Lebensborn

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Lebensborn e.V. (e.V. - eingetragener Verein), foi durante o Terceiro Reich uma organização estatal alemã, administrada pela SS (Schutzstaffel).

Objetivos

A organização foi fundada em 12 de dezembro de 1935 em Berlim. A ela podia filiar-se todo cidadão alemão. Mantinha lares para a assistência de mães e filhos sem condições de auto-sustento, e assim um dos objetivos do Lebensborn era evitar-se o aborto, ao qual as mulheres pudessem estar compelidas quando lhes faltasse o parceiro a provir o sustento. Prestava-se também assistência a viúvas e órfãos e a familas numerosas sem renda. Sua equipe de funcionários era de aproximadamente 700 pessoas, das quais 80% eram mulheres.

Fundamentos e constituição do Lebensborn

O nome deriva do antigo termo alemão “born” , cujo sentido é de “fonte” ou “poço”. Significa pois, “fonte da vida”. O Lebensborn visava evitar o aborto. O incentivo à natalidade e a sua proteção e o seu aumento era uma necessidade vital, devido ao desequilíbrio entre a quantidade de homens e mulheres como conseqüência do elevado número de soldados mortos na Primeira Guerra Mundial, após a qual havia um desequilibrio populacional representado pelo excedente de 2 milhões de mulheres. A taxa de natalidade havia se reduzida expressivamente. Em nenhum outro país industrializado na época houve comparável redução, que comprometia a sobrevivência ou no mínimo retardava a retomada do desenvolvimento da Nação. A situação sócio-econômica e a sua desorganização era catastrofal. Abortos ocorriam por pura impossibilidade de subsistência. O Reichsführer Heinrich Himmler, em carta de 1940 a Wilhelm Keitel, estimava a ocorrência de 600 mil abortos por ano. Tal prática clandestina vitimava não raras vezes também as mães. Urgia a proteção da vida.

Em 12 de dezembro de 1935 constitiuiu-se o Lebensborn e.V. em Berlim. Pessoa jurídica independente, permitia a admissão de colaboradores em geral, cujas contribuições financiavam a organização.

A primeira casa de apoio do Lebensborn em Steinhöring

Em 15 de agosto de 1936 abriu-se a primeira casa de apoio, o "Hochland", em Steinhöring, em Ebersberg na Baviera. Contava inicialmente com 30 camas para mães e 55 para crianças.

O primeiro dirigente do Lebensborn foi o SS-Sturmbannführer Guntram Pflaum, até 15 de maio de 1940. Nesta data assumiu o Standartenführer Max Sollmann que permaneceu na direção até o final da Guerra. O cargo de diretor-médico ficou desde o início a cargo do Dr. méd Gregor Ebner

Pós-guerra

Processos de Nürnberg

Em 20 de outubro de 1947 iniciaram-se em Nürnberg os assim chamados “Julgamentos subseqüentes” (Nachfolgeprozesse) contra organizações nacional-socialistas. Estes processos foram realizados pelos EUA, sem a participação soviética, britânica e francesa, e um destes processos, o Fall VIII, visava o Rasse und Siedlungshauptamt da SS e teve como alvo também o Lebensborn.

  • Item acusatório 1. – Acusou a cometimento de crimes contra a humanidade, através do seqüestro de crianças estrangeiras com o objetivo do seu extermínio ou integração alemã.
  • Item acusatório 2. – Acusou a prática de pilhagem de bens públicos e particulares, na Alemanha e em territórios ocupados.
  • Item acusatório 3 – Acusou a participação em organizações criminosas.

Após 5 meses de averiguações de documentos e depoimentos de testemunhas, o militar tribuna dos EUA deu o seguinte veredicto sobre os acusados do Lebensborn e.V. :

O dirigente do Lebensborn e.V, o SS-Standartenführer Max Sollmann e seus colaboradores foram absolvidos nos itens acusatórios 1 e 2, e condenados no item acusatório 3, em virtude de sua participação na SS, organização considerada criminosas pelo tribunal militar.

A ré Inge Viermetz, dirigente substituta da Hauptabteilung A, foi inocentada em todos os itens acusatórios.

Propaganda anti-alemã

Propaganda anti-alemã

Já durante a Segunda Guerra Mundial foi produzida abundante propaganda anti-alemã, na qual caracterizava-se os lares do Lebensborn como “bordéis a serviço da SS”, fábricas de bebês” e “centrais de recolhimento de crianças seqüestradas pelos alemães nos territórios ocupados”.

Em 1948 o Lebensborn foi inocentado das acusações pelo julgamento militar dos EUA em Nürnberg. Não obstante, as difamações continuaram.

  • Quinze anos após o final da guerra, foi produzido o filme “Lebensborn” , o qual, conforme seu autor Arthur Brauner .."(ilumina sem compaixão um dos mais escuros capítulos do Reino Milenar (Tausendjähriges Reich))"... A respeito deste filme, o escritor Erich Kern comentou:
.."Este filme impostor e difamante foi mostrado em praticamente todo mundo. Através dele, americanos, suecos, franceses, ingleses, dinamarqueses, holandeses, e italianos,... tal como indianos, árabes, negros, enfim, todos povos tomaram conhecimento da "índole alemã", principalmente a da mulher alemã" ... [1]
  • 1958 - Will Berthold publicou o livro Lebensborn e.V.
  • 1965 – Benno Voelkner publicou a novela Die Schande
  • 1975 – Hans Helmut Kirst publicou o livro Die Nächte der Langen Messer
  • 1975 – A televisão transmite o filme ...dem Führer ein Kind schenken.

Notas de rodapé

  1. Erich Kern, Meineid gegen Deutschland, Verlag K. W. Schütz, Göttingen 1968, pág. 54

Referências

Literatura

  • Lebensborn e.V. – eine Organisation der Fürsorge (de: Der große Wendig)
  • Dorothee Schmitz-Köster: "Deutsche Mutter, bist du bereit...", O dia-a-dia do Lebensborn ([1])
  • Katherine Biesecke: Der Lebensborn – Frauen zwischen Mythos und Macht (2009), ISBN 9783837039191