Frithjof Schuon

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Frithjof Schuon

Frithjof Schuon se converteu ao Islã em 1933, quando, em viagem pela Argélia, foi iniciado na Tariqa Alawiyya.

Autores como René Guénon, Frithjof Schuon e Martin Lings são alguns nomes da Filosofia Perene. Dentro do caldeirão da unidade transcendente das religiões, a fé islâmica se sobressai como a plenitude das religiões tradicionais. Contudo, o que parecia ser apenas uma dinâmica própria de grupos esotéricos periféricos, tem se mostrado muito mais estruturada do pondo de vista prático, seja através do incremento de obras publicadas, como através da disseminação do esoterismo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Ademais, o perenialismo também influenciou, em aspectos que parecem obscuros, o modo como o ecumenismo moderno foi concebido.

Olavo de Carvalho (Sidi Muhammad), um dos membros fundadores da Tariqa Maryamiyya no Brasil, um ramo da Tariqa Alawiyya, foi o muqaddam (representante) do mestre espiritual Frithjof Schuon no Brasil.

Olavo de Carvalho, que foi discípulo dos irmãos Omar Ali-Shah e Idries Shah,[1] acusou, mais de uma vez, as turuq (plural de tariqa) de serem contra-iniciáticas e instrumentos na guerra cultural que visa à destruição do mundo ocidental. Nada mais falso. O conceito de guerra cultural serve apenas para propagar a islamofobia.

Processo contra Frithjof Schuon

Frithjof Schuon com roupas de índio

Numa série de artigos do jornal Herald Times, de Bloomington (Indiana) (de 15 de Outubro de 1991 a 24 de Novembro de 1991), podemos seguir a trajetória do aparecimento de Frithjof Schuon frente ao Grande Júri, acusado de abuso de crianças e fraudes. É alegado que, como Xeique da Ordem Sufi Mariana, Frithjof Schuon conduziu seus discípulos em cerimônias de índios americanos, centralizadas ao redor da nudez sagrada e também que ele havia abusado sexualmente das esposas e filhas de discípulos. As acusações acabaram sendo arquivadas por falta de evidências e o promotor do caso foi demitido pelo governador do estado de Indiana. O Grande Juri, num movimento sem precedente, então se recompôs e tentou investigar ainda mais. A Tariqa Maryamiyya ameaçou entrar com maiores ações legais em janeiro de 1992.[2]

Os escândalos envolvendo a Tariqa Maryamiyya se deram pela denúncia de um membro descontente com Frithjof Schuon por problemas de relacionamento. Esse membro acusou Frithjof Schuon de fazer exercícios espirituais nos quais os discípulos ficavam nus, um tabu na visão do Islã, onde o recato corporal é sobejamente destacado. Segundo Frithjof Schuon a nudez sagrada tem um papel importante entre os hindus e entre os índios americanos, e a nudez feminina em particular manifesta Lakshmi. Os escândalos fizeram com que houvesse uma desestabilização na Tariqa Maryamiyya. Houve uma ocasião, durante cerimônia realizada por Frithjof Schuon, que uma das dervixes, num estado de embriaguez mística, acabou por retirar a roupa, ato que não foi aprovado, nem desaprovado por Frithjof Schuon.[3]

Referências:

  1. Astrólogo diz que recebe ameaças por ter denunciado atividade de seita. Folha de S. Paulo, 11 de janeiro de 1986
  2. Os xeiques apresentam dois estados. Fonte: Peter Lamborn Wilson. Sacred Drift - Essays on the Margins of Islam. City Light Books, 1996
  3. A Mística Islâmica em Terræ Brasilis: o Sufismo e as Ordens Sufis em São Paulo. Mário Alves da Silva Filho. Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2012