Centro de Mídia Independente

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O Centro de Mídia Independente, também chamado de Indymedia e de CMI Brasil, funciona no Instituto de Cultura e Ação Libertária, em São Paulo. Segundo Pablo Ortellado, em declaração ao Sindicato de Jornalistas do Paraná:

"Desde o dia 21 de abril do ano passado, quando o FBI entrou com um processo pedindo os logs que permitiriam identificar os 1 milhão e meio de acessos que a rede CMI teve e que acabaria com o direito à privacidade dos nossos usuários, decidimos não mais registrar os acessos. A história do motivo pelo qual o FBI pediu os logs é longa, mas basicamente ela foi motivada por uma matéria que tornava público o esquema de segurança durante os protestos de Quebec contra a Cúpula das Américas que iria discutir a Alca. Se entregássemos os logs, e tivemos uma batalha judicial para impedir isso, o governo americano saberia exatamente quem acessou qual das nossas matérias e a que horas. Seria um atentado enorme contra a liberdade dos usuários. Por esse motivo não registramos os logs. Porém, durante os protestos em Gênova em julho do ano passado tivemos um problema com o software e registramos os logs por algumas horas. Fazendo um pouco uma projeção com os dados antigos e o que soubemos em julho, o CMI Brasil tem uns 3 mil acessos diários e uns mil usuários e durante as crises esse acesso triplica ou quadruplica. Na rede global, são uns 600 mil acessos e 100 mil usuários, boa parte concentrada no site global que é administrado por um coletivo internacional. Mas, em tempos de crise, o número pode subir para até um milhão de usuários."[1]


O CMI Brasil apoia grupos como o Black Bloc e o Okupa.

Coletivo Saravá (www.sarava.org)

Elisa Ximenes em 2013

Elisa Ximenes, socióloga, integrante do Centro de Mídia Independente (midiaindependente.org), versão brasileira do Indymedia (indymedia.org),[2][3] revelou que faz parte do Saravá (sarava.org), projeto que cria ferramentas livres de comunicação e oferece infraestrutura tecnológica para movimentos sociais e para o Centro de Mídia Independente.

Processos judiciais

O Ministério Público Federal apreendeu dois discos rígidos do servidor do Grupo Saravá em 28 de abril de 2014, porque existe um processo judicial, em segredo de justiça, contra a Rádio Muda, uma rádio comunitária (rádio pirata) mantida no interior da torre da caixa d'água da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) há mais de 30 anos.

Segundo Elisa Ximenes, que integra o coletivo, a apreensão foi feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde está localizado o servidor do Coletivo Saravá, que hospeda a plataforma radiolivre.org, que inclui a muda.radiolivre.org.[4]

O Grupo Saravá alega que não hospeda apenas a rádio livre, mas diversos projetos de pesquisa e de extensão, relacionados a Unicamp e a outras universidades públicas brasileiras.[5]

Referências

  1. [1]
  2. Vigilância na internet é paranoia ou realidade?. Estado de Minas, 7 de novembro de 2013
  3. CMI: o coletivo que fundou o ativismo digital. Revista Galileu, 25 de setembro de 2013
  4. MPF sequestra dados do Grupo Saravá. SPressoSP, 28 de abril de 2014
  5. Servidor do Grupo Saravá pode ser apreendido. Portal Fórum, 26 de abril de 2014