o seu trabalho. Também terá agredido o escultor judeu Jacob Epstein, que tê-lo-ia criticado pelos seus compromisso políticos.
A vida no pós-guerra
Campbell tinha igualmente numerosos amigos, em especial entre os escritores católicos. Entre eles, J.R.R. Tolkien escreverá que admirava o trabalho do Sul-africano. Em 1952, Campbell e a sua esposa partiram para Portugal, para aí viverem. É a governação de Salazar que motivará o poeta, e tanto foi que para o fim da sua vida é sobretudo como poeta católico que Campbell se definia. Ele escreveu uma segunda autobiografia: "Light on a Dark Horse". Entregou-se aos seus mais bonitos versos, nomeadamente com uma tradução dos poemas de S. João da Cruz. Trabalhou também na tradução de poemas escritos em espanhol e francês. Entre eles Baudelaire, mas também e paradoxalmente Federico Garcia Lorca: poeta homossexual de esquerda admiravelmente traduzido pelo macho conservador.
Numa segunda-feira de Páscoa de 1957, Roy Campbell morreu num acidente de automóvel perto de Setúbal. Foi considerado por T.S. Eliot, Dylan Thomas e J.R.R. Tolkien como um dos melhores poetas do século XX.
Trabalhos de Roy Campbell
- The Flaming Terrapin. (1924).
- Voorslag. (1926-1927). Revista mensal publicada por Roy Campbell.
- The Wayzgoose: A South African Satire. (1928).
- Adamastor. (1930).
- Poems. (1930).
- The Gum Trees. (1931).
- The Georgiad - A Satirical Fantasy in Verse. (1931).
- Taurine Provence. (1932).
- Pomegranates. (1932).
- Burns. (1932).
- Flowering Reeds. (1933).
- Broken Record. (1934).
- Mithraic Emblems. (1936).
- Flowering Rifle: A Poem from the Battlefield of Spain. (1936).
- Songs of the mistral. (1938).
- Talking Bronco. (1939).
- Poems of Baudelaire: A Translation of Les Fleurs du Mal. (1946).
- Light on a Dark Horse: An Autobiography. (1952).
- Lorca. (1952).
- The Mamba's Precipice. (1953) (Conto infantil).
- Nativity. (1954).
- Portugal. (1957).
- Wyndham Lewis. (1985).