Eva Braun

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Eva Braun

Eva Anna Paula Hitler (sobrenome de solteira Braun) (* 6 de fevereiro de 1912 em Munique, Alemanha); † 30 de abril de 1945 em Berlim), foi companheira de Adolf Hitler por muitos anos. Casaram-se quando Berlim já estava sendo invadida por tropas soviéticas no fim da Segunda Guerra Mundial.

Vida

Eva era a segunda de tres filhas de Friedrich ("Fritz") Wilhelm Otto Braun, e de Franziska Katharina, nascida Kranburger. O pai era da confissão evangélico-luterana e no casamento prometera criar seus filhos na fé católica, prática comum na Baviera, com uma mãe católica. Eva cresceu portanto no ambiente de uma familia de funcionário público, que com tres filhas certamente não podia acumular riquezas, mas não chegava a passar necessidade. Em 1914 Fritz Braun alistou-se, lutou em Flandres. Em casa, Fanny Braun costurava uniformes para ajudar na renda familiar. Quando chegou à idade de ir para a escola, Eva foi morar com os avós em Geiselhöring e aprendeu a ler e escrever em uma escola religiosa próxima.

Quando a guerra terminou e Fritz Braun voltou para casa, Eva também voltou para junto dos pais e irmãs e foi à escola em Munique. Em 1928 Eva deixou o Liceu e ingressou num curso profissionalizante promovido em Simbach pelo Instituto da Sagrada Virgem Maria, em latim Institutum Beatae Mariae Virginis, IBMV, uma congregação católica fundada pela inglesa Mary Ward. Voltou a Munique em 1929 com um diploma de conclusão de curso de contabilidade comercial. Encontrou emprego no consultório de um ginecologista, Dr. Gunther Hoffmann, na Theresienstraße,. Sua irmã Ilse também estava empregada no consultório de um otorrinolaringologista, Dr. Martin Levi Marx, também de fé mosaica, como seu colega Dr. Hoffmann. Após tres ou quatro meses Eva estava farta da antessala, jaleco e dos pacientes. Outra tentativa como datilógrafa também fracassou. Fritz Braun finalmente procurou o proprietário de uma loja de fotografia. Assim, Eva foi empregada na firma "Heinrich Hoffmann, Kunstphotographie", na Schellingstraße 50, cuidando da contabilidade e ajudando no laboratório, pois gostava muito disso. Foi no atelier de Heinrich Hoffmann que Eva foi apresentada a Adolf Hitler, que ficou encantado. Sempre que vinha à loja do fotógrafo fazia elogios a Eva, e eventualmente trazia flores ou bombons.

A companheira

Poucos dias após o grande acontecimento em Berlim, 30 de janeiro de 1933, quando Hitler se tornou chanceler da Alemanha, Eva festejava sua maioridade, em 6 de fevereiro de 1933. Hitler presenteou-a com um conjunto de jóias, anel, brincos e pulseira, cravejados de turmalinas. Ficaram sendo suas jóias favoritas até o fim. Entretanto, embora a relação entre Eva e Hitler fosse intensa, não era visível ao público. Apenas poucas pessoas mais chegadas tinham conhecimento. Para Eva os tempos não foram fáceis. Muitas vezes passava longos períodos, até meses, sem vê-lo. Hitler estava empenhado num trabalho descomunal, a reedificação da Alemanha.

No dia 30 de março de 1936 as irmãs Eva e Gretl (Margarete) mudaram para a casa que Hitler comprara para Eva, na Wasserburgstraße, 12, em Munique. Eva não precisava mais trabalhar na loja de fotografia, foi nomeada secretária particular de Hitler. No entanto, nem aqui o via com frequência. Embora Eva desfrutasse agora de maior liberdade e privacidade, recebendo visitas de amigos e parentes, o lugar realmente preferido, onde sentia-se feliz era na casa em Obersalzberg, onde Hitler estava em casa, onde havia aconchego e onde Eva podia ser dona de casa. Para Eva, aquela casa significava vida, o lar, ainda que mesmo aqui tinha que se esconder vez ou outra. Mantinha distância de todas as pessoas que circundavam Hitler, e o que para muitas pessoas parecia arrogância, não passava de acanhamento. À maioria dos visitantes não ficava claro o papel da jovem dama loira, que à mesa sempre sentava ao lado esquerdo do Führer.

Eva tinha uma personalidade jovial, festiva, gostava de esportes, de se vestir bem, era excelente fotógrafa e filmou muitas cenas familiares e com Hitler. Aos poucos foi fazendo amizade com as mulheres dos colaboradores mais próximos do Führer, como Magda Goebbels, Emmy Göring, Gerda Bormann, e outras, e sempre mantendo contato cordial com suas amigas de longa data, como principalmente Herta Schneider.

A guerra

Durante a guerra Eva encontrava Hitler menos ainda que antes. Vez ou outra acompanhava a amiga Herta a Berlim, onde ficava alguns dias. Com o recrudescimento da luta Eva resolveu não ficar à parte, inativa, e retomou seu trabalho na loja de fotografia. Hitler telefonava a cada dois dias. Sempre que possível lhe escrevia e mandava presentes, sempre acompanhados de algumas palavras carinhosas, que para Eva valiam mais que os presentes.

Eva vivenciou em 1943 bombardeios em Berlim e Munique. Sua própria casa foi atingida. Quanto mais a situação se agravava, mais Eva desejava viajar para Berlim. Chegou à capital em 21 de novembro de 1944. Quando Hitler foi dirigir a Ofensiva das Ardenas (Ardennenoffensive) Eva voltou para casa. Retornou a Berlim em 19 de janeiro de 1945 com sua irmã Gretl para ficar próxima a Hitler. Voltou a Munique no início de fevereiro e celebrou seu 33º aniversário em pequeno círculo. Estava decidida a voltar a Berlim, apesar da ordem estrita de Hitler de permanecer no Berghof. Não está bem claro como e quando ela chegou em Berlim, final de março ou início de abril. Passou a viver no Bunker, a muitos metros no subsolo. No início ainda era possível subir à superfície em alguns momentos, para tomar um pouco de ar fresco. Acampanhava-a a Sra. Traudl Junge, uma das tres secretárias de Hitler, e passeavam um pouco no jardim da Chancelaria.

No dia 20 de abril, aniversário do Führer, não houve celebração. As tropas soviéticas tinham chegado à Floresta do Spree. Os dias seguintes foram caóticos. A resistência contra o avanço dos russos era desesperada. Quanto mais o cerco se fechava mais feroz era a luta dos soldados alemães. Jovens de 14 a 16 anos, armados apenas com panzerfaust faziam frente aos carros de combate soviéticos, lutando como veteranos, desprezando a morte. Na batalha por Berlim os russos perderam 800 carros de combate.

O fim

Na noite de 29 de abril, na presença das testemunhas Goebbels e Bormann foi realizado o casamento de Eva Braun e Adolf Hitler. Dia 30 de abril, às 15 horas, o casal se despediu dos que ainda ocupavam o Bunker e se retirou. Ecoou um tiro. O SS-Adjutant Otto Günsche, que ficara de guarda à porta anunciou: "O Führer está morto". Hitler estava sentado no lado esquerdo do pequeno sofá, com sangue escorrendo das têmporas. Eva a seu lado, a cabeça apoiada no ombro dele. Envenenara-se.

Fonte

Johannes Frank: Eva Braun (Verlag K.W. Schütz - Preussisch Oldendorf)