Kaúlza de Arriaga

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General Kaúlza de Arriaga

Kaúlza de Arriaga ( * 18 de Janeiro de 1915 em Porto (Portugal); † 03 de Fevereiro de 2004 em Lisboa (ibidem)), foi um militar e político patriota português.

Dados biográficos

Estudante brilhante, concluiu com elevadas notas os estudos universitários de Matemática e de Engenharia. Ingressou na Academia Militar e formou-se em Engenharia. Posteriormente, no Instituto de Altos Estudos Militares, frequentou, distinguindo-se, o Curso de Estado-Maior e o Curso de Altos Comandos.

Exerceu com eficácia os cargos de Subsecretário e Secretário de Estado da Aeronáutica (1955-62), de professor do Instituto de Altos Estudos Militares (1964-69), de presidente da Junta de Energia Nuclear (1967-69 e 1973-74), de administrador e presidente executivo da empresa de petróleos Angol (1966-69 e 1973-74) e de comandante-chefe das Forças Armadas em Moçambique (1970-73).

Desempenhou ainda, as funções de Vogal do Conselho Ultramarino (1965-69 e 1973-74), de presidente da Assembleia Geral da empresa de fibras sintéticas Finicisa (1968-69 e 1973-74), de presidente da Federação Equestre (1968-71) e de membro do Conselho da Ordem Militar de Cristo (1966-74).

Como militar, a sua carreira ficou marcada principalmente pelas campanhas militares que comandou em Moçambique, durante a Guerra do Ultramar, sobretudo na Operação Nó Górdio (1970), que resultou num enorme sucesso para as forças armadas portuguesas.

A 28 de Setembro de 1974 foi detido e nessa situação se manteve até 21 de Janeiro de 1976. Na prisão demonstrou invulgar dignidade. Em Março de 1977, instaurou uma acção judicial contra o Estado Português, exigindo as explicações e as reparações morais inerentes à iniquidade, arbitrariedade e prepotência de que fora objecto. A acção processou-se durante dez anos, terminando com o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 4 de Julho de 1987, que, confirmando a sentença do Tribunal da Auditoria Administrativa de Lisboa, lhe concedeu razão total, condenou o Estado português, considerando que a prisão, bem como a sua duração, resultaram de ele, General, ter capacidade, vontade e prestígio para impedir a descolonização de Angola e Moçambique.

Sofrendo da doença de Alzheimer, Kaúlza de Arriaga morreu a 3 de Fevereiro de 2004 em Lisboa.

Obra literária

  • Energia Atómica - 1949
  • A Defesa Nacional Portuguesa nos Últimos 40 anos e no Futuro - 1966
  • Algumas Questões Nucleares em Portugal - 1969
  • The Portuguese Answer - 1973
  • Coragem, Tenacidade e Fé - 1973
  • A Conjuntura Nacional e a Minha Posição perante o Momento Político Português - 1976
  • No caminho das Soluções do Futuro - 1977
  • África - A Vitória Traída (co-autor) - 1977
  • Guerra e Política - Em Nome da Verdade, os Anos Decisivos (duas edições) - 1987
  • Estratégia Global - 1988
  • Sínteses (duas edições) - 1992
  • Maastricht - Pior ainda que o " 25 de Abril "!? - 1992