Ronald Levinsohn

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Ronald Levinsohn

Ronald Guimarães Levinsohn nasceu em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 1939, filho de pai inglês e mãe argentina e neto de um executivo da Swift. Aos 17 anos foi morar em Nova Iorque.

Em 1975 foi sócio de Rodman Rockefeller (filho de Nelson Rockefeller) no empreendimento Cidade Vista Verde, na cidade de São José dos Campos, projetado para ser um bairro de classe alta, sem muros e com elevado grau de arborização. Hoje é um bairro próximo à refinaria da Petrobras de São José dos Campos. Ronald Levinsohn comprou o imóvel onde hoje estão localizados o condomínio Jardim Colinas, o Colinas Shopping e o Jardim do Golfe, um loteamento destinado à mais alta classe. Segundo o livro "Seja feita a vossa vontade. A conquista da Amazônia: Nelson Rockefeller e o Evangelismo na Idade do Petróleo", dos jornalistas Gerard Colby e Charlotte Dennett, publicado em 1998 pela Editora Record, Nelson Rockefeller foi sócio de centenas de empresas no Brasil e dono da maior fazenda de gado.

Foi dono do Grupo Delfin e de um dos mais rumorosos escândalos financeiros dos anos 1980. O Grupo Delfin era dono da maior caderneta de poupança do país, com 3,5 milhões de depositantes. No ramo imobiliário era a sétima empresa do mundo. Ronald Levinsohn pagou em dezembro de 1982 ao Banco Nacional da Habitação (BNH) uma dívida de Cr$ 60,8 bilhões com terrenos que valiam Cr$ 9,6 bilhões. Ex-controlador do que foi a terceira maior universidade privada do Rio de Janeiro, o Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade), que contava com 35 mil alunos.

Ronald Levinsohn administrou o patrimônio do jornalista Paulo Francis, que morreu em 1997, que incluía dois apartamentos em Manhattan. Paulo Francis prometeu doar quase cinco mil livros ao Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade), guardados em um apartamento em Nova Iorque.

Ronald Levinsohn é administrador da Colina Paulista, uma holding que tem negócios nas áreas da construção civil e da agricultura. É proprietário de várias fazendas na região de Barreiras, no oeste da Bahia, cuja área equivale a catorze vezes a cidade de Salvador, sendo considerado o maior plantador de soja do oeste baiano. Segundo Alberto Dines, Ronald Levinsohn, dono do antigo conglomerado financeiro Delfin, foi o responsável pelo grande escândalo financeiro que a ditadura militar não conseguiu encobrir. O caso Delfin foi classificado pelo Banco Central do Brasil como estelionato e Ronald Levinsohn realizou o sonho da casa própria de importantes jornalistas e opinionistas em troca de uma cortina de silêncio que perdura até hoje.

Ronald Levinsohn é pai das socialites Claudia Vieira Levinsohn e Priscilla Vieira Levinsohn.

Grupo Delfin

Revista Veja, Maio de 1973

Ronald Levinsohn começou seu negócio com uma informação privilegiada que antecipava uma mudança. Em 1964 Mário Henrique Simonsen disse ao Ronald Levinsohn que a ditadura militar iria mudar a lei que dava estabilidade aos empregos do setor privado. Em vez de empregos estáveis, os trabalhadores teriam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Seriam alocados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) 8% dos recursos das folhas de pagamento do Brasil, que seriam usados para financiar habitações de classe média. Era uma montanha de dinheiro e Ronald Levinsohn vislumbrou um grande negócio, comprando cinco sociedades de crédito imobiliário. Nos anos 1970, quando surgiram as cadernetas de poupança, também com a finalidade de atrair recursos para a habitação, ele comprou a Delfim.

