Albert Spaggiari

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Albert Spaggiari

Albert Spaggiari (nasceu a 14 de Dezembro de 1932 e faleceu a 8 de Junho de 1989) foi um nacionalista francês, famoso por ter sido o mentor do "assalto do século" em França.

Uma vida atribulada

Albert Spaggiari teve desde cedo uma vida atribulada. Aos 16 anos fugiu de casa para ir de encontro ao famoso bandido siciliano Salvatore Giuliano. Nessa jornada travou conhecimento com aquilo que se poderá designar por gente pouco recomendável. Aos 17 anos de idade voluntaria-se na Legião Estrangeira. Pára-quedista na guerra da Indochina, combatente na Argélia, membro da OAS (Organização do exército Secreto, uma organização clandestina patriótica e anti-descolonizadora) e cuja pertença lhe valeu alguns anos na prisão.

Após a saída das masmorras gaullistas, Spaggiari abriu um estúdio fotográfico em Nice. Contudo, o seu carácter indómito e aventureiro depressa o levou a abandonar a vida cómoda e burguesa.

O assalto

Em 1976, Albert Spaggiari começou a arquitectar um engenhoso plano para levar a cabo o assalto a uma dependência do banco Societè Generale, situada em Nice. Reunindo diversos homens de confiança, entre os quais Gaby Anglade, que havia tentado assassinar Charles De Gaulle, assim como outros ex-membros da OAS, Spaggiari decide que era chegado o momento de passar à acção.

Albert Spaggiari decide colocar em prática o seu plano. Durante nove semanas a equipa de Spaggiari foi cavando um túnel a partir dos esgotos. Sob o disfarce de trabalhadores de obras públicas, ninguém desconfiou dos verdadeiros intentos destes homens. Tomando todas as precauções, Spaggiari ordenou à equipa para se abster de beber alcóol e para trabalharem por turnos, sendo que cada homem deveria dormir pelo menos 10 horas.

No dia 14 de Julho, uma sexta-feira que conhecia a continuação da celebração da tomada da Bastilha (14 de Julho), o túnel, com 8 metros, fica concluído. Spaggiari e os seus homens entrarm na câmara, a qual tinha 30 cm de espessura e uma porta de 20 toneladas, o que levou o serviço de segurança a julgar ser impenetrável e que seria dispensável a existência de sistemas de segurança eléctrica. Os ratos do esgoto, como ficaram conhecidos Spaggiari e a sua equipa, abriram 4 mil cofres com jóias, dinheiro e títulos, sendo seleccionadas apenas as pessoas que possuíam mais dinheiro. No total o assalto rendeu 18 milhões de dólares.

A ousadia de Spaggiari não tinha limites. Antes de abandonarem o banco, este pediu a um dos seus homens para comprar comida e bebida. Durante o fim-de-semana, a equipa festejou o sucesso da operação no próprio local, colando nas paredes do banco fotografias comprometedoras de homens influentes de Marselha que haviam encontrado nos cofres.

No dia 20 de Julho, quando a polícia entrou na dependência bancária ficou desconcertada. Depararam-se com garrafas de vinho, restos de alimentos e a famosa frase na parede, “Sem armas, sem ódio e sem violência”.

Perseguição, detenção, julgamento e fuga

A polícia iniciou uma mega-operação para capturar os culpados desta afronta. Uma antiga namorada de um dos assaltantes denunciou o grupo e todos os homens foram detidos, incluindo Spaggiari, que se preparava para partir no aeroporto.

No tribunal, Spaggiari decidiu apresentar um documento no qual referia estar esquematizado todo o plano do assalto. No momento imediato à entrega do documento ao juiz, Spaggiari aproxima-se da janela do tribunal e salta. Caindo em cima de um automóvel ali estacionado, monta uma motorizada que o aguardava e desaparece para espanto da polícia e de todos os presentes no tribunal.

Meses após esta sensacional fuga, o proprietário do veículo recebeu um postal com dinheiro para que dessa forma pudesse mandar arranjar a viatura.

Spaggiari permaneceu um fugitivo o resto da sua vida. Diz-se que terá ido viver para a Argentina, país a partir do qual manteria contacto com a polícia secreta do General Augusto Pinochet. Sujeito a uma operação plástica, Spaggiari terá regressado a França inúmeras vezes para visitar a sua esposa e a sua mãe. Quanto ao dinheiro, Spaggiari escreveu no livro “O grande roubo de Nice” que teria distribuído o mesmo entre os oprimidos da Jugoslávia, Itália e Portugal.

A 8 de Junho de 1989, Spaggiari morreu ao que parece de cancro na garganta, quando se encontrava em Itália, sem que jamais as autoridades tenham conseguido recuperar qualquer parte do roubo, pois como escreveu Spaggiari, “eles prevêem o possível, não a astúcia”.