António Lopes Ribeiro

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António Lopes Ribeiro (Lisboa, 16 de Abril de 1908 — Lisboa, 14 de Abril de 1995) foi um cineasta, poeta, jornalista e tradutor português. Cinéfilo desde os nove anos e até morrer, jornalista e crítico de cinema desde os dezassete, começa em 1926 a publicar semanalmente no Diário de Lisboa a primeira página mundial de cinema num diário e, em 1930, funda e dirige o semanário Kino. Colabora depois na revista Imagem e no Notícias Ilustrado; colabora desde a respectiva fundação no semanário infantil O Senhor Doutor e no jornal A Bola e ajuda também a fundar, em 1934, e a fazer renascer, em 1940, o Animatógrafo. Colaborará ainda em O Primeiro de Janeiro no Diário Popular. Salvo nas crónicas de O Primeiro de Janeiro, "Coisas do Nosso Tempo", parcialmente publicadas em três volumes - Esta Pressa de Agora, Anticoisas e Telecoisas e Belas-Artes e Malas-Artes - e onde por vezes se afasta do cinema, é sobre esta arte que o apaixona que sempre escreverá nos jornais e nas revistas. Em 1934, estreia-se em livro com O ABC do Cinema, que acabará por retirar da circulação. Depois de ter produzido e apresentado vários programas de cinema na rádio, inicia em 1957, na RTP, a série "Museu do Cinema". Em 1928 começa a traduzir legendas de filmes, actividade que não mais deixará, e é também nesse ano que dirigirá as suas duas primeiras curtas metragens. Como realizador, guionista, dialogador e produtor, onde se centrou o mor da sua multímoda actividade, foi o "homem de cinema do Estado Novo" a que sempre se manteve coerentemente fiel. Dirigirá, assim, filmes assumidamente de propaganda, como A Revolução de Maio (1937) e Feitiço do Império (1939) e o documentário A Exposição do Mundo Português (1940), além de dezenas de curtas metragens e de jornais cinematográficos que são hoje documentos fundamentais para a história daquele regime. Tradutor, nomeadamente de teatro - Tchekov, Courteline, Jacques Deval, Rudolf Bessier, Marcel Pagnol, Sommerset Maughan, Giraudoux, Bernard Shaw, Marcel Achard, Ionesco e muitos outros - fundou e dirigiu uma das mais importantes companhias de teatro português dos meados do século, "Os Comediantes de Lisboa". Deixou inéditos um livro de poemas, Cancioneiro de Abril, e uma adaptação a musical de A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, além de uma tradução em verso, quase concluída, de Le Roman de la Rose, de G. de Loris e J. de Meug. Como poeta, colaborou na revista Atlântico e fez várias traduções para verso português de obras em inglês, francês e castelhano.