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Kurt Gerstein
Kurt Gerstein (* 11 de agosto de 1905 em Münster, Vestfália-Alemanha; † 24 de julho de 1945 em Paris – França) foi testemunha dos aliados contra a Alemanha. O chamado “Relatório Gerstein” (Gerstein-Bericht) é considerado um indício sem provas da alegada gaseificação de judeus em campos de concentração alemães.
Vida
Kurt Gerstein foi oficial sanitarista durante a Segunda Guerra Mundial e sua passagem pelo periodo nacional-socialista foi atribulada. Em 24 de setembro de 1937 ocorreu sua primeira detenção ao distribuir panfletos por ocasião do dia do mineiro (Tag des Bergmannes), nos quais mencionava-se vagões de trens destinados a cães raivosos e portadores de doenças infecciosas. A polícia encontrou em sua residência material pseudo-religioso a ser remetido para autoridades e personalidades de todo país. Em 14 de julho de 1938 foi novamente detido e encaminhado para o campo de concentração de Welzheim, onde permaneceu somente até setembro do mesmo ano, quando foi liberado devido ao arquivamento do processo.
Em 1941 ingressou por vontade própria na SS. Conforme declarações posteriores, sòmente o fez na intenção de “impedir o pior”.
Aprisionado em julho de 1945 pelos franceses no presídio militar de Cherche-Midi, Gerstein foi encontrado enforcado em sua cela em 25 de julho do mesmo ano. Infortunadamente assim não pôde mais ser interrogado nos processos vindouros contra a Alemanha. Mas a “confissão” em francês foi considerada suficiente e aproveitada sem constrangimentos como “prova dos crimes”.
A "confissão"
Em julho de 1945 Kurt Gerstein foi aprisionado pelos franceses e pouco antes ao seu alegado suicídio elaborou uma "confissão" em idioma francês. Nesta confissão, esquisita e contraditória, informa-se que nos campos de concentração de Belzec, de Treblinka e de Sobibor tinham sido assassinados ao todo 25 milhões ! - de pessoas em câmaras de gás, com inclusive a utilização dos gases de escape de um motor a diesel.
Extrato da "confissão":
- "...Completar bem,(o tanque do motor) tinha ordenado o capitão Wirth. As pessoas nus pisavam-se mutuamente os pés. 700 – 800 em 25 metros quadrados e 45 metros cúbicos ! As portas se fecham...Heckenholt opera o Diesel, cujos gases estão previstos para matar os infelizes. O SS-Unterscharführer Heckenholt se esforça para fazer o Diesel funcionar. Mas ele não pega... Após duas horas e quarenta minutos – O cronômetro registrou tudo – o Diesel inicia..."
- ("...Gut füllen, hat Hauptmann Wirth angeordnet. Die nackten Menschen treten einander auf die Füße. 700 - 800 auf 25 Meter im Quadrat zu 45 cbm! Die Türen schließen sich... Heckenholt ist der Heizer des Diesels, dessen Ausdünstungen dazu bestimmt sind, die Unglücklichen zu töten. SS-Unterscharführer Heckenholt gibt sich einige Mühe den Diesel in Gang zu bringen. Aber er springt nicht an... Nach zwei Stunden und vierzig Minuten - die Stoppuhr hat alles festgehalten - beginnt der Diesel...")
O autor desta "confissão" mostrou-se diligente em seus esforços para "provar" estas "matanças" nos campos de Belzec, Treblinka e Sobibor, mas nesta passagem, seu bom senso o abandonou. Ao máximo cabem 150 pessoas em um cômodo de 25 metros quadrados, e com certeza não 800. E é um mistério como centenas de pessoas conseguem sobreviver em um cômodo herméticamente fechado durante duas horas e quarenta minutos. Nestas condições o motor Diesel não seria necessário, pois as pessoas morreriam asfixiadas em menos de dez minutos. Não obstante estas evidentes mentiras absurdas, o documento da "confissão" foi utilizado como prova no chamado Eichmann-Prozeß em Jerusalém.
Conforme Paul Rassinier existem pelo menos duas versões francesas, de Leon Poliakov, que publicou uma em seu livro Brevier des Hasses, de 1951 e a outra, que com lacunas, foi apresentada no Eichmann-Prozeß. Outrossim a equipe judaica de tradutores do Tribunal de Nürnberg elaborou um relatório minucioso, no qual lê-se:
- "...Eu evitava visitas frequentes aos campos, pois era costume, principalmente no de Mauthausen-Gusen em Linz/Donau, enforcar um ou dois detidos em honra a visitas..."
- („Ich vermied häufige Besuche in den KZ's, weil es üblich war, besonders in Mauthausen-Gusen bei Linz/Donau, zu Ehren von Besuchern einen oder zwei Häftlinge aufzuhängen.“)
A versão em alemão do “Relatório Gerstein” apareceu um mês após o fim de Gerstein. Teria sido encontrado no meio de alguns pertences pessoais no Hotel Mohren em Rottweil, na Alemanha. A versão alemã apresenta-se escrita à maquina e sem assinatura. Por motivos ignorados, a versão ainda teria sido complementada por Gerstein com 10 páginas com “elucidações só de ouvir dizer”, ou seja, de boatos que constariam do material por ele entregue aos agentes dos EUA encarregados do interrogatório.
Literatura
(Em alemão)
- Henri Roques: Die „Geständnisse“ des Kurt Gerstein. (PDF)
- Arthur R. Butz: Der Jahrhundert-Betrug: „Der Gerstein Bericht“ (HTML)
- Carlo Mattogno: Der Gerstein-Bericht. Anatomie einer Fälschung, 1985.