Hubert Lagardelle

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Hubert Lagardelle (1874–1958) foi um advogado e professor francês. Inicia-se na política com apenas 22 anos como membro Partido Operário Francês (marxista) de Jules Guesde, em 1896. Funda depois o Movimento Socialista (1899-1914), revista teórica do sindicalismo revolucionário que se tornará uma referência da história do socialismo francês. O pensamento de Lagardelle é claramente influenciado pelas teorias de Proudhon. Militante do sindicato CGT, é favorável à greve geral (contrariando teorias modernas defendidas por Jean Jaurès). Em 1905, opõe-se à proposta de Jaurès de mudar o nome do partido para “Partido Socialista-SFIO”. Em 1908, Lagardelle rompe definitivamente com Jean Jaurès, depois de divergências sobre a relação entre o sindicato e o partido.

Tal como outros sindicalistas revolucionários ou membros da ala esquerda do movimento operário (como Gustave Hervé, Jean Allemane, Georges Valois em França e Mussolini em Itália), Hubert Lagardelle aproxima-se progressivamente ao fascismo. Em 1926, adere à secção de Toulouse do Faisceau de Georges Valois, primeiro partido fascista francês. Benito Mussolini acaba por escrever, na “Doutrina do Fascismo” (1932): “No grande rio do fascismo, poderão encontrar nascentes que remontam a Sorel, a Péguy, a Lagardelle do Movimento Socialista e aos grupos de sindicalistas italianos que, de 1904 a 1914, trouxeram uma nota de novidade aos meios socialistas”.

Fascinado pelo fascismo italiano, Hubert Lagardelle auxilia de 1932 a 1937 o embaixador francês em Roma, Henry de Jouvenel, na tentativa de estabelecer uma aliança franco-italiana para fazer frente ao expansionismo alemão. Um esforço perdido.

Após a derrota de 1940, Lagardelle volta-se para o ensino. Entre 1942 e 1943 desempenha funções de ministro do Trabalho, no regime de Vichy. Quando sai do governo, torna-se redactor do jornal colaborador de esquerda, La France Socialiste. Em 1946, é condenado a prisão perpétua. Morre em 1958.