Gerhard Ittner

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Gerhard Ittner

Gerhard Ittner (* 12 de maio de 1958 em Zirndorf, na Alemanha) é um nacionalista alemão, perseguido pelo sistema político da República Federal da Alemanha.

Formação

Gerhard Ittner descendeu de uma família de marceneiros. O ensino básico freqüentou em Zirndorf, Nürnberg. Com talento para o desenho e as artes plásticas, estudou em escola técnica gráfica. Posteriormente, além de freqüentar a academia de artes plásticas, dedicou-se ao estudo cientifico dos idiomas indo-germânicos, à arqueologia e à Indologia. Paralelamente ao estudo e aprimoramento em artes gráficas, adquiriu conhecimentos do idioma tibetano.

Politica para Ittner tinha apenas importância secundária. Não chegou a conviver com seu avô, o nacional-socialista Heinrich Ittner, residente na Baixa Bavária (Niederbayern) e falecido em 1968.

Seu avô, Heinrich Ittner, talentoso marceneiro, com aprimorados conhecimentos matemáticos e aptidão prática para as questões técnicas da construção civil, empregou-se na Organização Todt, inicialmente no cargo de mestre-marceneiro, passando posteriormente a trabalhar como analista de estruturas especiais. Durante a Segunda Guerra Mundial atuou nas instalações da Luftwaffe, inclusive na Finlândia. Participou (sob rigoroso sigilo) do desenvolvimento da Vergeltungswaffe (tradução literal: arma de vingança). Tratava-se, (principalmente) da assim chamada V-2, o primeiro míssil balístico da história, desenvolvido pela Alemanha e utilizado nas últimas fases da guerra contra a Inglaterra, como represália pelos bombardeios de cidades e instalações civis alemãs pelos aliados. Um dos seus principais idealizadores, o engenheiro Wernher von Braun, no escopo da Operation Paperclip, utilizou a tecnologia nos EUA para o desenvolvimento dos foguetes Saturno da Missão Apollo.

O envolvimento político

O início do envolvimento político de Gerhard Ittner deu-se com a condenação de Günter Deckert a 5 anos de prisão pelo crime de opinião, ou seja, a manifestação de Deckert sobre suas dúvidas quanto ao atual doutrinamento oficial da história da Segunda Guerra Mundial. Seu senso de justiça despertou-o para a realidade infame da alteração da história, da reeducação e manipulação mental (Umerziehung), com o objetivo de obter a descaracterização do cidadão alemão quanto a sua consciência de nação, sua individualidade e seu orgulho cultural, anulando a nação políticamente para todo o futuro.

Até então criativamente engajado na arte da antiga cultura germânica, Gerhard Ittner volveu-se para a realidade atual, na defesa dos valores subjugados pela manipulação global, pela disseminação de uma visão multicultural e difusa dos valores sociais. O ingresso efetivo de Ittner na política deu-se com sua filiação ao partido da DVU –Deutsche Volksunion (União do Povo Alemão) da Baviera, pelo qual candidatou-se em 1998 para as eleições do parlamento alemão (Bundestagwahl).

Trabalhou com Rolf Ollert no movimento “Bürgerinitiative Ausländerstopp” (Iniciativa cidadã contra a imigração). Em 2003, juntamente com Christian Worch organizou para o dia 06 de setembro, uma passeata sob o lema “Orgulho e fidelidade liberta a Alemanha” (Stolz und treu macht Deutschland frei). Para a chegada da passeata foi escolhido o Adolf-Hitler-Platz, o atual Hauptmarkt. A rota da passeata assemelhava–se às passeatas da NSDAP durante as reuniões nacional-socialistas (Reichsparteitage) de 1938.

Pretendia ainda realizar para o dia 06 de dezembro do mesmo ano, nova passeata por ocasião do Christkindlmarkt (Feira de Natal), pela parte velha de Nürnberg, porém esta iniciativa lhe foi frustrada.

Gerhard Ittner mantinha ainda contatos regulares com Manfred Roeder.

Perseguição política

Desde o ano de 2003 Ittner sofre perseguições políticas pelas oficialidades da República Federal da Alemanha. Foi indiciado pelo Estado e passou a ser processado a partir de Novembro de 2004. Após ter comparecido regularmente a todas audiências, faltou à 18ª. Audiência de 29 de março de 2005. Na clandestinidade a partir desta data, estava sendo procurado pelas forças policiais do Estado. Seu paradeiro era desconhecido também para o seu advogado de defesa, Stefan Böhmer. A polícia, na presença da irmã de Gerhard Ittner, fez uma busca na sua residência em Nürnberg, e constatou o seu abandono. O tribunal julgou Ittner, sob acusação de

  • “difamar o Estado através da Internet e em manifestações outras”.
  • ”ofender políticos e autoridades públicas”
  • ”Insultar comunidades religiosas”

Foi expedida uma ordem de prisão, porém revogada pelo Tribunal da Primeira Câmara. Dado o não comparecimento de Ittner o mandado de prisão foi reativado, e em conseqüência Ittner estava sendo procurado em todo território da República Federal da Alemanha. Em janeiro de 2006, Ittner teria obtido asilo político no Irã, onde teria retomado suas atividades políticas. Teria sido visto também na conferência Review of the Holocaust: Global Vision, em Teerã. Posteriormente teria sido visto na Argentina.

O aprisionamento

Em 11 de abril de 2012, Gerhard Ittner foi detido em Portugal e mantido em detenção preventiva até 18 de setembro de 2012, quando foi extraditado à República Federal da Alemanha. As autoridades alemãs relacionaram-o com a organização NSU-Nationalsozialistischer Untergrund ( Nacional-socialismo subterrâneo), como forma a induzir Portugal a efetuar a detenção, uma vez que a acusação de “negação do holocausto” não teria necessáriamente a força de convicção suficiente para restringir as liberdades individuais do cidadão.[1]

Notas de rodapé

  1. Jornal Thüringer Allgemeine (em alemão) - extremistas de direita na fuga da polícia de Thüringen

Referências

Informativo (em alemão) - www.unglaublichkeiten.org