José Luís Paulo Henriques

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José Luís Paulo Henriques é um político nacionalista português.

Desde cedo o mundo político tornou-se familiar para José Luís Paulo Henriques. Aos 16 anos liderava a associação de estudantes do liceu da Amadora e em 1983 já se encontrava à frente da secção que a Juventude Centrista (JC), a organizaçao juvenil do Centro Democrático Social (CDS), tinha nesta cidade dos arredores de Lisboa.

No entanto, a militância na democracia-cristã não terá sido suficiente para José Luís Paulo Henriques, também conhecido por “Zé Gato” (alcunha ganha pelas semelhanças futebolísticas que tinha com o antigo guarda-redes benfiquista), que se caracterizava por um aguerrido anti-comunismo e por um saudosismo do Estado Novo salazarista, o que o levou a abandonar a presidência da JC da Amadora.

Em 1985 funda o Movimento de Acção Nacional, uma organização nacionalista revolucionária, marcadamente racialista e europeísta, que depressa viu engrossar as suas fileiras com militantes espalhados por todo Portugal continental e ilhas.

Em 1989 o M.A.N. foi acusado de estar envolvido indirectamente na morte do dirigente do PSR José Carvalho, o qual foi assassinado numa rixa entre skinheads e militantes do PSR. Luís Paulo Henriques tentou afastar o M.A.N. de qualquer suspeita de envolvimento no homicídio em particular e com o meio skinhead em geral. Os problemas internos avolumaram-se e, após a cisão protagonizada pela ala jovem e radical da organização e sobretudo devido às rusgas policiais a casa dos seus militantes e dirigentes, o M.A.N. entrou em franca decadência até ao seu desaparecimento no início dos anos 90.

José Luís Paulo Henriques tentou reorganizar os fiéis que lhe restavam numa nova estrutura, já menos exuberante na forma e no conteúdo, chamada Área Terceirista, sem no entanto ter obtido quaisquer resultados satisfatórios.

Ingressa na Aliança Nacional de António Cruz Rodrigues, organização de carácter salazarista, representando um regresso às origens na carreira política de Luis Paulo Henriques. Juntamente com Cruz Rodrigues lança o jornal Agora!, cuja linha editorial espelhava um nítido saudosismo pelo Estado Novo, pautando-se claramente pelo ideário católico e tradicionalista desse regime.

Com a tomada do PRD no final do século XX, o nacionalismo vislumbrou novamente a possibilidade de ter uma formação partidária ao seu dispôr. Transformada em Partido Nacional Renovador, esta formação surgiu muito timidamente no espectro político português, principalmente pelos pouco meios financeiros e logísticos ao dispôr.

Embora fosse meramente vogal da Direcção do PNR e não seu Presidente ou sequer Vice-Presidente, Luís Paulo Henriques era visto por muitos como alguém que detinha um poder excessivo naquele órgão, o que lhe valeu ser acusado de manipulação e de monopólio abusivo do partido. Após as eleições legislativas de 2005, José Luís Paulo Henriques abandona o PNR após um processo conturbado, que culminou com a realização de uma convenção nacional (na qual não compareceu) e onde foi votada uma nova direcção executiva para o partido.

Em 2006, Luís Paulo Henriques surge com uma nova formação política denominada Alternativa Portugal.

Ligações exteriores

  • Alternativa Portugal Página da Alternativa Portugal, formação liderada por José Luís Paulo Henriques.