Procedi a algumas emendas, umas de teor gramatical e outras em abono do rigor histórico. O artigo inicial dava ideia de que foram os skinheads que mataram José Carvalho, o que é de todo improvável, já que foi a faca de um militante do PSR (que tinha dívidas de droga a José Falcão) que apareceu tinta de sangue da vítima e não o canivete de Pedro Grilo, tal como consta no processo. Sobre o poder efectivo de JLPH no PNR, recorde-se a reunião em que se decidiu quem iria ser o cabeça de lista desse partido às eleições europeias (2004), presenciada por vários militantes, na qual JLPH afirmou desejar ser ele o número um, o que não conseguiu por ter sido preterido em favor de Paulo Rodrigues. Recorde-se também que JLPH nunca elaborou nem teve poderes de aprovação (só enquanto membro da direcção) de qualquer programa eleitoral do PNR (não fez parte das comissões para as eleições autárquicas de 2001 - Cruz Rodrigues, Miguel Jardim, Francisco Múrias, João Marchante e Pedro Gray -, legislativas de 2002 - Paulo Rodrigues, João Franco, Miguel Jardim -, europeias de 2004 - João Franco, Paulo Rodrigues, Duarte Branquinho, José António Pombal - ou legislativas de 2005 - João Franco, Duarte Branquinho, João Catarino e um tenente-coronel da força aérea que era professor na Universidade Lusíada, cujo nome me falha). O poder de JLPH nesse partido prendia-se assim mais com a parte financeira e logística do que com a parte política, resultando abusivo afirmar que era ele quem detinha o poder efectivo na sua Direcção.
