Comandante Massud

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Ahmed Shah Massud (ou Massoud) foi um carismático líder militar afegão. Ao longo da sua vida tanto combateu o Exército Soviético como os fundamentalistas talibãs. Amante de poesia persa, ganhou a alcunha de Leão de Panshir, graças à sua coragem e determinação.

Massud, de origem Tajik, era respeitado por uma grande facção da população afegã. Depois de completar o curso de engenharia em Kabul, Massud regressou à sua terra-natal para combater o invasor soviético, onde rapidamente reuniu um pequeno exército. Utilizando tácticas de guerrilha, tornou-se a face mais visível da resistência afegã ao domínio comunista. No início da década de 90, depois da retirada soviética, assumiu a pasta da Defesa no governo liderado por Rabbani. Depois do colapso do governo e da ascensão do regime Talibã, Massud opôs-se aos fundamentalistas, tornando-se líder militar da Frente Islâmica pela Salvação do Afeganistão. À medida que os talibãs tomavam controlo do Afeganistão, as forças de Massud refugiaram-se nas áreas montanhosas do Norte, onde, resistindo ao regime fundamentalista, controlavam (até 2001) cerca de 10% do território do país e talvez 30% da população. Daqui, Massud continuou o seu combate por um Islão democrático e um Afeganistão livre.

Em Setembro de 2001, nas vésperas do ataque às Torres Gémeas, Massud é assassinado num atentado suicida executado por dois talibãs disfarçados de jornalistas. Para grande parte do povo afegão, assim como para muitos europeus, Massud permanece um herói, pelo seu carisma, simplicidade e determinação.