Plínio Salgado

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Plínio Salgado
Pliniosalgado.jpg
Plínio Salgado.
Nascimento 22 de janeiro de 1895
Morte 08 de dezembro de 1975
Nacionalidade brasileira


Plínio Salgado (São Bento do Sapucaí, 22 de janeiro de 1895 — São Paulo, 08 de dezembro de 1975) foi um jornalista, intelectual, político, escritor, orador e filósofo brasileiro, fundador e principal líder da Ação Integralista Brasileira e Chefe Nacional do Integralismo, movimento tradicionalista, patriótico e nacionalista inspirado sobretudo no Evangelho, na Doutrina Social da Igreja e no pensamento de autores como Jackson de Figueiredo, Alberto Torres, Farias Brito, Euclides da Cunha, Tavares Bastos e Eduardo Prado.[1] O Integralismo se configurou como o maior movimento nacionalista da história do Brasil e reuniu uma pleiade incomparável de intelectuais, sendo considerado por Gerardo Mello Mourão o "mais fascinante grupo da inteligência do País".[2]

Preso e obrigado a se exilar em Portugal por Vargas, acusado de promover levantes contra sua ditadura estadonovista, Plínio Salgado ali estudou profundamente o pensamento tradicionalista hispânico (português e espanhol), proferiu algumas de suas mais importantes conferências, escreveu suas mais importantes obras religiosas e foi reconhecido pela intelectualidade católica como um dos maiores pensadores católicos de todos os tempos e um verdadeiro apóstolo brasileiro.[3][4]

De volta ao Brasil, ingressou no Partido de Representação Popular (PRP). Foi deputado federal por tal partido pelo estado do Paraná em 1958 e por São Paulo em 1962. Foi também, pelo mesmo partido, candidato à presidência da República, em 1955, obtendo cerca de 8% dos votos. Após o Movimento de 1964 e a extinção do PRP, Plínio se juntou ao partido político Arena e teve mais dois mandatos de deputado federal: um em 1966 e outro em 1970. Aposentou-se da vida política em 1974. Tomou parte no Modernismo em seu aspecto nacionalista e foi membro da Academia Paulista de Letras. Também fundou e dirigiu vários jornais.Juscelino Kubitschek reconheceu que tivera a ideia de construir Brasília inspirado pelo romance A Voz do Oeste, de Plínio Salgado.[5]

Biografia

Filho de coronel Francisco das Chagas Salgado e de professora Ana Francisca Rennó Cortez, Plínio foi uma criança muito ativa na escola e gostava principalmente de matemática e de geometria. Aos dezesseis anos de idade, seu pai veio a falecer. Plínio, após esse fato, veio a demonstrar grande interesse pela filosofia e psicologia

Aos vinte anos de idade, Plínio fundou um jornal semanal intitulado Correio de São Bento. Seus artigos o tornaram conhecido entre vários jornalistas da cidade de São Paulo, fato que levou-o a ser convidado para trabalhar no Correio Paulistano.

Três anos mais tarde, em 1918, Plínio começou a entrar na vida política, tendo fundado o Partido Municipalista. Naquele ano também, Plínio casou-se com Maria Amélia Pereira, e, no dia 6 de Julho de 1919, sua primeira filha, Maria Amélia Salgado, nasceu. Quinze dias mais tarde, sua mulher, Maria Amélia Pereira veio a falecer. Deprimido, Plínio Salgado buscou conforto no catolicismo. Essa busca por conforto também fez ele se interessar por obras de pensadores católicos brasileiros.

Plínio apenas voltou a casar-se dezessete anos mais tarde com Carmela Patti.

Notas

  1. Sobre as raízes do Integralismo, vide SALGADO, Plínio. O Integralismo na vida brasileira. In Enciclopédia do Integralismo, vol. I. Rio de Janeiro: Edições GRD/Livraria Clássica Brasileira, s/d.
  2. MOURÃO, Gerardo Mello. Entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=414001. Acesso em 27 de julho de 2010)
  3. (DOREA, Augusta Garcia R. Plínio Salgado, um apóstolo brasileiro em terras de Portugal e Espanha. São Paulo: Edições GRD, 1999)
  4. (BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Plínio Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de Brasilidade. In O Lince, nova fase, ano 4, nº 31, Aparecida-SP, jan/fev. de 2010, pp. 17)
  5. (KUBITSCHEK, Juscelino. Carta a Plínio Salgado. In Plínio Salgado: “In memoriam”, vol. I., cit., p. 223)

Ligações externas