Movimento Nacional-Socialista Chileno

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O Movimento Nacional-Socialista Chileno foi um movimento político nacional-socialista que atuou no Chile na década de 1930.

Fundação do MNS

Jorge González von Marées discursa às tropas Nacistas de Assalto

A 3 de abril de 1932 foi fundado o Movimento Nacional-Socialista Chileno (MNS). Os seus principais dirigentes foram o advogado Jorge González von Marées e o economista Carlos Keller Rueff. Nascia assim o movimento político que haveria de ser conhecido por Nacismo.

Ideologicamente inspirado no Nacional-Socialismo e no Fascismo o MNS espelhava um nacionalismo aguerrido e um socialismo não-marxista baseado no trabalho como valor essencial e na união das classes sociais.

O seu símbolo era a chamada bandeira da pátria velha, bandeira com três faixas horizontais de cor azul, branco e amarelo, a qual exibia no seu centro um raio ascendente de cor vermelha.

À semelhança dos movimentos nacionalistas da época também os militantes do MNS envergavam um uniforme composto por uma camisa cinzenta escura.

Os seus principais meios de propaganda eram a revista “Acción Chilena” e a publicação quinzenal “Trabajo”.

Organização

O MNS conseguiu nos momentos imediatos à sua fundação granjear uma grande adesão popular oriunda da classe média e do operariado. O MNS era composto por várias organizações paralelas que visavam preencher todos os sectores da sociedade chilena. Os nacistas, designação pela qual ficaram conhecidos os membros do MNS, criaram o Corpo Voluntário do Trabalho que praticava trabalhos sociais em bairros e povoações. A par desse criaram-se outras estruturas tais como o Grupo Dador de sangue, as Brigadas Femininas, o Grupo Nacista Universitário, a Juventude Naconal Socialista, o Roupeiro do Povo, organismo encarregado de confecionar e recolher vestuário para os cidadãos necessitados. Há também que acrescentar a essas organizações do MNS as Tropas Nacistas de Assalto, cuja missão era a de protejer os membros do MNS e dissuadir tanto a direita reaccionára como os comunistas a não atacarem as sedes do movimento. Vários combates de rua fizeram quatro mortos entre as fileiras do MNS. Em 1935 o MNS contava por todo o país com cerca de 20.000 militantes.


Actividade eleitoral

No ano de 1937 o MNS participa nas eleições parlamentares, obtendo 3 lugares no parlamento: Jorge González Von Mareés por Santiago, Guarello Fritz Henry por Valparaíso, Gustavo Vargas por Temuco.

No congresso os nacistas apresentaram os projectos de Voto femenino, a criação de corporações de reconstrução e fomento, imposto extraordinário para as empresas de cobre norte-americanas fixadas no Chile, a suspensão do pagamento da dívida externa.

Uma história escrita a sangue

Os nacistas entrincheirados no Seguro Operário rendem-se aos carabineiros

Nas eleições presidenciais de 1938 o MNS apoiou a candidatura do General Carlos Ibáñez del Campo.

A 4 de setembro desse ano teve lugar uma das maiores manifestações da época, em que se concentraram mais de 100.000 pessoas, tendo ficada conhecida como “A marcha da Vitória”. Porém, no dia seguinte, o MNS envolve-se numa tentativa de golpe de estado, o qual resulta num banho de sangue para as fileiras nacistas que viram 51 militantes serem assassinados no massacre do Seguro Operário, local onde se haviam entrincheirado.

Rene Balart Contreras, historiador chileno, relata os acontecimentos desse dia fatídico da seguinte forma: Às 17:30 horas o carabineiro que estava de escala, de acordo om as ordens recebidas, ajoelha-se e aperta o gatilho da sua metralhadora. Durante os cinco minutos seguintes todas as armas policiais disparam sobre os rendidos. Foi um assasinato massivo, cruel e cobarde. Com gritos de terror, uns, e gritando as suas palvras de ordem partidárias, outros, (perdura a frase que Pedro Molleda Ortega dirigiu aos seus companheiros: “Não importa, camaradas, porque o nosso sangue salvará o Chile!”), todos murreram, sendo depois repassados com disparos e/ou golpes de sabre.

O fim do MNS

No início do verão de 1939, num congresso de dirigentes, o MNS passa a denominar-se Vanguarda Popular Socialista, significando isso uma viragem à esquerda, facto que conduziu ao afastamento de grande parte dos seus militantes e a sua posterior dissolução.


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