Marquês de Pombal

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Sebastião José de Carvalho e Melo, filho de Manoel de Carvalho e Ataíde, fidalgo de província e Teresa Luisa de Mendonça e Melo, descendente de fidalgos estabelecidos no Brasil, nasceu em Soure (próximo a Pombal) em 13 de maio de 1699 e faleceu em Pombal em 8 de maio de 1782. Foi um dos mais importantes representantes do despotismo esclarecido.

Sebastião de Melo estudou direito em Coimbra e serviu no exército por pouco tempo, até 1735. Casou-se com Teresa de Mendonça e Almada, que faleceu em 1737. Viúvo, casou-se com Dona Eleanore Ernestina, com quem teve 5 filhos.

Carreira diplomática

Em 1738 foi embaixador em Londres. Em 1745 foi enviado a Viena onde permaneceu até 1750, quando retornou a Lisboa, pouco antes da morte de D.João V. O novo rei, D.José I nomeou-o imediatamente ministro de Negócios Estrangeiros. Em 1755 já era primeiro-ministro do Reino. Em 1759 foi nomeado Conde de Oeiras e em 1790 Marques de Pombal.

Os benefícios que Pombal proporcionou a Portugal foram imensos. Demarcou a área destinada a produção de vinho do Porto, o que melhorou a qualidade do vinho e liberou terras para a agricultura. Reestruturou a Universidade de Coimbra, reorganizou exército e marinha. Decisivas foram as reformas na economia e finanças, com a criação de companhias e associações corporativas e a reforma do sistema fiscal. Quando em 1755 Lisboa e arredores foram destruídos por violento terramoto,Sebastião de Melo se empenhou na reconstrução rápida, para que a nova cidade ficasse mais segura e mais bonita.

Foi rigoroso em sua gestão, impondo a lei para todas as classes.

A Expulsão dos Jesuítas

O rei mantinha um relacionamento amoroso com a jovem esposa de um Marquês de Távora. Costumava visitá-la à noite, na carruagem de seu camareiro Teixeira, que além de Pombal, sabia do namoro do rei. Quando em 3 de setembro de 1758 retornava do encontro, houve tiros na direção da carruagem, numa região solitária e o rei foi ferido no braço. Possivelmente o ataque era destinado mesmo a Teixeira, que já tinha sido ameaçado de morte pelo Duque de Aveiro. Mas Pombal aproveitou-se situação, e como acreditava que a maioria da nobreza e os jesuítas eram conspiradores, achou provas e indícios para derrubar o Duque de Aveiro e os Távora e destruir os jesuítas. Mandou prender, além dos citados, muitos membros da nobreza, e jesuítas. Instituiu dois tribunais, um contra os jesuítas e outro contra a nobreza, nos quais ele próprio era o acusador e principal juiz e proferiu a sentença de morte em 12 de janeiro de 1759 contra o Duque de Aveiro, os Távora e mais alguns. Já no dia seguinte foi executada a sentença de maneira oprobriosa e cruel. O cadafalso e os corpos foram queimados e as cinzas jogadas ao mar. Em 3 de setembro de 1759 os jesuítas foram expulsos de Portugal e colônias e seus bens confiscados.

Reformas

Em 1760 libertou Portugal dos tribunais de Nunciatura, com a expulsão do núncio papal Acciajuoli, enfraquecendo a influência do Papa e obtendo direitos importantes em assuntos clericais para o rei.

Em 1761 Portugal foi atacado pela França e Espanha. Pombal ofereceu ao Conde de Schaumburg-Lippe o comando geral sobre as tropas aliadas britânicas e portuguesas. O conde atendeu ao chamado em 1762 e conseguiu frustrar uma invasão espanhola na chamada "Guerra Fantástica" e preservar a independência portuguesa. A guerra terminou com o Tratado de Fontainbleau. Pombal apoiou o Conde de Schaumburg-Lippe que fundou uma escola de guerra e artilharia e reformou o exército português. Pombal também fortaleceu através de reformas a marinha e o comércio. Infelizmente a maioria de suas iniciativas se perderam após a morte de D.José I em 1777. Sua filha Maria Francisca Isabela, muito ligada a nobreza e inimiga de Pombal demitiu-o logo no início de seu reinado, baniu-o da corte e só por piedade permitiu que ele se refugiasse em sua propriedade em Pombal. Incitada pela nobreza restabeleceu o poder do Papa, libertou todos os presos políticos e anulou a maioria das iniciativas de Pombal. O número de adeptos de Pombal foi-se reduzindo, seus inimigos recebiam os melhores cargos. A rainha enviou-lhe dois juízes que durante o inverno de 1779 a 1780 tinham que interrogá-lo diariamente durante meses. Não foi revelado o conteúdo dos interrogatórios, mas foi proclamada uma sentença de reprovação. Mais dolorosa lhe foi a revisão do processo que condenou ou executou em 13 de janeiro de 1759 diversas pessoas, que agora em 1781 foram declaradas inocentes e cujos parentes recebiam de volta todos os bens e títulos.

Pombal morreu em 8 de maio de 1782 com a idade de 83 anos.

Referências

Der Grosse Brockhaus, 1952

Brockhaus Conversations-Lexikon, 1809