Panzerkampfwagen VI Tiger I

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Tiger I.

O Panzerkampfwagen VI Tiger mais conhecido como Tiger I foi um carro de combate pesado alemão usado pela Wehrmacht durante a Segunda Guerra Mundial. Foi produzido entre Agosto de 1942 até Agosto de 1944 com mais de 1.300 unidades entregues. Foi utilizado em todas as frentes de batalha em que a Alemanha foi envolvida, tendo um desempenho formidável.

Embora muito respeitado pelos inimigos, o Tiger, para a sua produção exigia um grande uso de matérias primas caras e longo tempo de trabalho, que tornava sua entrega lenta. Outro problema era a dificuldade em ser transportado devido à sua largura. O seu alcance não era muito amplo por causa do grande consumo de combustível. Sua produção foi encerrada em favor ao Panzerkampfwagen VI Tiger II, o qual era uma versão melhorada mais econômica e mais rápida de produzir. Um dos mais bem-sucedidos oficiais ao comando do Tiger I foi Michael Wittmann.

Desenvolvimento

O Tiger surgiu de um projeto de construir um tanque médio em 1937 como o sucessor do Panzerkampfwagen IV, porém ficou parado pois ainda não existia a necessidade de um tanque maior. O prejeto voltou a ser realizado após a queda da França, onde os alemães entenderam que embora mecânicamente inferiores, tanto os tanques franceses Char-1-bis como os tanques ingleses Mathilda, eram demasiado blindados para os canhões dos tanques alemães, cujos projecteis pura e simplesmente não conseguiam perfurar a blindagem inimiga, tendo como única opção imobilizar os tanques inimigos tentanto disparar contra as lagartas e a suspensão.

As empresas Henschel e Porsche desenvolveram vários protótipos que foram rejeitados. As empresas foram capazes de colocar a experiência adquirida até à data, em maio de 1941, e o projeto foi alterado para um tanque pesado, com cerca de 45 toneladas de peso. Este tanque pesado deveria ter uma forte armadura e um canhão poderoso.

Protótipos

O VK 4501 (H) por Henschel se baseou em um modelo convencional, incluindo um motor e transmissão directa através de uma engrenagem, a torre foi colocada aproximadamente no centro do veículo.

Já VK 4501 (P) Porsche era baseado em um modelo mais complicado, com dois motores menores, com gerador de energia elétrica, a torre foi localizada no terço anterior do veículo. A torre foi originalmente projetada pela Krupp para o VK 4501 (P), mas foi usada em uma forma ligeiramente modificada no VK 4501 (H). Em 20 de Abril 1942 um protótipo estava pronto, então teve início os testes intensivos. Os tanques Henschel foram escolhidos em julho de 1942 após os testes de manobrabilidade, também devido a uma menor complexidade e maior facilidade de produção.

Em antecipação à escolha final para o projeto do Tiger, Ferdinand Porsche já havia feito construir um total de 100 chassis. Mas como o projeto vencedor foi o Henschel, agora estes chassis estavam sem utilidade. Assim Porsche foi contratado em setembro de 1942 para usá-los em um projeto para um destruidor pesado de tanques, chamado de Panzerjäger Ferdinand.

Início da produção

Linha de produção do Tiger I.

Em agosto de 1942 teve início a produção em série do Tiger I.

Seus pontos fracos foram a sua forma desfavorável, em contraste por exemplo com o T-34 ou o Panther, o Tiger não tinha uma armadura inclinada. Em seguida, o motor em relação ao peso em movimento era fraco, e os primeiros 250 tigers tinham um motor a gasolina com um máximo de 650 bhp, em seguida receberam uma versão melhorada, com um máximo de 700 bhp. As lagartas eram particularmente vulneráveis na Frente Oriental, onde ocasionalmente poderiam congelar acumulando lama e impedindo o movimento do veículo. Os altos custos de produção e à alta demanda por matérias primas de qualidade em relação à situação de deterioração de alimentos por causa da guerra representou uma grave desvantagem.

Interior do Tiger I.

Outro problema foi a largura excessiva do Tiger, de modo a ser transportados em trens especiais. O peso deste carro de combate (56,9 t) tornou muitas pontes intransitáveis para o Tiger, que o colocava em uma situação de emergência quando era obrigado a cruzar rios sem pontes. Por esta razão, nos primeiros 495 exemplares todas as portas, escotilhas e a torre eram vedados com borracha a prova d'água. Na parte de trás, por cima do motor, havia uma entrada de ar, a qual proporcionava ar ao interior e ao motor. Assim, a profundidade de imersão pode ser aumentada para mais de quatro metros. A partir de 1943, devido à escassez de materiaise o desgaste elevado das borrachas de vedação, foi eliminada a exigência. Sem esta característica, o Tiger poderia no entanto, passar por rios com profundidade de até 1,3 metros sem quaisquer problemas.

Os Tigres teve uma transmissão semi-automática com oito marchas para frente e quatro marchas ré. Ele não era controlado por alavancas, mas por um volante. Assim, foi fácil de dirigir e ofereceu ao mesmo tempo bastante espaço para a tripulação, pelo qual, além do fator segurança, se tornou popular entre as tripulações.

Entrada em uso

Tiger I.

Adolf Hitler pediu um envio rápido do Tiger I para a linha de frente, de modo que em 29 Agosto de 1942, os primeiros quatro tanques ainda não completos foram transportados por trem ao Batalhão Panzer Pesado 502 na área do Grupo de Exércitos Norte em Mga, a sudeste de Leningrado.

No uso destas primeiras quatro unidades houve falhas graves. Houve problemas técnicos, e as tripulações e infantaria que o acompanhavam ainda não estavam familiarizados com o novo dispositivo. O primeiro ataque ocorreu em circunstâncias inadequadas, em que três dos quatro Tigres I ficaram fora de operaçã por causa de problemas técnicos no motor, transmissão e direção, mas tudo poderia ser recuperado e reparado. Na segunda aplicação destes, em meados de setembro 1942 todos os quatro Tiger I foram danificados ou ficaram presos no terreno pantanoso. Um deles não poderia ser recuperado e, após a remoção de todas as partes removíveis foi explodido. No entanto, os tanques Tiger I passaram rápido por esta dura prova e os seus benefícios foram os mais temidos pelos aliados entre os tanques de guerra alemães.

Devido ao alto custo de fabricação e ao baixo número de Tiger entregues, as equipes eram formadas exclusivamente por tripulantes experientes que passaram por um treinamento especial completo. Somente quando estes eram capazes de controlar todos os detalhes do Tiger, eram enviados para o campo.

Especificações

  • Fabricante: Henschel
  • Tripulação: 5
  • Comprimento: 6,29 m (Incluindo canhão: 8.45 m)
  • Largura: 3,7 m
  • Altura: 2,93 m
  • Motor: Maybach HL 230 P 45 - 12 cyl
  • Velocidade máxima: 38 Km/h
  • Tanque de combustível: 534 litros
  • Autonomia máxima: 140 km

Referências bibliográficas

  • Carius, Otto. Tigers in the Mud - The Combat Career of German Panzer Commander Otto Carius. Mechanicsburg, PA: Stackpole Books. ISBN 978-0-8117-2911-6.

Ligações externas