Guerra de Inverno

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Ganhamos chão suficiente para enterrar nossos mortos. - Oficial Soviético sobre os ganhos territoriais da URSS após o tratado de paz.


Guerra de Inverno
Parte da Segunda Guerra Mundial
Tropas finlandesas defendem heróicamente seu país contra o exército soviético (norte da Finlândia em 12 de janeiro de 1940).

Tropas finlandesas defendem heróicamente seu país contra o exército soviético (norte da Finlândia em 12 de janeiro de 1940).
Informações
Data 30 de novembro de 1939 a 13 de março de 1940
Local Finlândia oriental
Desfecho Tratado de paz de Moscou.
Mudanças
territoriais
Finlândia teve de ceder partes da Carélia e da península de Kola para a União Soviética.
Intervenientes
Bandeira da União Soviética.png União Soviética Bandeira da Finlândia.png Finlândia
Principais líderes
Forças
Vítimas

A Guerra de Inverno (em finlandês: talvisota), também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa, começou quando a União Soviética atacou a Finlândia a 30 de Novembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial. O Incidente de Mainila, uma operação de bandeira falsa onde os soviéticos dispararam com sua própria artilharia contra um vilarejo russo perto da fronteira, foi utilizado como pretexto para a invasão quando acusaram os finlandeses de o terem feito. Quatro dias depois deste suposto incidente, o exército soviético invade a Finlândia, o que provocou a expulsão da URSS da Liga das Nações em 14 de Dezembro de 1939. Stalin esperava conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (3 soviéticos para 1 finlandês). A Finlândia aguentou o conflito até 13 de Março de 1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território finlandês, e 20% da sua capacidade industrial, à União Soviética.

Precedentes

Até o início do séxulo XIX, a Finlândia constituia a parte oriental do Reino da Suécia. Em 1809 foi conquistada Rússia e, para proteger sua capital imperial, São Petersburgo, foi transformada em um Estado tampão autônomo dentro do Império Russo. No final do mesmo século, os russos iniciaram um programa de russificação na Finlândia para fortalecer o governo central e unificar o Império. Essa tentativa arruinou as relações entre os russos e finlandeses e movimentos de autodeterminação ganharam apoio popular na Finlândia.

Com a Primeira Guerra Mundial e o colapso do Império Russo após a revolução bolchevique, o senado da Finlândia declarou sua independência em 06 de dezembro de 1917. No ano seguinte as relações entre os dois países pioraram ainda mais, durante a Guerra Civil Finlandesa a Rússia Soviética deu apoio aos bolcheviques que queriam tomar o poder da nova nação. Os nacionalistas receberam apoio militar da Suécia, Polónia, Estónia e principalmente do Império Alemão. Os nacionalistas venceram o conflito. Em 1932 a União Soviética e a Finlândia assinaram um acordo de paz, renovado em 1934 para um prazo de 10 anos. Em 1938 após o Grande Expurgo, os soviéticos passaram a exigir da Finlândia alguns territórios e ilhas no Golfo da Finlândia. O governo finlandês recusou-se a seguir as exigências soviéticas.

Em 26 de novembro os soviéticos simularam um bombardeamento finlandês contra Mainila, no qual artilharia soviética disparou contra o pequeno vilarejo russo de Mainila e culpou a Finlândia de ter causado o ataque, inventando perdas militares além das civis. A União Soviética exigiu que os finlandeses pedissem desculpas pelo incidente e movessem as suas forças 20 a 25 quilómetros da fronteira. Os finlandeses negaram qualquer responsabilidade pelo ataque e recusaram-se a seguir as indicações soviéticas. A União Soviética utilizou esta operação de bandeira falsa como uma desculpa para quebrar o pacto de não-agressão e quatro dias depois iniciou a Guerra de Inverno contra a Finlândia.

Conflito

Em 30 de novembro de 1939 teve início a Guerra de Inverno, quando tropas soviéticas no comando do Marechal Kiril Meretskow entraram na fronteira de 950 km entre a Finlândia e a União Soviética, usando como pretexto o Incidente de Mainila, uma operação de bandeira falsa soviética. A União Soviética tinha um pacto de não-agressão com a Alemanha e ambos os países deveriam consultar um ao outro antes de invadir um terceiro país, o que não foi feito por parte da União Soviética, acção que desrespeitou o pacto. O Exército Vermelho atacou com 1.500 tanques e 3.000 aviões, e esperava uma vitória rápida, mas os soviéticos subestimaram os finlandeses que estavam melhor preparados para combater no inverno. O Exército Vermelho perdeu 200.000 homens, os finlandeses, apenas 25.000 soldados. Apesar desta agressão que a Finlândia sofreu, Inglaterra e França não declararam guerra à União Soviética.

A Suécia manteve sua neutralidade, porém enviou cerca de 8.000 voluntários para ajudar os finlandeses[1]. Os suecos tinham receio de que se a Finlândia caísse, a Suécia seria a próxima. No dia 12 de março de 1940, foi assinado um tratado de paz e a Finlândia teve de ceder partes da Carélia e da península de Kola para a União Soviética.

Como uma resposta direta à esta agressão soviética, em 1941 a Finlândia participou da campanha alemã na Rússia na chamada Guerra de Continuação, a fim de recuperar esse terreno perdido.

Uma conseqüência importante da Guerra de Inverno foi a reorganização do Exército Vermelho feita por Stalin, reabilitando os oficiais que tinham sido exilados para a Sibéria nos expurgos soviéticos em 1936/37. Esta reorganização contribuiu significativamente para o fato de que o Exército Vermelho tinha em 1941 uma força de combate maior do que os alemães haviam esperado.

Refêrencias

  1. Sprague, Martina. Swedish Volunteers in the Russo-Finnish Winter War, 1939-1940 (Voluntários suecos na Guerra de Inverno Russo-Finlandesa, 1939-1940). ISBN 9780786439812

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