No final de 1982 veio à tona uma reportagem-denúncia do jornalista José Carlos de Assis expondo a quitação da dívida da empresa Delfin com o Banco Nacional da Habitação (BNH). O Grupo Delfin era a maior empresa privada de crédito imobiliário da época (mais de três milhões de depositantes), porém possuía elevados endividamentos junto ao Banco Nacional da Habitação (BNH). No ano de 1982, um acordo previa a entrega de dois terrenos como forma de saldar os Cr$ 60 bilhões devidos. No entanto, os terrenos valiam Cr$ 9 bilhões, cerca de um sexto da dívida.

A reportagem foi publicada no dia 30 de dezembro de 1982 e vinte dias depois acabou levando à falência o grupo Delfin pela retirada de fundos realizada pelos seus clientes. A clientela, da classe média em sua grande maioria, que possuía caderneta de poupança no Grupo assustou-se com a possibilidade de um desfalque e, imediatamente, sacou seu dinheiro.

Assis, José Carlos de. A chave do tesouro: Anatomia dos escândalos financeiros: Brasil, 1974-1983. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Assis, José Carlos de. A chave do tesouro: Anatomia dos escândalos financeiros: Brasil, 1974-1983. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

Em 1983 o Banco Central do Brasil decretou intervenção nas sociedades de crédito imobiliário do Grupo Delfin, que tinha mais de três milhões de depositantes, até que o grupo Delfin pagasse o que restava da dívida de Cr$ 80 bilhões ao Banco Nacional da Habitação (BNH). Mesmo com a intervenção do Banco Central do Brasil, a empresa não conseguiu se manter viva por muito tempo e faliu em 1984, agravando a crise no mercado imobiliário brasileiro, que se estendeu pela década de 1980. A intervenção foi decidida pelo Ministério do Interior, por proposta do Banco Nacional da Habitação (BNH), com o intuito de que as contas dos depositantes fossem transferidas para agências da Caixa Econômica Federal, até que o grupo pagasse o que restava da dívida. O Presidente João Figueiredo hesitou em autorizar a intervenção na Delfin para evitar uma repetição dos traumas financeiros provocados pela intervenções feitas pelo governo Geisel no Banco Halles e na sociedade de crédito imobiliário Vitória Minas. Em abril de 1982, porém, o Chefe da Casa Civil da Presidência, Ministro Leitão de Abreu, considerou preferível a intervenção.

Em 1991 o empresário fechou um acordo com o Banco Central do Brasil que o permitia levar o que havia sobrado da Delfin, aproximadamente R$ 300 milhões, e pagar a dívida em 13 anos com dois anos de carência. O empresário não pagou nenhuma parte do previsto. O montante da dívida já é maior que um R$ 1 bilhão.

Em 2002 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido da Delfin Capitalização S/A, empresa do Grupo Delfin, de extinguir a ação que ela responde na Justiça, sem que fosse julgado o mérito. A decisão foi unânime. Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, já era do conhecimento público que o Grupo Delfin, incluindo a empresa, foi submetido à liquidação da sentença em janeiro de 1984, chegando a publicar um edital avisando aos credores que começaria a pagar o passivo. Em 1989 o Banco Central do Brasil converteu a liquidação extrajudicial em ordinária, mas sem que tenha havido o integral ressarcimento dos credores de títulos de capitalização.

Em 16 de março de 2006 o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu como justo e apropriado o pagamento com os dois imóveis em questão da dívida da Delfin com o Banco Nacional da Habitação (BNH), fechando assim, perante os olhos da Justiça, o caso Delfin.

Atualmente Ronald Levinsohn evita viajar em companhias aéreas nacionais para não encontrar brasileiros. A quebra da Delfin pode ter deixado a imagem do empresário marcada, mas não abalou seu potencial financeiro. Atualmente ele continua com grande influência no meio empresarial. Tal mancha na imagem pode ter aumentado a reclusão de Ronald Lehvinsohn que mora em uma mansão no bairro Gávea, no Rio de Janeiro, sem sair de casa, em meio a 8.000 metros quadrados de Mata Atlântica. Em uma estante abarrotada de documentos sobre o escândalo financeiro do qual foi o personagem principal, Ronald Levinsohn guarda quatrocentas fitas cassetes de gravações com supostos esquemas de corrupção comandados pelos interventores da Delfin.

