Nacional-Comunismo

Da wiki Metapedia
(Redirecionado de Nacional Comunismo)
Ir para: navegação, pesquisa

O Nacional-Comunismo é uma ideologia que defende abertamente a violência revolucionária e promove a interconexão dos desejos e das necessidades morais, políticas e econômicas de libertação nacional e de socialização dos meios de produção em favor dos próprios produtores: os operários e o proletariado em geral, os camponeses, os pequenos fabricantes, comerciantes e prestadores de serviços.

A Revolução Nacional-Comunista

Os Nacional-Comunistas entendem que "as Revoluções" Nacional e Comunista não se opõem, mas antes, se complementam e realizam-se mutuamente – garantem, pois, a completude uma da outra, ao mesmo tempo e sob as mesmas circunstâncias.

Há, pois, nesse entendimento, apenas uma única Revolução Nacional-Comunista por se fazer. Não entendem, pois, a "Revolução Nacional" como uma mera etapa, anterior à "Revolução Comunista"; entendem, isso sim, sua complementaridade imediata e recíproca.

O Nacional-Comunismo caracteriza a "Revolução Nacional": por negação – antiimperialista e anticapitalista (por oposição ao capitalismo imperialista internacional) –; por afirmação – libertadora e nacionalizante (pela garantia da soberania nacional, pela nacionalização dos negócios e das propriedades estrangeiras – por estatização). De que adiantaria 'nacionalizar' os negócios e as propriedades estrangeiras em solo pátrio, se fosse para entregá-las aos aliados 'nacionais' do capitalismo imperialista internacional – as oligarquias burguesas e latifundiárias?

E caracteriza a "Revolução Comunista": por negação – anticapitalista e antioligárquica (por oposição ao capitalismo imperialista internacional, ao capitalismo e ao latifúndio oligárquicos 'nacionais') –; por afirmação – socializante e nacionalizante (pela socialização dos sistemas bancário e financeiro em geral, dos meios de produção coletiva – as grandes e médias fábricas, os latifúndios, as grandes e médias propriedades rurais –, dos sistemas de transporte coletivo – empresas de transportes rodoviários, ferroviários e de aviação – e dos grandes imóveis urbanos – por estatização e sem indenizações aos 'proprietários' oligárquicos: para e num Estado Nacional e Popular).

Caracteriza, assim, a Revolução Nacional-Comunista: por negação – antiimperialista, anticapitalista e antioligárquica –; por afirmação – socializante, libertadora e nacionalizante. Uma só Revolução, a mais completa, a que tem e terá a audácia moral e histórica de propugnar este enfrentamento: dessa magnitude necessária à derrota do imperialismo e das oligarquias, à vitória das massas produtoras do Brasil e da América Latina, à nossa vitória.

O apoio internacional revolucionário

O Nacional-Comunismo afirma que em nossa época, a época do capitalismo imperialista internacional, a Revolução Nacional-Comunista não pode fazer-se vitoriosa e completa se ficar no isolamento em nível internacional; vale dizer, a Revolução Nacional-Comunista não triunfará sobre o imperialismo e sobre as oligarquias 'nacionais' enfrentando-os isoladamente, apenas, sem um apoio mútuo em relação a outros povos, os que enfrentarem nosso mesmo inimigo. Lembram que o imperialismo tem a ONU e a OEA [entre tantas outras organizações de 'representação' internacional] para escudá-lo, a OTAN e os "capacetes azuis" para ferir-nos e a OMC, o FMI, a ALCA e os G-'tantos' para lucrar com nossa exploração.

Por isso tudo, propugnam a formação de várias e vastas Frentes Antiimperialistas Internacionais, que congreguem e coordenem esforços revolucionários de apoio mútuo – esforços populares, nacionalistas e comunistas – nos cinco continentes habitados.

Essa solidariedade internacional revolucionária, de que falam, não deverá nem poderá ser entendida como mero 'internacionalismo', conforme o entendimento de alguns revolucionários marxistas, e sim como uma estratégia da Revolução Nacional-Comunista – por quê não nos solidarizaríamos uns com outros e contra um só inimigo, se este investe contra nós e contra aqueles outros, contra nossa Nação e contra outras, se esse inimigo é... internacional?

A guerra revolucionária

Os Nacional-Comunistas entendem a Revolução Nacional-Comunista num amplo espectro social, como num conjunto de ações que atinjam toda a sociedade: na economia, na política e na cultura.

Sendo assim, entendem que sem moral e cultura revolucionária não haverá socialismo nem libertação nacional. Logo, a guerra revolucionária será e está precedida e acompanhada, em suas ações militares, de combates ideológicos que dizem respeito, principalmente, à disciplina revolucionária dos próprios combatentes e à sua relação com as massas e com os demais revolucionários socialistas e nacionalistas.

Defendem, porém, em contrário aos 'socialistas', 'comunistas' e 'nacionalistas' que aceitam a legalidade democrática das oligarquias e do imperialismo (e que dela participam satisfeitos e ativamente), que o socialismo e a libertação nacional somente serão criados e garantidos, em última e definitiva instância, por ações militares.

Assim, a guerra revolucionária é e será, pois, necessariamente militar – mas seu caráter cultural o Nacional-Comunismo considera irrecusável e imprescindível.

Afirma, pois, que a estratégia da guerra revolucionária, para o Brasil, deverá exigir, enfim, o reconhecimento e o apoio mútuos entre socialistas e comunistas revolucionários, e destes para com nacionalistas revolucionários, e o reconhecimento das experiências históricas de nossos irmãos latino-americanos.

Desse modo, a guerra revolucionária, no Brasil, deverá considerar uma estratégia militar de guerrilha, rural e urbana, na preparação de uma insurreição popular; como táticas, deverá considerar a agitação e a propaganda acerca das lutas de nosso povo, no passado e no presente, das lutas da guerrilha em outros países, o estabelecimento de relações de respeitosa camaradagem entre os diversos revolucionários brasileiros e a defesa do estabelecimento de frentes revolucionárias nacionais e latino-americanas.

Afirmam tudo isso abertamente, pois os Nacional-Comunistas entendem que o 'secretismo', que assola tantos dos revolucionários brasileiros, não é mais do que uma manifestação de 'esperismo', o que demonstra, enfim, uma desconfiança dogmática e sectária desses revolucionários em relação às massas populares do Brasil. Bem entendido, não questionam a moral desses camaradas revolucionários, muitos dos quais respeitam profundamente; discordam, porém, de suas táticas.

Os Nacional-Comunistas costumam lembrar como o maior líder guerrilheiro do Brasil já havia resumido sua tarefa histórica: "O conceito teórico pelo qual nos guiamos é o de que a ação faz a vanguarda." "O que une os revolucionários brasileiros é desencadear a ação, e a ação é a guerrilha." – Carlos Marighella.

Consulte também