Elly Beinhorn

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Elly Rosemeyer-Beinhorn

Elly Rosemeyer-Beinhorn (* 30 de maio de 1907 em HannoverAlemanha, † 28 de novembro de 2007 em Ottobrunn – ibidem), foi uma famosa aviadora do séc XX. Pioneira da aviação, estabeleceu nos anos 30 vários recordes de vôos a distância.

Formação

Elly Beinhorn nasceu como filha única em uma família de comerciantes de Hannover. Frequentou o Schiller-Lyceum. Uma palestra do aviador Hermann Köhl a fascinou tão profundamente que matriculou-se na escola de aviação esportiva em Berlin-Starke. Nos primeiros meses de 1929 obteve o brevê de piloto amador. Seguiram o brevê para vôos acrobáticos pela escola de aviação de Würzburg, a autorização para vôo por instrumentos, o brevê especial B-1 para aparelhos monomotores terrestres, e por último o brevê para pequenos aviões marítimos.

Familia

Em 1936 casou-se com o piloto Bernd Rosemeyer, campeão em diversas categorias de competições automobilísticas durante os anos 30. Após apenas dois anos de casamento, e com um filho de 2 meses de idade, Bernd acidentou-se fatalmente numa prova de velocidade a 450 km/h.

Em 1941 Elly casou-se novamente e deu à luz uma filha, batizada de Stefanie.

Vôos

Em 1931 Elly partiu para seu primeiro grande vôo solo, com mais de 7.000 km de extensão e destino a Guiné-Bissau na África. No retorno em direção a Timbuktu teve de realizar um pouso de emergência. Sobreviveu com a ajuda dos Songheis, nativos que desconheciam o homem branco. Realizou uma marcha de quatro dias pelo deserto e conseguiu voltar são e salva à Alemanha. Declaração de Elly: "Meu pouso de emergência provocou mais manchetes que as maiores façanhas aéreas".

Vôo em torno da terra

Em 04 de dezembro de 1931, a aviadora, então com 24 anos, partiu para o novo desafio de um vôo solitário em torno da terra. O vôo realizou-se sobre o sul da Ásia até Port Darwin na Austrália. De lá seguiu por navio até o Panamá. Do Panamá novamente voou com sua aeronave Klemm (produzido pela Leichtflugzeugbau Klemm GmbH) sobre as cordilheiras dos Andes até Buenos Aires, onde chegou em 23 de julho de 1932.

Vôos à Africa e América do Sul

Após ter sido homenageada em abril de 1933 por Paul von Hindenburg com a Taça-Hindenburg (Hindenburg-Pokal), a aviadora seguiu a realizar, com a aeronave esportiva modelo Klemm, vôos solo à América Central e do Sul, e às então colônias alemãs na Africa do Sul.

Recordes após 1934

Tendo em vista a 4ª. edição da competição aeronáutica Europa-Rundflug em 1934, a industria aeronáutica alemã desenvolveu modelos esportivos mais potentes, que possibilitaram a Elly enfrentar novos desafios. Assim, com um aparelho Messerschmitt Bf 108, realizou vôos de longa distância a Instanbul, Damasco e Cairo. Em 1935, com o modelo Messerschmitt Me 108 "Taifun", fez um vôo de Gleiwitz na Silésia para Skutari, no Bósforo, com retorno para Berlim, totalizando 3.470 km voados em 13,5 horas.

Pós-Guerra

O reconhecimento e o mérito de suas realizações superaram a guerra e os antagonismos políticos. Logo após o final da guerra, aviadores franceses a convidaram para vôos em planadores, e em 1951 logrou reconquistar seus brevês de piloto. A partir de então passou a voar em toda Europa, da Finlândia, até o Norte da Africa, realizando trabalhos jornalísticos.

Após o cancelamento da proibição de vôos imposta à Alemanha após a guerra, Elly passou a participar com destaque em diversas competições aeronáuticas.

Em 1979, com 72 anos de idade, Elly encerrou sua atividade de piloto. Tinha alcançado 5.000 horas de vôo, em sua maioria solitários

O Aero Club da Alemanha homenageou Elly, elegendo-a membro honorário. Sempre simples e despretensiosa, recebeu o reconhecimento diversas homenagens pelo seu pioneirismo e sua divulgação da atividade feminina na aviação. Alte Adl Elly foi também membro da união tradicionalista Alte Adler e.V. , associação formada por personalidades de destaque em torno da aviação e aeronáutica, como pilotos civis ou militares, pesquisadores, construtores, professores, publicistas e incentivadores.

Morte

Elly Beinhorn faleceu aos 100 anos de idade. Foi velada em 01 de dezembro de 2007 em Munique e está sepultada no cemitério Waldfriedhof Dahlem em Berlim, ao lado de seu esposo Bernd Rosemeyer.

Obras

  • Mein Mann, der Rennfahrer. Der Lebensweg Bernd Rosemeyers. Deutscher Verlag, Berlin 1938.
  • Mein Mann, der Rennfahrer. Bardtenschlager, Reutlingen 1955, Herbig, Berlin 1983, 1987, ISBN 3-7766-1456-0
  • Ich fliege um die Welt. Ullstein, Berlin 1952, 1975.
  • Madlen wird Stewardess. Jugendbuch. Deutscher Verlag, Ullstein 1954, 1955.
  • Fünf Zimmer höchstens! Heitere Geschichten. Schneekluth, Darmstadt 1955.
  • Ein Mädchen und fünf Kontinente. Hobbing, Essen 1956.
  • So waren die Flieger. Koehler, Herford 1966.
  • Alleinflug. Mein Leben. Autobiografie. Langen-Müller, München 1977, Herbig, München 1981, 2007, ISBN 3-7766-2522-8

Realizações

  • 1931 – Vôo solo de 7.000 km à África
  • 1932 – Volta ao mundo
  • 1933 – Vôo transafricano
  • 1934 – Recorde : volta ao mundo em vôo solitário
  • 1935 – Recorde : dois continentes em 24 horas
  • 1936 – Recorde : três continentes em 24 horas

Homenagens

  • Fliegerkreuz von Peru (1932)
  • Goldene Nadel – Aero-Club Deutschland (1953)
  • Goldenes Abzeichen (distintivo em ouro) do bayrischen königlichen Luftsportverbandes (1970)
  • Pionierkette der Windrose (1975)
  • Bayerischer Verdienstorden (Ordem de mérito da Bavária) (1988)
  • Bundesverdienstkreuz Erster Klasse (Cruz de mérito I classe) (1991)
  • Selo postal comemorativo (2010) )[1]

Notas de rodapé

  1. Selo „75 Jahre Rekordflug Elly Beinhorn“, criação de Klein & Neumann de Iserlohn. 1ª distribuição em 12 de agosto de 2010. (Correio alemão)