Círculo Espanhol de Amigos da Europa

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O Círculo Espanhol de Amigos da Europa (CEDADE) foi uma organização nacional-socialista fundada em Barcelona em 1966. A CEDADE foi considerada a maior e mais bem organizada organização nacional-socialista europeia do pós-guerra. Estava ligada ao general das Waffen SS Léon Degrelle, à Jovem Europa de Jean Thiriart e aos ex-combatentes da Divisão Azul simpatizantes do nacional-socialismo. Editava a revista Cedade.

História

A CEDADE foi registada em Setembro de 1966 como associação cultural sob a liderança de Ángel Ricote, este e Pedro Aparicio eram a sua cabeça visível, passando paulatinamente de uma primeira fase fascista até se decantar plenamente com o nacional-socialismo, adoptando como seus todos os pontos e ideias basilares do nacional-socialismo, indo ao ponto dos seus militantes exibirem camisas castanhas ao estilo das Sturmabteilung (SA). Nestas condições foi a primeira organização nacional-socialista a ser fundada em Espanha após a Guerra Civil Espanhola.

Em 1969 seria a anfitriã do XI Congresso da Europäische Neue Ordnung (Nova Ordem Europeia), programado para decorrer em Barcelona mas proibido por Francisco Franco. Um ano mais tarde era eleito para seu presidente Jorge Mota Aras. Após 1975 o grupo expandiu-se por toda a Península Ibérica, incluindo Portugal, tendo crescido de forma considerável a sua base militante.

Pedro Varela Geiss, actual proprietário da Livraria Europa, assumiu a presidência da organização em 1978, desinteressando-se da política interna espanhola dedicou-se em propagar a importância da questão étnica e as actividades dos revisionistas históricos distribuindo as suas publicações em todo o globo. Nesta altura a CEDADE converte-se num núcleo inspirado pelo nacional-socialismo de Adolf Hitler mas de forma renovada, modernizada e melhorada. Como resultado, converteu-se numa referência internacional para o nacional-socialismo mais sério, criando secções na Argentina, na Bolívia, no Equador e na França.

Revisionismo

Sob os auspícios de Pedro Varela a CEDADE especializou-se no revisionismo do Holocausto, apoiando a tese que defende e demonstra que os números oficiais do mesmo são uma falsificação. Mantém contacto com Robert Faurisson, difunde livros de editoriais como a Bright Rainbow e publica autores do Instituto para o Revisionismo Histórico, como Arthur R. Butz. Fundou o Orientações, Centro de Estudos Revisionistas, sediado em Palma de Maiorca e dirigido por J. Negreira. Ambos os grupos preocupam-se especialmente com a cuidada confecção em castelhano do panfleto "55 perguntas e respostas sobre o Holocausto", publicado originalmente pelo IHR.

Nesta altura a Espanha era um verdadeiro paraíso para os ideólogos revisionistas e nacional-socialistas perseguidos nos seus próprios países, e foram acolhidos graças à mediação de Pedro Varela, dando abrigo a personalidades de relevo como os austríacos Gerd Honsik e Walter Ochsenberger, ao oficial alemão Otto Ernst Remer e a Thies Christophersen. Fruto destas e outras colaborações foram editadas em Espanha revistas em língua alemã como as Halt e Sieg. O grupo manteve também contactos com a Liga Mundial Anti-Comunista. O aumento no se número de militantes despertou a atenção da comunicação social, por intermédio de uma petição da ala esquerdista e da comunidade judaica, o Parlamento Europeu exigiu, em 1990, que fosse dada uma especial atenção à organização e às suas actividades, considerando-o como um dos mais activos e numerosos da União Europeia.

A importância da CEDADE é essencial para a compreensão do panorama do nacional-socialismo mundial do pós-guerra, já que mantinha contacto com veteranos da Segunda Guerra Mundial e outras personalidades de destaque.

A organização desaparece em Outubro de 1993, devido às graves crises políticas que se sucedem graças às novas leis e à ausência de Pedro Varela, se dedicara exclusivamente à sua Livraria Europa. Antes de desaparecer formalmente, CEDADE reuniu em Madrid em Maio de 1992 várias personalidades nacional-socialistas e revisionistas, num encontro dedicado à defesa da liberdade de expressão. À reunião assistiram, entre muitos outros, o argentino Horacio Punset, os alemães Manfred Roeder e Thies Christophersen e o austríaco Gerd Honsik, todos eles perseguidos nos seus respectivos países por delitos de opinião.

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