Onésimo Redondo

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Onesimo Redondo Ortega, nascido em Valladolid a 16 de Fevereiro de 1905, foi um destacado dirigente nacional-sindicalista espanhol, co-fundador das JONS (Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista), partido que acabaria por se integrar na Falange Española de las JONS a 11 de Fevereiro de 1934.

Vida

Nasceu no seio de uma família de proprietários agrícolas. Depois de completar o curso de Direito em Salamanca, regressou a Valladolid. Em Outubro de 1928 inicia a sua carreira política como líder do Sindicato dos Cultivadores de Castilla la Vieja. Em 1929 cumpre o serviço militar em Valladolid. Inicialmente ligado ao movimento de Acção Católica, distancia-se da organização, que considera demasiado próxima do liberalismo burguês. Após a proclamação da 2ª República, funda em Agosto de 1931 as Juntas Castellanas de Actuación Hispânica.

Em Novembro do mesmo ano, a sua organização funde-se com outra liderada por Ramiro Ledesma Ramos. As Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista são o resultado desta fusão, que adopta como emblema o jugo e as flechas, antigo anagrama dos Reis Católicos.

As JONS, declaradamente anti-marxistas, tinham como objectivo a criação de um Estado Nacional-Sindicalista. Como método de acção propunham a Acção Directa (termo criado pelo filósofo italiano Sorel) e contestavam o sistema eleitoral por ser “liberal-burguês” e corrupto. Embora Redondo tivesse sido partidário da Monarquia, na sua época da Acção Católica, em 1931 não se opunha à República como forma de Estado. Em 1932 toma parte na fracassada sublevação do general Sanjurjo. Para evitar a detenção, cruza a fronteira e exila-se em Portugal, no Porto. Do exílio cria com Ledesma Ramos uma nova revista, J.O.N.S., como órgão do partido. Em Outubro regressa a Valladolid. Decide apresentar-se as eleições de 1933 mas retira a sua candidatura à última hora. Em Março de 1934, as JONS fundem-se com a Falange Española, o partido de José António Primo de Rivera. No novo partido, Falange Española de las JONS, Redondo assume um segundo plano na acção.

Em 19 de Março de 1936 é detido em Valladolid. Durante a sua reclusão, permanece em contacto com o líder do partido, José António, também encarcerado. Em 25 de Junho é transferido para a prisão de Ávila, de onde é libertado por militares sublevados a 18 de Julho, no início da Guerra Civil Espanhola. Dirige-se a Valladolid, onde rapidamente organiza um grupo armado de falangistas. Marcham em seguida para Madrid e combatem no Alto dos Leões. No dia 24 de Julho é atraído para uma emboscada numa vila e morre abatido por militantes anarquistas do CNT.

Legado

Hoje, embora algo esquecido, permanece uma figura incontornável do movimento nacional-sindicalista espanhol e um exemplo da luta pela Tradição e Justiça Social. Inimigo de marxistas e liberais, acreditou sempre na existência de uma terceira via, tendo sacrificado a sua vida por isso.

Citação

Devemos exterminar com um genuíno movimento revolucionário todas as formas de usura, incluindo a moderna, que consiste em pagar ao camponês o mínimo bastante para que não morra e continue a trabalhar, mas insuficiente para que sustente os filhos que dá à Pátria... Há que redimir, por fim, quem trabalha e desfazer, violentamente se necessário for, como será, a burguesia entrincheirada nos seus numerosos fundos económicos. Pedimos, pois, a revolução social para que todos os homens aptos encontrem trabalho dignamente remunerado, para que não se vejam privados da possibilidade de elevar pelos seus meios a sua condição e para que o campo - que é Espanha - quebre as correntes da hegemonia burguesa. Mas se a revolução social é uma necessidade e um grito de justiça, há que a defender. Esse movimento são e juvenil, livre tanto das corrupções traidoras que procedem a democracia semita superburguesa, como das máximas internacionais marxistas que descaracterizam a genuína revolução hispânica para fazer-nos servos de Moscovo. Revolução Social, enérgica e urgente, a cargo da juventude espanhola.

«La revolución social», n.º 2 do semanário «Libertad», 20 de Junho de 1931