UniverCidade

Olavo de Carvalho, Facebook, 5 de novembro de 2013
Revista República, Julho de 1997

Segundo Alberto Dines, Ronald Levinsohn comprou uma fabulosa cobertura com vista para o Central Park em Nova Iorque, nos Estados Unidos. No Brasil o Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade) foi usado para lavagem de dinheiro, encobrindo a origem ilícita da fortuna do empresário Ronald Levinsohn. Alberto Dines é pai da Liana Dines, que processou o Olavo de Carvalho em 1989. Olavo de Carvalho foi diretor da Editora UniverCidade entre 1999 e 2001.[1][2]

Segundo Emir Sader, os comunistas inventaram um personagem ridículo, troglodita, colocaram na sua boca as mais grotescas versões do pensamento conservador, para mais facilmente ridiculariza-lo e derrota-lo. Colocaram-lhe um nome fictício, "Olavo de Carvalho", e imputaram a ele ser empregado de Ronald Levinsohn, que protagonizou um dos mais divulgados escândalos dos tempos dos governos militares. Todo país tem um pensador de extrema direita, mas no Brasil inventaram esse grotesco personagem, deram-lhe um tom improvável, ridículo, ignorante, que só colabora para que a esquerda apareça como depositária da cultura, da capacidade teórica de análise, da democracia e da liberdade.

Segundo Armindo Augusto de Abreu, Olavo de Carvalho nada constrói de bom ou produtivo. Só destila o velho ódio, o dos antigos anarquistas pela sociedade organizada, contra os patrícios que ainda a respeitam. Olavo de Carvalho persiste em velhos erros de concepção e comportamento anti-social revolucionário, creditados à assumida formação marxista da juventude, que repete-se agora, de sinal trocado, como sexagenário empedernido. Ao invés de haver seguido, e nela tentar brilhar, carência acadêmica convencional, com regras claras e ampla concorrência de ideias, Olavo de Carvalho decidiu "queimar etapas" e desfilar sozinho, pimpão, declarando-se de público, esponte propria, um "filósofo".

Em 1997, Olavo de Carvalho morou no edifício conhecido como "Favelão", na Rua das Laranjeiras, número 336, no Rio de Janeiro (RJ). Laranjeiras é um bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro. Estão situados no bairro o Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e o Palácio Laranjeiras. Na Rua das Laranjeiras, 346, Rio de Janeiro, fica a sede do Clube Hebraica Rio.

Ronald Levinsohn foi reitor do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade), que com a Universidade Iguaçu (UNIG) e a Universidade Candido Mendes (UCAM) foram citadas no pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) para apurar denúncias gestões fraudulentas, enriquecimento ilícito, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, precarização das relações de trabalho, assédio moral, repressão às representantes de professores, alunos e servidores, criação de monopólios, deterioração da qualidade de ensino, entre outros. O Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade) foi fundado em 1969 e mantido pela Associação Educacional São Paulo Apóstolo, entidade filantrópica controlada por Ronald Levinsohn.

Segundo a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), as principais denúncias contidas no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) são atrasos e falta de pagamentos aos funcionários, assim como do imposto sindical, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); no ensino à distância, suspeita de fraude e venda de diplomas e ausência de regulamentação por parte da Câmara dos Deputados; grupos estrangeiros e sociedades anônimas comandando as universidades privadas no Rio de Janeiro; irregularidades em relatórios financeiros; sistemas de bolsas, como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), conferidos a instituições com conceitos baixos pela avaliação do Ministério da Educação; aumento abusivo das mensalidades; e convênios com prefeituras sem licitações públicas.

Revista Veja Rio, 3 de dezembro de 1997
Carta do Reitor da PUC-Rio, 20 de novembro de 1997

Referências:

Ver também: