Massacre de Metgethen

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Metgethen : Estupros e assassinato de civis cometidos por soviéticos

Como Massacre de Metgethen são denominados os assassinatos de civis alemães e ucranianos, cometidos por soldados soviéticos em fevereiro de 1945 em Metgethen, nos arredores de Königsberg, na Prússia Oriental.

Os crimes

Em fins de janeiro de 1945 o exército soviético conseguiu tomar o controle da ferrovia e autovia até o porto de Pillau, que permitia o suprimento dos alemães na defesa de Königsberg. Na noite de 31 de janeiro de 1945, os soviéticos invadiram Metgethen, bairro no entorno de Königsberg.[notas 1] Na localidade encontrava se uma grande quantidade de civis, tanto habitantes como fugitivos ucranianos. Em 19 de fevereiro de 1945[3] tropas alemães reconquistaram a área entre Pillau e Königsberg. Ao acessarem Metgethen, encontraram uma grande quantidade de cadáveres de civis que apresentavam evidências de terem sofrido violências sexuais, mutilações e espancamentos.

As Testemunhas

Testemunho de um comandante alemão ao alcançar Metgethen no contra-ataque que expulsou os soviéticos: "Sem perdas de blindados alcançamos a áera principal de combate. A malta inimiga batia em retirada. Ao chegarmos em Metgethen nos gelou o sangue nas veias. Petrificados observamos o feito dos russos. Na estação ferroviária havia um vagão de fugitivos, apinhado de mulheres e jovens estupradas e assassinadas. Em 20 de fevereiro também reconquistamos o povoado de Powayen. Tanto aqui como em Groß-Medenau, que reconquistamos em 23 de fevereiro, o mesmo quadro. Pessoas trucidadas e mutiladas de todas idades e sexos. Adultos prostrados ao lados de crianças de colo nas ruas, nos quintais e nas casas dos povoados."

Relato de um soldado alemão:

"Durante os combates para o restabelecimento da ligação terrestre entre Königsberg e Pillau entre 19 e 24 de fevereiro de 1945, os soldados das formações de ataque alemãs lograram observar os seguintes crimes:

1.No povoado de Metgethen, nos arredores a oeste de Königsberg, encontramos muitas residências com mulheres e crianças na idade entre 10 de 80 anos, estupradas e assassinadas. Em torno de 200 mortos desta forma, nós coletamos para proceder à identificação. Isto somente na área de combate da 1ª. e 561 Divisão de Infanteria.

2.No campo de tênis de Metgethen havia uma cratera formada por uma detonação, com aproximadamente 10 metros de diâmetro e quatro metros de fundura. No seu interior, na sua borda, no seu entorno e em cima da cerca do campo de tênis, bem como nas galhadas das arvores em volta encontravam-se pendurados cadáveres e partes de corpos humanos de aproximadamente 25 homens, mulheres e crianças. Entre os homens havia três ou quatro corpos de soldados da artilharia anti-aérea (Flak-Flugzeugabwehrkanone) e alguns homens em uniforme da polícia alemã. Em torno da cratera havia ainda alguns cadáveres de cavalos e carroças com roupas e pertences pessoais, provavelmente de fugitivos, tudo despedaçado. Partes de corpos humanos, como pedaços de braços, pernas e outros, encontramos num raio de até 200 metros do campo de tênis.

Evidenciava-se que as pessoas assassinadas foram arrebanhadas dentro da cratera do campo de tênis, as carroças colocadas em volta e em seguida detonado um artefato explosivo no interior e entre as vítimas encurraladas.[notas 2]

Averiguações

Hermann Sommer foi capitão na equipe (stab) do Comandante de Defesa de Königsberg, General Otto Lasch e do Comando das Forças Armadas de Königsberg. Foi igualmente responsável pela acomodação das tropas e pela administração do sistema prisional [notas 3] O Capitão Hermann Sommer foi testemunha dos fatos, e no verão de 1951 prestou depoimento juramentado sobre as atrocidades militares soviéticas [notas 4] O depoimento possui valor especial pela importância das informações recebidas, ao confirmar as declarações coletadas à época: Hermann Sommer declarou que após a reconquista de Metgethen "...Além dos cadáveres espalhados em todo povoado, foram descobertas duas covas coletivas de tamanho maior, nas quais encontravam se aproximadamente tres mil cadáveres, na sua maioria de mulheres, meninas e crianças..."[notas 5]. Conforme Sommer "...grande parte dos corpos eram de pessoas de nacionalidade russa..."[8] Hermann Sommer ao chamá-los de "russos" referia-se a ucranianos, dos quais os homens em condições físicas aceitáveis tinham sido imediatamente incorporados em unidades penais e o restante tinha sido fuzilado.

Documentos

Durante a Segunda Guerra Mundial, a sindicância e os trabalhos de identificação e documentação prosseguiam. Uma comissão especial fotografou centenas de cadáveres e protocolou depoimentos testemunhais. Parte desta documentação foi guardada no posto de trabalho de Sommer, que se tornou um centro de coleta de dados e posto de informações para parentes das vítimas. Em 02 de abril de 1945, um bombardeio dos aliados destruiu as instalações e os documentos. Atualmente encontrou-se um álbum contendo 26 fotografias, arquivado na Library of Congress, com o titulo "Relato fotográfico sobre alemães violentados e assassinados em Metgethen" (Bildbericht über von den Bolchewisten ermordete und geschändete Deutsche in Metgethen) e uma anotação "O comandante da policia, , Köngsberg Pr" ("Der Kommandeur der Sicherheitspolizei, Königsberg Pr").[notas 6]

Referências

  • Heinz Schön: Tragödie Ostpreußen 1944-1948. Als die Rote Armee das Land besetzte

Notas de rodapé

  1. Jürgen Thorwald: Die große Flucht. Es begann an der Weichsel. Das Ende an der Elbe, Steingrüben, Stuttgart 1963, pág. 161
  2. Joachim Nolywaika: Die Sieger im Schatten ihrer Schuld (Sobre as declarações veja: Bundesarchiv Koblenz: Ost-Dokumentationen, 1/31, 2/20, 2/14, 2/9, 2/8 e outras.)
  3. Hermann Sommer: Maschinenschriftliche eidesstattliche Erklärung (15. Februar 1951), in: Bundesarchiv: Vertreibung und Vertreibungsverbrechen, Bonn 1989, pag. 146
  4. Hermann Sommer: Maschinenschriftliche eidesstattliche Erklärung (15. Februar 1951), in: Bundesarchiv: Vertreibung und Vertreibungsverbrechen, Bonn 1989, pág. 148
  5. Hermann Sommer: Maschinenschriftliche eidesstattliche Erklärung (15. Februar 1951), in: Bundesarchiv: Vertreibung und Vertreibungsverbrechen, Bonn 1989, pág. 146f.
  6. Library of Congress, Prints and Photographs division, Katalogsuche, número referência LOT 2280

Veja também